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Morre, aos 63 anos, Antônio Carlos Figueira, ex-secretário de Saúde de Pernambuco

Médico ocupou cargos nos governos de Miguel Arraes, Eduardo Campos e Paulo Câmara. Desde 2021, ele passava por tratamento contra um câncer na cabeça.

Por g1 PE


Antônio Carlos Figueira em imagem de arquivo — Foto: Reprodução/TV Globo

O médico Antônio Carlos Figueira, ex-secretário de Saúde de Pernambuco, morreu no sábado (23), aos 63 anos. Desde 2021, ele passava por um tratamento contra um câncer na cabeça.

Figueira foi secretário estadual de Saúde durante o segundo mandato do ex-governador Eduardo Campos. Também esteve à frente da Casa Civil e da Assessoria Especial do Governo durante a gestão do ex-governador Paulo Câmara (PSB).

A morte dele foi confirmada pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), instituição na qual Antônio Carlos Figueira era ex-superintendente, ex-presidente e membro do conselho consultivo. Além disso, também era diretor-presidente da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS).

Antônio Carlos Figueira deixou esposa e duas filhas. O velório teve início às 8h30 deste domingo (24) no Imip, no bairro dos Coelhos, no Centro do Recife. O enterro foi realizado às 15h no Cemitério de Santo Amaro, na área central da capital pernambucana.

Perfil

Antônio Carlos Figueira nasceu no dia 19 de outubro de 1960. Ele fez especialização em saúde materno-infantil no Centro Latino-Americano, agência ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), e mestrado na mesma área na Universidade de Londres, na Inglaterra.

Também concluiu a especialização em administração hospitalar pela Escola de Saúde Pública da França. A trajetória acadêmica dava pistas de que ele seguiria carreira profissional semelhante à do pai, o também médico Fernando Figueira, fundador do Imip.

De volta ao Brasil, Antônio Carlos Figueira assumiu a presidência do Imip e encarou o desafio de reativar o Hospital Pedro II, que ficou 28 anos fechado. Construído na segunda metade do século 19, o hospital foi integrado ao Imip desde a fundação, na década de 1960.

Como forma de ampliar a formação na área médica, Antônio Carlos Figueira ajudou a criar, em 2005, a FPS, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Era o diretor da instituição desde 2021.

Antônio Carlos Figueira levou sua experiência em gestão empresarial também para a administração pública:
  • Foi assessor especial no segundo governo de Miguel Arraes, entre os anos de 1987 e 1990;
  • Atuou com secretário adjunto de Saúde no terceiro governo Arraes, entre 1996 e 1998;
  • Voltou ao governo do estado no segundo mandato de Eduardo Campos, quando ficou à frente da Secretaria de Saúde de Pernambuco de 2011 a 2014;
  • Em 2015, Paulo Câmara o nomeou secretário-chefe da Casa Civil. A secretaria é responsável pelo relacionamento do governo do estado com os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Pernambuco;
  • Figueira permaneceu na secretaria até 2017, quando deixou a Casa Civil e assumiu a Secretaria da Assessoria Especial do governador, cargo que ocupou até o fim de 2021, deixando a gestão pública após dez anos ininterruptos de serviços prestados ao governo de PE.

Pesar

Em nota, o Imip afirmou que Antônio Carlos Figueira ampliou e consolidou a instituição, “além de ter sido um gestor público em defesa do Sistema Único de Saúde”. Também prestou condolências aos familiares, amigos e admiradores do médico.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou sobre a morte de Antônio Carlos em seu perfil no X.

"Soube há pouco do falecimento do médico, ex-secretário de Saúde de Pernambuco e superintendente do Imip Antônio Carlos Figueira, que como profissional e homem público dedicou sua vida à defesa da Saúde. Expresso minha solidariedade à família e amigos neste momento de despedida", disse a governadora na postagem.

O prefeito do Recife João Campos (PSB) publicou, em seu perfil no Instagram, uma homenagem ao médico, a quem se referiu como amigo.

"Perdi meu pai muito cedo e, da mesma forma, foi muito cedo que mergulhei na vida pública. Nesse momento difícil da minha vida, com a partida do meu pai, eu vi tudo mudar muito rápido. Foi então que eu vi amigos do meu pai se tornarem meus amigos", declarou João Campos.

O presidente do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes, relembrou a trajetória de Antônio como assessor especial de Miguel Arraes na década de 1980. Em nota, desejou conforto aos amigos e parentes.

