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História da Televisão: Novela A Padroeira da Rede Globo

 


A Padroeira

A padroeira se passava num Brasil Colônia marcado pela febre do ouro, pela submissão feminina e pelo poder da Igreja

Memoria Globo

A novela conta a história do amor impossível de Valentim Coimbra (Luigi Baricelli) e Cecília de Sá (Deborah Secco) na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, na então capitania de São Paulo e Minas do Ouro, no ano de 1717. A novela tem como pano de fundo a luta dos pescadores da região pelo reconhecimento do culto a Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem foi encontrada por eles no rio Paraíba do Sul. Tudo começa com a chegada ao Brasil de Dom Pedro de Almeida Portugal, o Conde de Assumar (Antônio Marques), enviado para assumir a governadoria da capitania. No cortejo do Conde de Assumar viaja a jovem Cecília, filha do fidalgo D. Lourenço de Sá (Paulo Goulart), que retorna de um convento em Portugal para se casar com D. Fernão de Avelar (Maurício Mattar), a quem foi prometida por seu pai. O grupo é atacado por um bando de salteadores liderados pelo degredado Molina (Luís Melo), que se encanta com a beleza de Cecília e a rapta. A moça é salva por Valentim, filho de um suposto traidor da Coroa de Portugal e que, por isso, é rejeitado pela sociedade local. Os dois se apaixonam.

Autoria: Walcyr Carrasco | Colaboração: Mário Teixeira e Duca Rachid | Direção: Walter Avancini, Roberto Talma, Mário Márcio Bandarra, Ivan Zettel, Vicente Barcellos, Luiz Henrique Rios e Leandro Neri | Direção-geral: Walter Avancini, Roberto Talma e Mário Márcio Bandarra | Direção de núcleo: Roberto Talma | Período de exibição: 18/06/2001 – 22/02/2002 | Horário: 18h | Nº de capítulos: 215

CURIOSIDADES A Padroeira foi baseada em ideia original do diretor Walter Avancini, que se afastou da novela em julho de 2001, por problemas de saúde, e faleceu dois meses depois. Segundo o autor Walcyr Carrasco, todos os fatos relacionados à imagem da santa mostrados na novela são verídicos, documentados pela igreja católica, embora tenham ocorrido em datas diversas da apresentada na trama. Nossa Senhora Aparecida foi proclamada padroeira do Brasil em 1929, pelo Papa Pio XI. O escravo Zacarias (Norton Nascimento), de acordo com o autor, é inspirado em personagem histórico. Seus grilhões são exibidos até hoje na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida do Norte.

Tramas Paralelas

Culto a Nossa Senhora Aparecida

A história real do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida pelos pescadores Filipe Pedroso (Isaac Bardavid), João Alves (Cláudio Gabriel) e Domingos Martins Corrêa (Carlos Gregório) no rio Paraíba, os primeiros milagres atribuídos à santa e o esforço de Atanásio Pedroso (Jackson Antunes) para a construção de sua primeira capela também são relatados na trama de A Padroeira. Os três pescadores saem para pescar no rio Paraíba sob a ameaça de serem castigados se não voltarem com peixes, já que a iguaria é aguardada para ser servida no banquete em homenagem ao Conde de Assumar.

Após várias tentativas infrutíferas, a rede de João Alves traz a imagem de uma santa sem cabeça. Ele atira a rede novamente e vem a cabeça da santa que, para surpresa geral, é negra. Os amigos veem a descoberta como um sinal de Deus e continuam atirando suas redes ao rio, até que seus barcos ficam abarrotados de peixes. Na volta para casa, Domingos mostra a imagem à mulher, Silvana (Laura Cardoso) – que é irmã de Filipe e mãe de João –, e ela cola a cabeça da santa com cera, colocando a imagem em um oratório. Os pescadores da região e suas famílias passam a se reunir em torno da santa para rezar o terço, cuja primeira capela é fundada por Atanásio, filho do pescador Filipe.

Na primeira manifestação tida como milagre, as velas do pequeno altar erguido para a santa tremem de forma misteriosa, espantando os habitantes locais. O segundo suposto milagre acontece quando o escravo foragido Zacarias (Norton Nascimento), capturado pelo capitão do mato João Fogaça (Roney Vilella), faz uma oração diante da santa e os grilhões de suas correntes arrebentam.

A existência de uma santa negra amada pelo povo alarma os preconceituosos fidalgos e divide as opiniões na vila, provocando uma tensão entre os que defendem a santa e os que querem impedir seu culto. É quando se realiza o terceiro milagre, que envolve a família de Cecília (Deborah Secco). Gertrudes (Bianca Byington) leva a filha Marcelina (Renata Nascimento) para rezar junto à santa, e ela recupera a visão, fazendo com que Dom Lourenço (Paulo Goulart) permita a construção de uma capela em suas terras, à beira da estrada, que passa a ser o primeiro local de culto oficial a Nossa Senhora Aparecida.

