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deputada eleita Socorro Pimentel (União Brasil) concedeu uma entrevista nesta terça-feira (25) a emissora de rádio Voluntários da Pátria, em Ouricuri, Sertão de Pernambuco, no Programa Jornal do Meio Dia, e destacou a importância de sua eleição como representante do Sertão do Araripe.
A deputada eleita Socorro Pimentel falou do importante apoio da Vereadora Professora Williane e de outras lideranças no município de Ouricuri para fortalecer ainda mais a sua vitória nas urnas e ampliar o seu leque de compromissos.
Sobre a saída da deputada do grupo de Miguel Coelho
Para Socorro as urnas falam a voz do povo e que ela (e o prefeito Raimundo Pimentel) tem um posicionamento político definido, tem lado e que as conseqüências das suas escolhas, que são páginas viradas, em suas palavras, que o trabalho agora é em prol do fortalecimento da Região do Araripe e que dedicação com o retorno em um assento na ALEPE será o mais importante, ressaltou.
As primeiras pautas
A defesa intransigente na questão da segurança hídrica traz um pensamento de uma nova perspectiva para que seja ampliado o sistema adutor (adutora do oeste) que precisa ser repensado porque, não garante mais o suporte de volume de água distribuída para os 11 municípios, porque o projeto tem quase 30 anos e um outro tipo de abastecimento, um outro tipo de sistema alternativo que pode ser concretizado com o Sistema Adutor Negreiros (barragem de Negreiros, que fica em Salgueiro, no Sertão Central) com uma tubulação de 40 quilômetros que vai se interligar com a Barragem do Chapéu, em Parnamirim, Sertão Central e, garantir uma maior vazão ao sistema da Adutora do Oeste para melhorar essa distribuição de água para todos os municípios da região e para isso, precisamos levar essa demanda para pauta de discussão na Assembleia para que sejam implementadas essas ações que são urgentes e necessárias, frisou.
A deputada também lembrou das implementações e implantação dos sistemas alternativos coletivos, como as perfurações de poços, para melhorar ainda mais assistência a Região do Araripe com esses recursos hídricos.
Única representante eleita pode significar uma maio responsabilidade?
A deputada foi categórica quando garantiu que dar conta do recado. Que será a mesma voz altiva, ativa para falar pelo Sertão do Araripe, por cada pernambucano (a) e que o retorno e a experiência de conhecer a região, de morar na região, de já ter conhecimento de outro mandato, de saber das necessidades, das dificuldade, conhecer as demandas vai fazer com que faça muito mais. Seremos a VOZ do Araripe na ALEPE.
O retornou a ALEPE pesou para fazer uma campanha de volta?
Para Socorro Pimentel a campanha de 2022 foi a pior na sua vida pública. Primeiro a posição que ela e Raimundo Pimentel assumiram, contra um poderio de forças políticas e que a vitória trouxe um sabor bem melhor. Para a deputada eleita o foco, a meta, sabendo do potencial, da capacidade de trabalho, olhar sempre em frente, buscando o melhor é o caminho para retirar todas as pedras do caminho. As dificuldades são apenas um combustível para partir pra luta.
Como será sua postura com uma provável vitória de Raquel Lyra?
- Estou apoiando Marília Arraes e vou trabalhar em prol de Pernambuco, numa eventual vitória de Raquel, o que vier para somar, o que for de projetos que visem melhorar a vida de todos os pernambucanos eu vou estar junto.
Lembrou que precisamos fazer um exame muito forte de consciência e saber que Raquel não conhece a Região do Araripe, não sabe das necessidades e dos problemas da Região do Araripe. Ela tem vindo a região de junho para cá. Ela era uma parlamentar que conhece do agreste para a Região Metropolitana. Precisamos ter pessoas no governo que conheça a realidade de todas as regiões, que conheça de fato o estado de Pernambuco e esse é um ponto muito forte para acreditar que Marília vai ser a governadora e, quando for governadora, vai ter um olhar muito diferenciado para todas as regiões do estado, sobretudo para a Região do Araripe.
Quem foi aliado de Paulo Câmara não conseguiu se eleger
A deputada foi sucinta em dizer que tem a ver com omissão. Você pode ser um aliado que pode ter sua voz altiva e cobrar soluções para os problemas. A deputada exemplificou o caso do Hospital Fernando Bezerra, a deficiência de leitos hospitalares na região e a própria dificuldade do governo com uma responsabilidade maior sobre a companhia de distribuição de água (grifo nosso).
Lembrou que o governo Paulo Câmara é mal avaliado pela população (70% de rejeição) e que ainda foi feito um movimento para que eles o apoiassem, mas as promessas vazias, as ordens de serviços nunca cumpridas, as obras que tinham um viés eleitoreiro, a péssima infraestrutura das estradas estaduais, a saúde pública, a educação que não tem abertura de novas escolas em tempo integral, são muitas ações que o governo deixou a desejar que não dava para acompanhar um governo que não atendia os anseios da população.
Lastro político
A deputada eleita lembrou que em 170 seções do município de Araripina, ela foi majoritária em todas. E que a candidata que era do governador, que diz que levou obras e principal adversária política não conseguiu esse mérito, mesmo se apossando das poucas obras e ordens de serviços do governador do estado na região (grifo nosso).
Socorro falou da dificuldade de penetrar nos municípios (Ouricuri, Bodocó, Trindade, Ipubi) como uma terceira via, mas que o povo demonstrou que ele é quem decide. Ele é que é o poder.
Sobre grupos tradicionais para garantir eleição
Socorro Pimentel (UB) falou da sua trajetória política enfatizando 2014, 2018 e agora 2022, dos apoios conseguidos nesses anos e daqueles que deixaram de se suportes e considerou a importância do povo de decidir quando ele acredita ser importante e que esse poder, nem sempre depende das forças políticas tradicionais.
“Toda eleição as urnas dão um recado pra gente. Esse recado foi dado em Bodocó, em Ouricuri, em Trindade e Ipubi. E que as bases são feitas com os serviços prestados, com o nome, com os amigos que dão sustentabilidades para garantir os nossos votos e com certeza, os municípios deram essa resposta. Se a gente tivesse medo, olhasse só para as dificuldades, nem seria candidato”, disse.
O resgate do mandato é uma prova de que as pessoas começam a colocar em dúvida sua candidatura e aí vem a perseguição e a retaliação de um grupo político que provou que nós não somos bolsonaristas e o nosso posicionamento ia de encontro a esse pensamento. Essa conversa de “tanto faz” não condiz com uma liderança política e ter um candidato a governador que durante toda a campanha ficou literalmente em cima do muro no primeiro turno e que logo após se definiu bolsonarista, nós nos bastidores, já sabia desse movimento e não compactuamos porque o nosso apoio era claro no ex-presidente Lula, reforço a deputada.
E a nossa postura sempre foi seguir quem tinha um alinhamento político com Lula, (no caso, Marília Arraes do Solidariedade) que sempre assumiu um posicionamento, não foi oportunista e nem omissa e nunca pensou em agradar gregos e troianos. Político precisa ter posição e isso, foi um dos critérios que criou muitos imbróglios na nossa eleição e que fez com que mesmo experientes, com novos aliados nos tornasse uma terceira via que foi viabilizada, mesmo com as dificuldades, lembrou a deputada eleita do Araripe.
Blog do Paixão