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Opinião: Por que em Araripina não se plantam árvores na cidade e as pessoas jogam lixo nas ruas a qualquer hora?



Antes que fiquemos procurando culpado para um problema e responsabilidade que deve ser compartilhado, sem que levemos o para o campo político, plantar uma árvore, não jogar lixo nas ruas ou em terrenos baldios, é uma responsabilidade tanto do poder público, quanto da população. O poder público para fiscalizar e penalizar, a população para obedecer as regras e cuidar para que seu ambiente não se transforme em insalubre.

Os especialistas são unânimes em afirmar que a onda de calor intenso que estamos vivenciando, tem relação com o fenômeno El Nino, associado às mudanças climáticas, mas todos nós somos conscientes que essa associação tem a mão do homem transformando e tornando um inferno a nossa vida na terra. E não são só as indústrias que produzem em larga escala o dióxido de carbono, quem ateia fogo na floresta amazônica, quem extraia ouro de APAs, quem contamina os rios, quem semeia a terra com agrotóxicos, somos todos nós que descartamos sacolas e mais sacolas na natureza, que desmatamos, que transformamos verde em áreas sem vida, enfim, é um conjunto de irresponsabilidade que cada um tem uma parcela de culpa. Não sabemos até quando a terra vai conseguir se manter equilibrada (se pode ser o sinônimo adequado) com seus irracionais habitantes, quando não tiver mais oxigênio para respirar.

E tudo pode mudar e se transformar começando pelo lugar onde moramos, onde vivemos com a nossa família e isso, não está acontecendo.



Percebo poucas árvores na minha rua e em tantas outras, e visualizo uma temperatura mais alta pela falta desses corredores verdes. Pessoas jogam lixo a qualquer hora na rua e quando os entulhos se acumulam em algum trecho dela, sempre tem um cidadão tentando se livrar ateando fogo e provocando ainda mais um ambiente difícil para respirar, além de causar incêndios que podem provocar muitos transtornos e acidentes.

A coleta urbana tem dia e itinerário já de conhecimento de todos, mas descartar os resíduos residenciais (lixo doméstico) sem o devido acondicionamento, tem sido prática da maioria da população, inclusive daqueles que arremessam os descartáveis dos carros nas ruas, se livrando do lixo como porcos que transformam a cidade em “chiqueiros”.

Basta andar por algumas ruas para se deparar com sacolas cheias de comidas, marmitas descartáveis, embalagens de pizza, garrafas de bebidas espalhadas pela cidade, móveis, entulhos de construção, uma “desordem” irracional sem tamanho que muda a cara de uma cidade linda e "ordeira" em um retrato de cidade feia.


Aqui, no complemento da Rua Joaquim Rodrigues Nogueira, que é uma via nova de mobilidade que interliga o centro com o Bairro Universitário - e com trânsito intenso, por trás do Hospital e Maternidade Santa Maria - literalmente se transformou num lixão. Entulhos de construção e muito lixo domiciliar, tem causado uma fedentina enorme para quem é pedestre e consegue perceber o quanto parte da população araripinense é irresponsável e ignorante. Ali, já se podia aplicar multa nos infratores com instalações de Câmera de Segurança, já que não podemos fazer isso em toda cidade, mas em alguns pontos principais para que os “porquinhos” (com todo respeito a eles) – sejam identificados.





As Obras do Canal São Pedro abriram um leque de possibilidade para a mobilidade e expansão residencial, fruto do progresso e desenvolvimento, mas não construíram "BARREIRA VERDES" e o que era uma mata quase nativa, se transformou em uma imensidão de terra desmatada e o espaço onde virou loteamento não existe uma árvore plantada sequer para oxigenar o ambiente.

Por que essas ações não são reflexos para mudar as causas e efeitos do meio ambiente?

Porque na cabeça de quem se diz "EMPREENDEDOR" a única coisa que passa em sua mente é "LUCRO". Ainda estamos longe de entregar projetos grandiosos para quem imagina uma engenharia sustentável, que aqui para nós: já é fato que na maioria dos lugares esses projetos que não pensam em proteger e se adequar as questões ambientais como peça fundamental dos investimentos modernos, não sobrevivem nem nos projetos arquitetônicos. Apenas em lugarejos caóticos ainda engatinhando em sua estrutura aceita esses investimentos fora dos padrões sustentáveis.


O loteamento onde a Faculdade de Medicina foi construída também não tem uma barreira verde, já que parte da área onde tudo foi transformado para construção de habitações, era a mata que pertencia ao Sítio DNOCS.

E nesse caso, estendo a minha preocupação aos loteamentos novos, nas escolas que estão sendo construídas (que não é possível perceber árvores plantadas para captar a consciência ambiental de alunos e professores); em todos os espaços públicos, enfim, para transformar a nossa Araripina em uma terra verde, em uma cidade melhor para respirar, para amenizar a temperatura (já que somos vítimas de nós mesmos).

Com relação aos fatos relatados sobre barreiras verdes, plantação de árvores em espaço que estão avançando com “florestas de pedra” – acredito que todos nós, construtores, proprietários dos loteamentos, poder público, população, tem o dever de responder não a uma crítica construtiva, mas as respostas da natureza. 

Essa é implacável quando é agredida.

E tenho dito.


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