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Rita de Cássia detalhou luta contra doença descoberta há um ano: 'Não pode perder a fé'

Autora de mais de 500 canções, artista que era referência no forró morreu aos 49 anos, vítima de fibrose pulmonar, forma crônica da pneumonia 

Por Agência O Globo 


Rita Cássia - Foto: Reprodução/ Instagram


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á pouco mais de um ano, Rita de Cássia havia sido diagnosticada com fibrose pulmonar, forma crônica da pneumonia que leva ao enrijecimento dos tecidos pulmonares, dificultando a respiração. Afastada dos palcos desde então, a cantora e compositora — que morreu na última terça-feira (3), aos 49 anos — vinha detalhando a luta contra a doença por meio de relatos publicados nas redes sociais.


Em agosto de 2021, pouco depois de receber o diagnóstico, ela pediu que os fãs realizassem orações por sua saúde.

"Rezem pela restauração de meus pulmões, porque Deus sempre os atende! E obrigada por sempre estarem ouvindo minhas canções, mandando pros amigos, fazendo essa divulgação que só vocês sabem fazer! Meu coração é só alegria e gratidão"
, publicou a artista, à época, no Instagram (veja abaixo).


Em junho do ano passado, em outra publicação, a cantora e compositora de forró justificou sua ausência dos palcos e afirmou que estava fazendo o possível para logo reencontrar o público. "Eu ainda preciso me cuidar mais, o pulmão tá cansado, Covid tá circulando bastante, melhor preservar", ela escreveu, também no Instagram (veja abaixo).


Recentemente, ela postou outro relato para agradecer o apoio na luta contra a doença. E ressaltou que jamais perderia a esperança de que se curaria logo.

"Seja qualquer problema que tenha na sua vida, tenha fé em Deus e força... Desespero e chororô não resolvem nada... Vai ter dia que você está bem, outro mais cansado, mas faz parte... Tudo isso é que tô aprendendo no tratamento do pulmão", contou.

Quem foi Rita de Cássia

Natural de Alto Santo, no Ceará, Rita de Cássia é autora de mais de 500 composições e se consagrou, nos últimos anos, como uma das maiores referências no forró. Entre as letras de sucesso, estão "Meu vaqueiro, meu peão" e "Saga de um vaqueiro", gravadas pela banda Mastruz com Leite. Já "Jeito de amar" ganhou fama com a Aviões do Forró.


Rita se destacou como compositora muito cedo. Ela ficou nacionalmente conhecida quando bandas forró começaram a gravar suas músicas. Em 1992, teve sua primeira composição gravada pela cantora Eliane: "Brilho da ua" foi a música mais tocada em Fortaleza naquele ano.

Logo em seguida, a Mastruz com Leite, que já começava a fazer sucesso no Ceará, gravou "Sonho real". Mas foi em 1993 que Rita compôs um de seus maiores sucessos para a banda. "Meu vaqueiro, meu peão" explodiu em todo o Brasil. Na ocasião, a compositora ganhou um diploma de "Destaque de Melhor Compositora do Ceará em 1993".

No ano seguinte, Rita ocupou a oitava posição entre os melhores compositores do país e ganhou o prêmio "Destaque da Região do Vale do Jaguaribe". Em 1995, foi gravado o CD "Rita de Cássia, Redondo e Banda Sou do Norte". No mesmo ano, a compositora foi parabenizada pelo Ecad por ter ocupado a primeira posição em execução no Brasil com a Som Zoom Stúdio — conglomerado com atividade concentrada em empresas de entretenimento.

Sete anos depois, mais uma composição ganhou os holofotes: "Jeito de Amar (Já Tomei Porres por Você)" virou sucesso com a Aviões do Forró. Em 2010 Rita recebeu, na Festa de São João de Campina Grande, na Paraíba — considerada a maior do mundo —, o título de Maior Compositora de Forró do Brasil. Já "Saga de um Vaqueiro" foi agraciada como Melhor Música da Década. Além das composições, Rita gravou ainda oito CDs e um DVD com o irmão Redondo e a Banda Som do Norte.  

 Página oficial do Instagram da Cantora Rita de Cássia

Vídeo do velório da Cantora Rita de Cássia AQUI!

Fibrose pulmonar: entenda os riscos da doença que levou à morte de Rita de Cássia

Cantora e compositora de forró morreu na terça-feira (3), aos 49 anos, em decorrência da doença; conheça as causas e sintomas


Rita de Cássia, cantora e compositora de forróReprodução/Instagram

Lucas Rochada CNN

em São Paulo

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 fibrose pulmonar é um problema de saúde associado a lesões ou cicatrizes que comprometem o funcionamento dos pulmões.

A doença causa fibrose em uma região chamada parênquima pulmonar, que pode ser identificada pela tomografia de tórax. O problema relacionado ao endurecimento dos tecidos pulmonares pode levar à perda da função do órgão.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as causas podem estar associadas a diversos fatores, incluindo a exposição a poluentes e fatores ambientais como mofo e penas, refluxo gastroesofágico e determinadas condições genéticas.

A cantora e compositora de forró Rita de Cássia morreu na terça-feira (3), aos 49 anos, em decorrência da fibrose pulmonar. Na primeira versão deste texto, afirmamos com base nas informações do empresário da artista que a causa da morte havia sido fibrose cística, um outro tipo de doença que pode acometer o sistema respiratório. 

Em geral, a doença compromete pessoas acima de 50 anos, homens e fumantes, de acordo com a SBPT. Os sintomas mais comuns são a falta de ar, cansaço e tosse seca persistente.

“Com o tempo, há grande perda da função pulmonar e aumento das áreas de fibrose. A progressão sem tratamento costuma ser rápida com elevada mortalidade em dois a cinco anos”, afirma a coordenadora da Comissão Científica de Doenças Intersticiais Pulmonares da SBPT, Karin Storrer, em comunicado.

Os tratamentos da fibrose pulmonar não conseguem ajudar o paciente a retomar o estado original do pulmão, mas podem ajudá-lo a retomar a qualidade de vida. Geralmente, são utilizados medicamentos, além de suprimentos de oxigênio para auxiliar a recuperação do paciente.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, estima-se que a fibrose pulmonar sem causas conhecidas atinja de 14 a 43 em cada 100 mil pessoas. No Brasil, estima-se que haja de 13 a 18 mil casos.

A SBPT alerta que embora o problema de saúde seja incomum, ele é de grande importância clínica devido à sua gravidade, especialmente no contexto da Covid-19.

Segundo a SBPT, o tratamento é realizado a partir de medicamentos específicos, chamados antifibróticos, que apresentam alto custo. Para indicar os fármacos, a sociedade recomenda aos médicos considerarem a gravidade, presença de comorbidades e a possibilidade de utilização de outros medicamentos. 

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