Josafá Reis, sendo abordado na rua por um ouvinte do seu programa. Foto: Arquivo Blog
Geralmente quando uma pessoa morre, sendo ela, famosa ou não, todas as homenagens momentâneas direcionam suas emoções para ela e os depoimentos de amigos, familiares, esfriam, viram efemeridade, e de repente, pouco a pouco, vida que segue. Lembraremos vagamente ou de vez em quando, de quem foi tão importante para nossa história, nossa arte, cultura e, por isso, a nossa página “História de Araripina”, vai trazer uma pauta: “Memórias Vivas”, para sempre lembrar dos amigos que partiram, dos guerreiros como Josafá, do vaqueiro Joaquim Afonso, O maestro Pedro Bandeira (que aparece na foto ao lado de Josa), do grande craque do Bode do Araripe, Renan Paixão, jovem que morreu ainda em pleno vigor da adolescência, enfim, cada um desses personagens, foram muito importantes para nossas vidas e não devem ser esquecidos e lembrados apenas num estalo de saudade ou numa visita ao campo santo, ao pés de uma lápide com epitáfio triste e melancólico.
Josafá Reis e o seu companheiro de muitas conversas boas, o maestro Pedro Bandeira. Foto: Arquivo Blog
E como o tempo é esse relógio fugaz, não pude de forma fresca, apresentar as minhas homenagens ao grande comunicador do rádio araripeano, pioneiro e precursor da radiodifusão em uma região que vislumbrava algo inédito, transformador, apaixonante que fazia daquele instrumento que ainda era ouvido em equipamentos de som ABC pelos ouvintes apaixonado por um certo “locutor” que lia cartas, sorteava prêmios e encantava com o seu programa “Chora Coração”, conhecer os fãs de todos os lugares em que as ondas eletromagnéticas da Grande Serra podiam alcançar.
Josafá da Costa Reis, o pioneiro do rádio araripeano, nos deixou nesta terça-feira (9/5) aos 83 anos e, com a partida dele, não ficam só as histórias do rádio, ficam os grandes momentos políticos da história de Araripina e do estado, em que a presença de Josa nos eventos de grandes importâncias, brotaram muitas conquistas do Araripe e ele foi protagonista nesses atos que também tornaram o profissional radialista precursor das boas notícias.
A Rádio teve voz e força com o veterano radialista que tanto se dedicou a cumprir um ofício, em uma época em que a paixão do sertanejo pelos programas no seu modelo antigo, transformava a emoção que aproximava o profissional e o ouvinte em um modismo vibrante.
As histórias de Josa não deixavam lacunas quanto as mudanças que aconteceram no rádio e na comunicação, mas a saudade dos velhos tempos, marejavam os olhos do velho pioneiro do rádio.
E o Brasil SertanejoE O Chora CoraçãoFaz desse meu ensejoUm ato de devoçãoQue o plano aqui se encerraO pioneiro desta terraSua história aqui se fezVai deixar muita saudadePois aqui nesta cidadeSó existe um JOSAFÁ REIS
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