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Túnel do Tempo: Semana de 1922: Villa-Lobos uniu o samba com a música clássica

Na terceira reportagem da série especial sobre a Semana da Arte Moderna, o Jornal Hoje fala como a música foi transformada pelos modernistas.

Por Jornal Hoje


Semana de 1922: Villa-Lobos uniu o samba com a música clássica

A Semana de Arte Moderna completa 100 anos e o Jornal Hoje faz uma série especial mostrando como o evento mudou a história da arte no Brasil. Na última reportagem, a música é a protagonista.

Veja Conteúdo na íntegra AQUI!

Até aquele momento, não tinha acontecido a mistura entre samba e música clássica, mas Heitor Villa-Lobos mudou a história. O maestro e compositor foi o grande nome do terceiro e último dia da Semana de 1922.

Antes, qualquer orquestra que se apresentasse no Brasil, numa grande sala de concerto, provavelmente tocaria algum muito parecido com o que se ouvia fora. Especialmente na Europa. E foi o movimento modernista, que começou a se desenhar a partir da Semana de Arte Moderna, que abriu caminho também na música para o popular ocupar espaço onde antes só entrava o erudito.


Comissão organizadora da 'Semana de Arte Moderna de 1922', em SP. Entre eles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, que aparece em primeiro plano. — Foto: Reprodução/TV Brasil

Villa-Lobos compunha inspirado nos sons do mundo, como os grandes mestres da música clássica.

“Florestas, pássaros, e no caso do trenzinho do caipira uma locomotiva, uma maria fumaça em movimento. Então é genial nessa peça do Trenzinho perceber como ele usa a sirene o apito de trem, ele usa os clarinetes fazendo um efeito que seria “flated sung”, que seria o apito do trem, né?”, diz Sérgio Burgani, músico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Villa-Lobos não foi o único a pesquisar a música regional brasileira nos anos 1920. Mário de Andrade, poeta e escritor famoso por “Macunaíma”, também era musicólogo.

“Mário de Andrade tem a preocupação de estudar sistematicamente a caracterização da música do Brasil. Será que a música de Pernambuco era diferente da música do Mato Grosso? Ou será que a música do Mato Grosso era diferente da música do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Todos eram inquietações de um homem que também pensava as mesmas coisas no sentido da literatura”, explica Flávia Camargo Toni, musicóloga e professora da USP.

Mario de Andrade e Villa-Lobos trocaram informações, melodias, inspiraram um ao outro e principalmente, a música popular brasileira que estava por vir.

Exposição "Era Uma Vez o Moderno"

No Centro Cultural Fiesp, são mais de 300 objetos que contam a história do movimento que propôs modernizar a sociedade brasileira a partir da literatura. A exposição vai até o dia 29 de maio e tem entrada gratuita.

Boa parte das obras da mostra, que inauguraram um jeito brasileiro de pintar, escrever e de se expressar, pertencia ao acervo do escritor Mário de Andrade, um dos idealizadores da Semana de 22 — tudo foi adquirido pelo Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

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