Roberto Jefferson. Foto: Reprodução
Da CNNda CNN*
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ex-deputado federal Roberto Jefferson disparou
contra policiais federais que foram até sua casa, no interior do Rio de
Janeiro, neste domingo (23), na tentativa de prendê-lo. Nesta segunda-feira
(24) a
Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar um pedido ao Supremo
Tribunal Federal (STF) para que o ex parlamentar tenha a prisão domiciliar
revogada e volte para o regime fechado. A motivação da medida
ocorreu após o ex-deputado postar um vídeo com ofensas à ministra Cármen Lúcia,
do STF.
Uma das medidas que ele deveria
cumprir na prisão domiciliar é não participar de redes sociais. Nos últimos
dias, surgiu um vídeo em que o ex-deputado profere ofensas de baixo calão
contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao reclamar
de decisão tomada por ela
Por meio de nota, a Polícia Federal
informou neste domingo cumpriu mandado de prisão expedido pelo STFl, em Levy
Gasparian (RJ) e os agentes federais foram à casa do ex-deputado para cumprir
uma ordem de prisão do STF, e durante a diligência, o alvo reagiu à abordagem
se preparavam para entrar na residência. Dois policiais foram atingidos por
estilhaços de uma granada arremessada pelo ex-deputado. Eles foram levados
imediatamente ao pronto-socorro, foram liberados e passam bem.
Até o fim da tarde deste domingo, a
equipe da PF foi reforçada e os policiais permaneciam no local para cumprir a
determinação judicial.
A equipe da PF foi reforçada e os policiais permanecem no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial.
Imagens dos vídeos do ex-deputado Roberto JeffersonReprodução
O próprio ex-deputado filmou o carro
da Polícia Federal em frente à sua cara e enviou vídeos onde contou como foi a
abordagem dos policiais. Ele afirma que atirou na direção deles.
“Chega de opressão, eles já me
humilharam muito, minha família. Mas eu não estou atirando em cima deles, eu
dei perto, mas não atirei neles”, diz Jefferson no vídeo, quando uma voz
feminino ao fundo fala “arrebentou o vidro”.
Prisão
domiciliar
Roberto Jefferson resiste à ordem de prisão do STF — Foto: TV Rio Sul/Valber Matias
Jefferson,
investigado no inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que
teria agido para atentar contra o Estado Democrático de
Direito, atualmente cumpre prisão domiciliar.
Uma das medidas
que ele deveria cumprir na prisão domiciliar é não participar de redes sociais.
Nos úlitmos dias, surgiu um vídeo em que o ex-deputado profere ofensas de baixo
calão contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao
reclamar de decisão tomada por ela.
Bolsonaro
e Lula se manifestam
Os dois candidatos
à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva
(PT), se manifestaram sobre o caso em suas redes sociais.
"Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", postou Bolsonaro no Twitter.
Bolsonaro se
manifesta após resistência à prisão de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução
Já Lula também se posicionou no Twitter:
As ofensas contra a Cármen Lúcia não podem ser aceitas por ninguém que respeita a democracia. Criaram na sociedade uma parcela violenta. Uma máquina de destruição de valores democráticos. Isso gera o comportamento como o que vimos hoje.
— Lula 13 (@LulaOficial) October 23, 2022
Lula se manifesta após resistência à prisão de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução
Em um evento em
São Paulo, Lula voltou a se manifestar.
"O que esse
cidadão fez com a ministra Cármen Lúcia não é possível de ser aceita por
ninguém que ama a democracia. Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões
contra uma pessoa comum, muito menos contra uma ministra da Suprema
Corte."
Decisão
de Alexandre de Moraes
Vidro do carro da PF
atingido por tiro — Foto: Reprodução
Em decisão que
revogou a prisão domiciliar do ex-deputado federal Roberto Jefferson, ministro
Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que houve “notórios e públicos descumprimentos”
de decisões judiciais.
“No caso em
análise, está largamente demonstrada, diante das repetidas violações, a
inadequação das medidas cautelares em cessar o periculum libertatis do denunciado,
o que indica a necessidade de restabelecimento da prisão, não sendo
vislumbradas, por ora, outras medidas aptas a cumprir sua função”, afirma o
ministro.
Moraes também
afirma que as condutas de Jefferson podem configurar novos crime, como
“calúnia, difamação, injúria, abolição violenta do Estado Democrático de
Direito e incitar publicamente animosidade entre as Forças Armadas, ou delas
contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade, além
da questão discriminatória presente no vídeo de 21/10/2022”.
Nota
da Polícia Federal
"A Polícia
Federal informa que, na data de hoje (23/10), cumpre mandado de prisão expedido
pelo Supremo Tribunal Federal, na cidade de Levy Gasparian, no estado do Rio de
Janeiro.
Durante a
diligência, o alvo do mandado reagiu à ordem de prisão anunciada pelos
policiais federais. Na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de
granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o
atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem.
A equipe da PF foi reforçada e os policiais permanecem no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial."
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