Entre as vítimas, estão crianças de 2 anos e o filho e a mulher do assassino, que se suicidou depois, segundo polícia local. Tiroteios em massa são extremamente raros na Tailândia.
Por g1
Policiais
e moradores da região em frente à creche onde homem matou dezenas de crianças e
funcionários no noroeste da Tailândia, em 6 de outubro de 2022. — Foto:
Sakdipat Boonsom via Reuters
U |
m ex-policial
abriu fogo em uma creche no nordeste da Tailândia e matou 38 pessoas, entre elas
seu próprio filho e outras 25 crianças, nesta quinta-feira (6), informou um
porta-voz da polícia tailandesa.
Entre as vítimas,
havia crianças de 2 anos, que foram mortas a facadas pelo assassino.
O caso já é
considerado o ataque a tiros mais mortal da história da Tailândia.
Segundo a polícia,
o assassino chegou à creche, em Uthai Sawan, uma pequena cidade dentro da
província de Nong Bua Lamphu, a 500 quilômetros de Bangkok, por volta da hora
do almoço.
Agitado, ele
atropelou funcionários. Depois, desceu do carro, atirou contra outros
funcionários do local e invadiu uma sala trancada onde crianças descansavam,
buscando pelo seu filho, que era aluno da creche. Sem encontrar o garoto, ele
esfaqueou outras crianças e professores da escola, uma delas grávida de oito
meses, de acordo com a polícia tailandesa.
Depois, o homem voltou para sua casa, matou a mulher e o filho a tiros e se suicidou, ainda de acordo com policiais que investigam o caso.
Mapa mostra local onde homem atacou creche, na Tailândia — Foto: Arte/g1
Outras 12 pessoas,
incluindo crianças, foram hospitalizadas, e ainda não havia informações sobre o
estado de saúde delas até a última atualização desta notícia.
A polícia ainda
não tem clara a motivação do crime.
"Ele já estava muito estressado, e, quando não conseguiu encontrar seu filho, começou a atirar", afirmou o porta-voz da polícia local à rede de TV ThaisPBS.
O assassino foi
identificado como o Panya Khamrab, um ex-policial que havia sido
dispensado de suas funções há cerca de um ano por envolvimento com
drogas. Horas antes do ataque, ele havia comparecido a um tribunal local
para responder por uso e posse de narcóticos.
Os investigadores
disseram ainda não saber se Khamrab estava sob efeito de algum tipo de droga no
momento do crime, mas afirmaram que a arma que ele portava foi obtida de forma
ilegal.
O caso chocou o
país, onde tiroteios em massa são raros. O primeiro-ministro do país, Prayuth
Chan-Ocha, se pronunciou sobre o assassinato.
"Ordenei ao chefe de polícia que se desloque imediatamente ao local para tomar as medidas necessárias e todas as partes envolvidas para prestar socorro imediato a todas as pessoas afetadas", disse, em um comunicado.
O vice de
Chan-Ocha, Prawit Wongsuwan, visitará o local, segundo o governo.
Apesar de a taxa
de posse de armas na Tailândia ser alta em comparação com alguns outros países
da região, casos como esse são considerados muito incomuns. Nos últimos
três anos, apenas um outro episódio do tipo ocorreu no país. Em ambos os
casos, os assassinos tinham posse de arma por conta de suas profissões - um era
policial e o outro, um soldado.
Em casos de
pessoas flagradas com posse ilegal de armas, a lei do país prevê pena de até
dez anos.
Blog do Paixão