Já fizemos uma parada na antiga Rua Deodoro da Fonseca (Rua Marechal Deodoro da Fonseca) atual Henrique Alves Batista, e conhecemos parte de sua história de seus moradores e de algumas de suas peculiaridades (veja no link abaixo).
Lembrando que antigamente em Araripina as ruas não eram geralmente chamadas pelos seus nomes de referências, a exemplo da Rua da Canastra, que oficialmente tem o nome de uma antiga moradora e conhecida de todos: Isabel Coelho Dias (D. Bela) que acolhia aquela gente das ruas do entorno (Rua do Padre, 11 de Setembro) em sua propriedade, que tinha um “barreiro” com improvisos de pedras e madeira como instrumento para que as donas de casas (lavadeiras de roupas) principalmente aos domingos deixassem suas roupas limpas. O editor deste, carregou muita água em balde para abastecer uma bacia enorme de alumínio que a “Dona Cleó” com a agilidade de uma sertaneja forte, “nustante secava”. Ali se comia a beira do barreiro de Dona Bela e muitas lavadeiras aproveitavam para dar muitas risadas, algumas delas com a arcada dentária toda comprometida. É muita história, viu?
Mas o que nos traz aqui hoje, domingo (04/5/2023) além dessa abertura cheia de saudades de nossa aventura pela nossa terrinha, é pra falar de uma das ruas da nossa cidade que não era conhecida pelo nome oficial. Lembrando que só depois de 1959, com a gestão de Manoel Ramos de Barros (Seu Né) por sugestão do escritor conterrâneo – Geraldo Granja Muniz que elaborou o anteprojeto que as ruas da cidade começaram a ser chamada pelos nomes oficiais, mesmo maioria da população ainda continuando tratando as mesmas pelo nome de batismo popular.
Uma dessas ruas especificamente, da qual registramos tanto in loco como de forma virtual (veja todos os registros) é a Rua Joaquim Alexandre Arraes , ou ainda por muito tempo conhecida como Rua Joaquim Nabuco.
Ela atravessa todo um trecho onde o movimento de feirantes, de comerciários, pedestres e visitantes ainda permanece, principalmente aos sábados.
Fizemos os registros em um dia mais tranquilo.
Na Rua Joaquim Alexandre Arraes muitos empreendimentos foram instalados, desde consultórios odontológicos, casa lotérica, pontos comerciais, bancos e outros. A Praça Frei Ibiapina e a Praça Euclides Severo Alves (Praça do Comércio) são os pontos de parada de muita gente para aproveitar os locais de vendas de lanches, para conversar e aguardar os atendimentos na Caixa Econômica que segue o mesmo fluxo da antiga Rua Joaquim Nabuco.
Lembrando, antes que alguém questione, a Rua Joaquim Alexandre Arraes, era apenas um dos logradouros que entornava a Rua do Comércio.
Muitos moradores ilustres, que infelizmente não consegui nominá-los, tanto por tempo insuficiente para pesquisar dados concretos e veraz, quanto por dificuldades em oitivas, não pude aqui descrever, o que seria enriquecedor para traçar um perfil do cidadão que transformou aquele trecho de nossa amada Araripina no que atualmente podemos visualizar.
Mas a história é cíclica, e nunca se perde com o tempo, aliás, ela só robustece com ele, trataremos em outro momento sobre essa relíquia que só nos dar um prazer imensurável em descrever em minúcias.
Aguardemos!
Blog do Paixão