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De chef pessoal de Putin a líder de rebelião: quem é Prigozhin, que está lista de passageiros de avião que caiu em Moscou

Antigo aliado de Vladimir Putin, Yevgeny Prigozhin chefiava grupo Wagner, de mercenários que lutavam de forma velada em guerras pelo mundo, inclusive na Ucrânia. Ele rompeu com Putin ao liderar um motim em junho em protesto contra a falta de envio de armas e equipamentos.

Por g1


Yevgeny Prigozhin lidera o Wagner, grupo usado por Putin na guerra na Ucrânia e que tem forte presença na África — Foto: Reuters

De cozinheiro pessoal e amigo íntimo de Vladimir Putin ao rival que liderou o principal motim desde que o presidente assumiu o poder foi uma questão de semanas.

Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo de mercenários russo Wagner que, segundo a Autoridade Russa de Aviação Civil, estava a bordo do avião que caiu perto de Moscou nesta quarta-feira (23), ganhou protagonismo mundial ao liderar uma rebelião contra o governo de Putin, em junho deste ano.

O motim foi um protesto contra a falta de fornecimento de armas às linhas de frente na Ucrânia que ele liderava, em uma parceria velada de seus mercenários com o Exército de Putin para lutar na guerra.

Após meses de queixas e pedidos por mais equipamento de guerra, Prigozhin elevou o tom e chamou a guerra da Ucrânia de "uma mentira", em relação à retórica principal de Putin, que alega estar lutando contra "a ameaça nazista na Ucrânia".

Dias depois, o líder do grupo Wagner disse que sua base foi atacada pelo próprio Exército russo, e anunciou então o motim, que se aproximou de Moscou mas durou pouco mais de 24 horas e terminou com o seu grupo praticamente dissolvido e os líderes, como ele, exilados ou com paradeiro desconhecido.

Mas a trajetória de Prigozhin antes de se transformar em um dos maiores rivais na gestão de Putin já era longa e polêmica.

O mercenário já cumpriu pena de prisão por roubo. Ao deixar a cadeia, quis se reerguer e abriu uma barraquinha de cachorros-quentes em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia e onde ele nasceu e cresceu.


Vladimir Putin e Yevgeny Prigozhin em imagem de 2010 — Foto: Alexey Dryuzhinin / Sputnik/ AFP

Com as vendas boas, ele expandiu o negócio para uma rede de barraquinhas. Dali, abriu um restaurante que ficava perto do Kremlin, a sede do governo russo, e logo se tornou frequentado por políticos, entre eles o presidente russo, Vladimir Putin.

Nesta época, ele começou a relação próxima com Putin, que logo o convidou para trabalhar no Kremlin e, depois, ser seu cozinheiro pessoal. Os dois viraram amigos, e Prigozhin logo virou conselheiro de Putin.

Ele passou anos sem admitir que havia criado o grupo Wagner. Mas, neste ano, passou a se reconhecer como líder do grupo, que é contratado por governos, como o da Rússia, para lutar em guerras e conflitos pelo mundo, com em países da África e na Ucrânia.

A ideia era fazer o trabalho sujo. Quando a guerra começou, Putin abriu as portas de centenas de presídios para que o grupo Wagner entrasse e recrutasse, à força, todos os prisioneiros que quisesse e levá-los a lutar nas linhas de frente da Ucrânia, segundo serviços de inteligência do Ocidente.

Prigozhin já foi acusado, também pelos serviços de inteligência, de interferir nas eleições dos Estados Unidos de 2020 e de expandir a influência russa na África, sempre a pedido de Putin.

Paradeiro

Desde o fim do motim de junho, o paradeiro de Prigozhin era incerto. Oficialmente, o Kremlin afirmou que ele seria exilado em Belarus, país aliado de Putin que intermediou um acordo entre os rebeldes mercenários e o governo russo.

No entanto, diversos relatos apontaram que ele estava de volta a São Petersburgo. Semanas depois, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, negou inclusive que o líder mercenário estivesse em seu país.

Nas últimas semanas, havia relatos de que Prigozhin estava em algum país da África para se unir aos mercenários de seu grupo. O Kremlin nunca confirmou essa versão, mas, no último vídeo divulgado pelo líder mercenário, ele sugere estar no continente africano.

A única certeza é a do brusco rompimento de sua relação com Putin, que inclusive chamou o ex-amigo de traidor. O antigo aliado foi também uma das maiores ameaças do presidente russo desde que ele chegou ao poder, há 23 anos.

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