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que
a Seleção Brasileira conquistou no domingo no Japão, diante de uma plateia global
de 1 bilhão de espectadores, não foi apenas o título inédito de pentacampeão
mundial, que enche o país inteiro de orgulho. Foi muito mais que isso. O Brasil
concluiu em Yokohama a maior epopeia futebolística já vivida por uma nação,
coroando uma trajetória de 44 anos construída em Estocolmo, Santiago, Cidade do
México e Los Angeles, palcos das inesquecíveis vitórias anteriores.
No já histórico 30 de junho de 2002, ao vencer a
Alemanha por 2 a 0, o Brasil alcançou
uma hegemonia nos gramados que nenhum adversário sequer terá condições
de suplantar e nem sequer igualar tão cedo. Os gols de Ronaldo, artilheiro
desta Copa do Mundo, deixaram o Brasil numa posição insuperável. Nos futuros
mundiais, os alemães ou italianos, ambos tricampeões, precisarão ganhar três
títulos cada um – desde que o Brasil não saia mais vitorioso – para chegar ao
penta. Pelo que a dinâmica das copas mostra, vão se passar gerações antes que
alguma outra pátria esportiva ameaça o domínio dos jogadores brasileiros no
esporte mais popular do planeta.
Por muitos anos calam-se as discussões
sobre se temos ou não o melhor futebol do mundo, uma dúvida muito presente que
na Europa, onde a seleção da camisa amarela é sempre vista com reverência. A
trajetória de glórias dos jogadores brasileiros podiam ser resumida no domingo na
imagem em que o Capitão Cafu, que
aos 32 anos disputava sua terceira final
consecutiva, levantou gloriosamente a taça, repetindo o gesto consagrado de
Bellini, Mauro, Carlos Alberto Torres e Dunga.
Se houvesse vencido, a
Alemanha igualaria tudo. O futebol teria dois tetras e um bom motivo para
debates intermináveis nos botequins, cervejarias, arquibancadas e programas de
TV.
Blog do Paixão