A grande selva humanaPor Everaldo Paixão
Traduz o ser em essência
De como ele se comporta
Num ponto de divergência
Tem a malícia do mal
Mas também é sem igual
Quando é pra dar assistência
As chuvas e as enchentes
Que o Rio Grande assolou
Merece a compaixão
De quem se mobilizou
Nesta hora não se conta
E não deve pagar a conta
Nem que o Nordeste atacou
Se alguém xingou o Nordeste
Não podemos rebater
O povo Rio Grandense
Nunca foi de promover
No nosso povo discórdia
Pois toda misericórdia
Agora podemos ter
E se algum nordestino
Pensar que deve pagar
Na moeda dos insanos
Não sou eu pra concordar
Não posso ser tão genérico
Por quem merece descrédito
No seu modo de pensar
Polaridade imbecil
Tomou conta do país
Nessas horas percebemos
O quanto isso é infeliz
Não existe nem um lado
Quando o irmão “tá” precisado
Une o Brasil nos Brasis
Rio Grande e Nordestino
Sem racismo e preconceito
Une os ventos da bondade
Pensando num só conceito
As tragédias unem todos
E o amor e o socorro
É povo do mesmo jeito
O país da diversidade
Mistura de raça e de gente
Não pode ser separado
Por essas forças vigentes
Que no país é minoria
Que fere a democracia
Como poder infringente
Prosas & Versos: O Rio Grande e o Nordestino
maio 25, 2024
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Blog do Paixão