"A partida precoce de um homem com tantos serviços prestados à sociedade nos enche de tristeza, mas também da convicção de que tudo o que ele construiu continuará fazendo a diferença na vida dos profissionais que ele ajudou a formar e do povo que ele ajudou a servir. Nossos votos são para que os corações dos familiares e amigos sejam confortados neste momento de despedida", disse Sileno.

Antônio Carlos Figueira: um legado na saúde e na política

O ex-secretário de Saúde, Antônio Carlos Figueira, morreu no último sábado (23), aos 63 anos

Por Tarsila Castro


Antônio Carlos Figueira: um legado na saúde e na política - Andréa Rêgo Barros/Arquivo Folha de Pernambuco

Um legado na saúde e na política. O médico e ex-secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Carlos dos Santos Figueira, morreu no último sábado (23), aos 63 anos. Ele enfrentava um tratamento de câncer desde 2021.

A luta pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma das marcas da trajetória de Figueira. Ele deixa um legado de suas atuações em diversos governos e presidindo instituições importantes da medicina pernambucana.

O médico foi velado na manhã de domingo (24), na capela do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife. O sepultamento ocorreu à tarde, no Cemitério de Santo Amaro. No velório, a palavra ‘legado’ era dita pelos familiares e amigos que recordavam a vida do médico.

Medicina e política

Filho do professor Fernando Figueira, fundador do Imip, Antônio nasceu em 19 de outubro de 1960. Em 1985, se formou em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Era pós-graduado em pediatria e mestre em Saúde Materno Infantil pela Universidade de Londres e também se especializou em administração hospitalar na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).

Durante a sua carreira política, Figueira atuou em várias secretarias do Governo de Pernambuco, desde o segundo governo de Miguel Arraes, do qual foi assessor especial, entre os anos de 1987 e 1990. Já na terceira vez que Arraes foi governador, o médico exerceu o cargo de secretário-adjunto de Saúde, entre 1996 e 1998.

Foi secretário de Saúde no segundo mandato do ex-governador Eduardo Campos, entre os anos de 2011 e 2014. No início do primeiro mandato de Paulo Câmara (PSB), em 2015, foi nomeado secretário-chefe da Casa Civil, onde permaneceu até setembro de 2017 e entre 2017 e 2020 foi chefe da Assessoria Especial do Governador. Nesse período, também foi membro do Diretório Estadual do PSB.

Em 2020 pediu exoneração do Governo do Estado e tornou-se diretor-presidente da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) - instituição que ajudou a idealizar e onde também atuou como acadêmico. Também era membro da Academia Pernambucana de Medicina, onde ocupava a cadeira de número 1. Presidiu o Imip entre os anos de 2009 e 2010, onde comandou o ambicioso projeto de restauro do Hospital Pedro II.

Parceria com o Governo Federal

Segundo o Ministério da Saúde, que emitiu uma nota lamentando o falecimento do médico, Figueira era um “conceituado parceiro do Governo Federal em iniciativas como o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) e o Programa Mais Médicos, além de ter colaborado com o SOS Emergência”.

O texto destacou as realizações de Antônio à frente das instituições. Durante a sua trajetória como secretário de Saúde e presidente do Imip, conduziu a expansão e o fortalecimento da instituição, que acabou se tornando um dos maiores complexos brasileiros hospitalares 100% SUS.

No comando da Secretaria Estadual de Saúde inaugurou o Hospital Pelópidas Silveira - novo prédio do Hospital de Câncer, projetou a obra do Hospital da Mulher de Caruaru e deu início à construção do Hospital Mestre Vitalino, também em Caruaru.

Além disso, diversas unidades da rede de atendimento ambulatorial especializado, conhecidas como UPAE (Unidade Pernambucana de Atenção Especializada), foram entregues em sua gestão. Também foi o primeiro representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) na Comissão Nacional de Médicos Residentes (CNRM).

Hospital da Criança do Recife

Como forma de homenagem, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que mantinha uma relação de amizade próxima com Figueira, anunciou que o Hospital da Criança da cidade levará o nome do médico.

O prefeito destacou a informação no final da nota de pesar que publicou nas redes sociais no sábado (23). “Como um singelo gesto, enviarei um projeto de lei para denominar a maior obra da saúde da nossa cidade com o nome de Antônio Carlos Figueira, que, por formação e missão de vida escolheu cuidar das pessoas e das crianças (como pediatra). Nosso hospital da criança levará seu nome”, disse.
 

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