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'Estou sem chão', diz viúva de guarda municipal e tesoureiro do PT que foi assassinado em Foz do Iguaçu


Marcelo Arruda era guarda municipal há 28 anos — Foto: Arquivo pessoal

Por g1 PR e RPC Foz do Iguaçu


Pamela Suelen Silva, viúva do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, afirmou neste domingo (10) que está "sem chão" com a morte do marido. O crime aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Marcelo, de 50 anos, morreu depois de ser baleado na própria festa de aniversário na noite de sábado (9) . Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Além da esposa, deixa quatro filhos.

"É uma extrema estupidez tudo isso que aconteceu, perder o pai dos meus filhos por um extremismo ridículo. Isso é horrível. A dor de toda família é terrível", disse Pamela. É irreparável tudo o que está acontecendo."

A Polícia Civil informou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial Penal Federal Jorge Jose da Rocha Guaranho. O boletim de ocorrências cita que o policial chegou ao local gritando "aqui é Bolsonaro!".

De acordo com Pamela, Marcelo foi baleado após a celebração do parabéns, com a festa já próxima do fim. Minutos antes, ao ser abordado pelo policial penal federal, o tesoureiro do PT disse que se tratava de uma festa particular e teria pedido para Guaranho deixar o local.

"Ele (Jorge) falou para o Marcelo: 'Eu vou voltar, eu vou voltar'. Quando ele retornou, saiu do carro atirando", diz Pamela. "Espero que haja justiça e que acabe toda essa violência. Isso só causa tragédia."

Uma câmera de segurança registrou o momento em que o policial invadiu a festa de aniversário e matou o guarda municipal. As imagens mostram uma troca de tiros e os dois feridos.

Até a última atualização desta reportagem, não havia uma informação precisa sobre o estado de saúde de Guaranho. A Polícia Civil chegou a informar que ele havia morrido, mas, mais tarde, voltou atrás e afirmou que ele está internado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.

À RPC, o secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, lamentou a morte e afirmou que a Polícia Civil investigará as motivações do crime.

"Pelo que a gente percebeu foi uma intolerância política", disse o secretário.

Quem é Jorge Guaranho, apoiador de Bolsonaro que matou petista em Foz do Iguaçu

Policial penal federal, Jorge Guaranho se define como cristão, conservador, diz que armas são sinônimo de proteção e postou foto com Eduardo Bolsonaro em junho de 2021.

Jorge Jose da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro que, segundo a Polícia Civil, matou o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, se define em seu texto de apresentação no Twitter como policial penal federal, conservador e cristão. Também diz que armas são sinônimo de defesa.


Imagem do perfil de Jorge Guaranho no Twitter — Foto: Reprodução/Twitter

Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) depois de ter sido baleado por Guaranho na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O guarda municipal chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa a esposa e quatro filhos.

Ao ser atingido por Guaranho, Arruda, que estava armado, revidou e atingiu o policial. Até a última atualização desta reportagem, não havia uma informação precisa sobre o estado de saúde de Guaranho.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, Guaranho chegou ao local de carro, acompanhado por uma mulher e um bebê. Em postagens recentes no Facebook, o policial penal mostra um recém-nascido, que os amigos na rede social identificam como sendo filho dele.

Também segundo o B.O., o policial penal desceu do carro, armado, gritando: "Aqui é Bolsonaro!". Nas redes sociais, suas publicações tratam principalmente de apoio ao presidente ou a aliados de Jair Bolsonaro. Eventualmente, o policial, que torce para o Vasco da Gama, posta também sobre futebol

Em uma publicação junho de 2021, Guaranho aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente.


Jorge Jose da Rocha Guaranho ao lado de Eduardo Bolsonaro — Foto: Reprodução/Redes sociais

Em 2020, postou foto em uma piscina, fazendo o sinal de armas de fogo com as mãos, gesto característico do presidente.


Em dezembro de 2020, Jorge Guaranho posta foto fazendo símbolo de arma com as mãos — Foto: Reprodução/Rede social

Guaranho também se mostrou favorável ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. "Orgulho do cacete desse presidente! China deveria ser condenada a pagar os gastos de todos os países que sofreram nesta crise. Assim como países que começaram guerras!", escreveu ao comentar uma notícia de Trump iria suspender repasses para a OMS no auge da pandemia.

Segundo a Polícia Civil, Guaranho também era um dos diretores da associação onde o crime aconteceu. A informação foi passada pela delegada Iane Cardoso, em coletiva de imprensa realizada neste domingo (10). A presidência da associação informou que o atirador ocupava o cargo de secretário na diretoria da entidade.

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