Foto: Arquivo Blog
Chegando em Araripina, fui morar na Rua 15 de Novembro, n.º 21, casa de propriedade do sacristão José Cordeiro da Rocha. Na mesma rua, nº. 68, morava, com seus 7 anos, José Ramos. Aliás, nessa casa, nascera a 22.09.1939, mudando-se, logo mais, para a Rua da Matriz, ocupando um casarão de seu Procópio Modesto, do qual resta o terreno já separado para construção da Caixa Econômica Federal.
Além de outras razões elucidadas no transcorrer desses escritos, suas mordomias em si facilitavam nosso reencontro, pois ficavam próximas à residência do seu avô Francisco Cícero e de sua bisavó Margarida Muniz Freire – Dona Guidinha.
A casa de Francisco Cícero da Rosa Muniz vivia cheia de meninos, rapazes e moças; uma casa muito distraída sobretudo pela hospitalidade e pelo sentimento liberal engajados na alma do chefe do clã e de todos os seus membros.
De formas que a gente, imberbe, tinha livre trânsito para brincar e ainda encher o bucho nas horas de lanche ou quando quisesse.
Essas lembranças parecem-me cabíveis porque a quadra da infância e da adolescência carrega um ar de plena ingenuidade e gravita numa atmosfera da contagiante espontaneidade, permitindo-nos, pois, enxaguar o espirito nesses filões evocativos e que se rebentam, mas tarde, como preciosos dados de informação e cultura.
De Geraldo Granja Falcão
Blog do Paixão