Um cantinho de Araripina onde mora Duas Marias Queridas (Tia Maria e Maria de Galego) – que é uma artéria que liga as Ruas Pedro Barreto de Alencar, Sete de Setembro e 11 de Setembro e que batizamos carinhosamente de “Vila dos Chaves” – não em sentido pejorativo, mas por exalar alegria, por ser um pedacinho espremido entre logradouros em que em nossa infância nos serviam de esconderijo para as brincadeiras de infância.
Dona Dora que já residia no final da vila também era moradora antiga daquela localidade e sempre que passo por lá e faço questão de desviar um pouco o olhar e flertar os pensamentos, a saudade sempre aperta lembrando de uma infância repleta de carência e uma cidade que ainda mesclava em tamanha proporção a desigualdade entre ricos e pobres.
Mas a “Vila do Chaves” também poderia ser chamada de “Vila das Marias” – em homenagem não só as Marias que por lá moram há vida inteira, mas as Marias mulheres, guerreiras, que ainda enfrentam um machismo arraigado em um país que impera também a desigualdade e o desrespeito entre os sexos opostos.
A "Vila do Chaves" ou "Vila das Marias" - fica também em um dos pontos mais conhecidos da cidade: a popular Rua do Padre, mas resolvemos brincar com aquele cantinho especial que também em época de São João vira uma festa.
Blog do Paixão