Delegada que
investiga crime explica que Jonas Lucas, de 55 anos, investiu no negócio com
ex-colegas e largou empresa porque não queria mais trabalhar.
Por Helen Sacconi e
Fernando Evans, g1 Campinas e Região e EPTV
Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador da Mega-Sena, assassinado em Hortolândia (SP) — Foto: Reprodução
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onsiderado um homem "pacato",
"simples" e "tranquilo", Jonas Lucas Alves Dias,
de 55 anos, se não mudou de endereço e rotina após ganhar
R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020, tratou de usar parte da bolada
para melhorar a vida de amigos. Tanto que chegou a montar com ex-colegas de
trabalho em um depósito uma empresa de ferramentas em Hortolândia
(SP).
Jonas foi raptado depois de sair para
caminhar na última terça (13), sendo abandonado às margens de uma rodovia de
Hortolândia (SP) com sinais de espancamento no dia seguinte - ele
foi socorrido, mas morreu no hospital. Durante o período em que
ficou sob poder dos criminosos, cerca de R$ 20 mil foram retirados de suas
contas e houve uma tentativa
de transferência de R$ 3 milhões, sem sucesso.
De acordo com a delegaca Juliana Ricci, da Deic de Piracicaba (SP), que ouviu os ex-sócios durante a investigação, Jonas Lucas só deixou o negócio que ele mesmo investiu para se "aposentar".
"Eles
continuaram extremamente amigos, só deixaram de ser sócios. Eles tinham imóveis
de veraneio próximos. Todo o dinheiro do negócio era do Jonas, quem capitalizou
a empresa foi ele. Ele só deixou o negócio porque não tinha mais interesse em
trabalhar, nem precisava mais disso", disse Ricci.
Segundo dados da
Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), a empresa que o milionário
montou com os amigos tinha capital de R$ 1 milhão, sendo que o montante foi
dividido igualmente entre os quatro - R$ 250 mil para cada. A saída dele do
negócio foi formalizada em junho.
'Era simples'
Vizinho do milionário
da Mega-Sena, o aposentado João Batista Alves contou que muita gente nem
acreditava que Jonas tinha ganho a bolada da forma como ele levava uma vida
simples.
"Era
igual a gente, pessoa simples, que andava de chinelo, tranquilo, sempre passava
aqui, sempre atencioso com a gente. A polícia tem que encontrar (o assasssino),
de qualquer maneira", disse.
Quem conhecia Jonas Lucas há décadas garante que ele não mudou nada com o prêmio milionário recebido.
"Eu fui muito comprar com ele quando trabalhava no depósito. (Após o prêmio) era a mesma pessoa, não mudou nada, continuou como se nada tivesse acontecido", lembra Luiz.
Suspeito de envolvimento na morte do ganhador da
Mega-Sena é preso
Anúncio
foi feito pelo governador de São Paulo em uma rede social neste sábado. Polícia
Civil diz que concluiu o caso.
Por Arthur
Menicucci, g1 Campinas e Região
Deic Piracicaba, responsável pela investigação do caso — Foto: Giuliano Tamura/EPTV
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governo estadual informou neste sábado (17)
que prendeu um dos suspeitos de matar Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos,
ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020. A morte ocorreu na
quarta-feira (14) em Hortolândia (SP).
A delegada Juliana
Ricci, da Deic de Piracicaba (SP), que está à frente das investigações,
informou que o caso foi elucidado.
O anúncio da
prisão foi feito pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tenta se reeleger.
Ele disse que "um dos suspeitos" foi detido, mas não detalhou se há
outros investigados.
Prêmio
motivou o crime
Antes da prisão,
Polícia Civil já havia afirmado que a morte de Jonas Lucas foi motivada pelo prêmio de R$ 47,1 milhões da Mega-Sena.
Segundo a delegada
Juliana Ricci, uma tentativa de saque de R$ 3 milhões foi feita via aplicativo
de mensagens.
Lotérica no Jd. Nova Europa, em Campinas (SP), onde Jonas Lucas fez a aposta vencedora da Mega-Sena em 2020 — Foto: Reprodução/EPTV
Blog do Paixão