Resolvemos atender um pedido de um dos nossos colaboradores e leitor assíduo do nosso blog e das nossas páginas nas redes sociais, e mantendo sempre a atenção por aqueles que gostam e cultivam cultura e história.
Sobre a enquete que colocamos na página História de Araripina, no instagram, por sinal, com uma repercussão bastante positiva, sobre quem foi a primeira mulher a assumir o legislativo municipal, Dr. Alonso Nunes fez o seguinte esclarecimento:
"A primeira mulher a assumir uma vaga no legislativo de Araripina foi a D. Otília Ceci, que assumiu a vaga de seu esposo falecido que era vereador, pelo período até o término do mandato correspondente. Agora, a primeira mulher eleita por votos em uma eleição regular", foi minha irmã Vera Lúcia.
A eleição foi a de 1982, quando meu pai foi o candidato a prefeito pelo MDB, tendo sido eleito na ocasião, o Dr. Valmir Lacerda. Meu pai foi o segundo mais votado para prefeito.
Veja os dados:
O candidato Valmir Ramos Lacerda obteve 10.047 votos, contra 603 votos dados a José Barreto e 2.031 votos dados a Afonso Nunes. Aos poucos o PMDB foi chegando no Sertão. De fato, nas eleições proporcionais, sua legenda teve votos para eleger um vereador, por sinal mulher, que será a segunda, na história de Araripina a exercer o mandato legislativo. (Conteúdo do Livro - Araripina, História, Fatos e Reminiscência - de Francisco Muniz Arraes).
O PMDB foi para eleição dividido, com José Barreto Modesto, pelo PMDB 1 e Afonso Nunes do Nascimento, pelo PMDB 2.
À Câmara Municipal ficou assim composta: Valdemir Batista, João Rodrigues Granja (João Capitão), Joaquim Lima Filho, Luiz Barreto de Alencar, José Iremar Modesto, Ancilon Mendes da Costa, José Freire Bihum e Miguel Bra Sobrinho pelo PDS; e Vera Lúcia dos Santos Araújo, pelo PMDB.
A vereadora Maria Cecy de Alencar (nome que consta no Livro – Araripina, História Fatos & Reminiscência, e não Otília Ceci de Alencar) foi eleita então, a primeira mulher vereadora depois da queda de Getúlio, em 1945, em que finalmente, depois de 15 anos, vislumbrou-se a democracia. O prefeito eleito na época, já na fase dos mandatos democráticos, isto é, através de eleição, foi Joaquim Pereira Lima (Seu Quincas – como era conhecido).
Entenda o caso:
O vereador José Barreto de Alencar, Dorico, faleceu no exercício do mandato. Como só foram registrados candidatos em número igual ao de vagas, houve convocação de eleições, que se realizaram no dia 15 de dezembro de 1957, somente na Sede do Município e em 10 seções. A candidata única, d. Maria Cecy de Alencar, viúva de Seu Dorico, foi eleita com 351 votos dos 361 eleitores.
Nesses casos, entendemos que depois de um período de 15 anos com a queda de um governo ditador, o Brasil e especialmente Araripina, passaram por um período iniciando em 1947, em que os prefeitos e os vereadores foram eleitos democraticamente, isto é, seguindo a vontade popular através do voto.
Fonte: Livro - Araripina, História, Fatos & Reminiscências.
.jpg)
.jpg)
Blog do Paixão