Humor

O humor esteve presente na trama, entre outras histórias, através da dobradinha formada pela beata Imaculada (Elizabeth Savala) e pelo poeta Manoel de Cintra (Otávio Augusto), homem sensível que defende dois moleques escravos, Cosme (Samuel Melo) e Damião (Luís Antônio Nascimento), e gosta de se rebelar contra os fidalgos. Ele se apaixona pela rígida religiosa, mas, no final, convencido de que ela é interesseira, casa-se com Dorotéia, a Dodô (Susana Vieira). 

CECILIA DE SÁ (Deborah Secco) – Filha de Dom Lourenço (Paulo Goulart), irmã de Braz (Fábio Villa Verde), e irmã de Marcelina (Renata Nascimento) por parte de pai. Educada em um convento, tem uma cabeça avançada, e faz coisas impensáveis para uma mulher da época, como cavalgar bem e usar a espada, se necessário. Uma jovem decidida a tomar a vida em suas próprias mãos. Torna-se amiga do poeta Manoel cintra (Otávio Augusto), pois gosta de seu espírito crítico. Apaixonada por Valentim (Luigi Baricelli), fica entre dois fogos: a autoridade do pai e do irmão, e seus sentimentos. No início da história, recusa casar-se com Fernão (Maurício Mattar), e o pai não pode forçá-la devido a uma promessa feita no passado.

VALENTIM COIMBRA (Luigi Baricelli) – Filho de um nobre considerado traidor da Coroa portuguesa, que foi preso em Lisboa ao se recusar a entregar um mapa de minas de ouro ao rei de Portugal. Com a prisão do pai, a família se desfez: sua mãe foi para Portugal e o deixou com o poeta Manoel (Otávio Augusto). Rejeitado pelos poderosos da região, que o tratam como filho de um traidor, Valentim deseja restaurar o nome da família e encontrar o mapa das minas deixado por seu pai. Não tem fortuna própria, é amigo dos pescadores, do povo da região e também de Diogo (Murilo Rosa), filho de um rico fazendeiro. Treinou-se nas artes da guerra e das armas. Ama Cecília (Deborah Secco), prometida em casamento a Dom Fernão (Maurício Mattar). Impedido de se aproximar da moça, não mede esforços para realizar esse amor.

IZABEL DE AVELAR (Mariana Ximenes) – Filha de Imaculada (Elizabeth Savala), prima de Fernão (Maurício Mattar). Meiga, vive sob as garras da mãe, que proíbe seu romance com Diogo (Murilo Rosa), a quem ama. Imaculada guarda um segredo de sua juventude, e vê na filha a própria imagem de seu pecado. Como Imaculada se tornou beata, vive criando castigos para Izabel “expiar” o pecado, obrigando a menina a fazer longos jejuns, ajoelhar-se sobre milho, etc. Imaculada deseja que Izabel vá para um convento, embora a jovem não tenha nenhuma vocação. Como melhor amiga de Cecília (Deborah Secco), Izabel ajudará na união com Valentim.

DONA IMACULADA DE AVELAR (Elizabeth Savala) – Mãe de Izabel (Mariana Ximenes) e tia de Fernão (Maurício Mattar). Beata, exagerada em suas emoções, o que chega a ser engraçado. Teve Izabel quando solteira, mas conseguiu ir para o Rio de Janeiro sem que ninguém desconfiasse de nada, e voltou à vila com a filha, fingindo-se viúva. Carrega o fardo do pecado que cometeu na juventude, e em tudo vê uma intenção sexual. Vive tentando expiar a própria culpa através de Izabel, que quer colocar em um convento. Sente uma atração irresistível pelo poeta Manoel (Otávio Augusto), o único que não se interessa pelas mulheres e não tem um comportamento machista.

DOM FERNÃO DE AVELAR (Maurício Mattar) – Homem de temperamento cruel, pois nunca foi amado por seu pai, que já morreu. Mora na casa de sua tia Imaculada (Elizabeth Savala), auxiliando-a a impedir o romance da prima, Izabel (Mariana Ximenes), com Diogo (Murilo Rosa). É contra o culto à santa, e tenta destruir a imagem e impedir a construção da primeira capela. Nas mãos do falso jesuíta Molina (Luis Melo), que descobre um segredo que, se revelado, pode deixá-lo pobre, Fernão se alia ao bandido para ajudar a roubar o mapa das minas. Apaixona-se por Cecília (Deborah Secco), e vira o principal antagonista de Valentim (Luigi Baricelli).

MOLINA (Luís Melo) – Homem de boa educação, português de nascença, viveu também na Espanha, onde se casou com Blanca (Patrícia França). Nos dois lugares, praticou crimes e acabou sendo deportado para o Brasil, onde se tornou salteador. Ao assaltar o cortejo do Conde de Assumar (Antonio Marques), tem acesso a documentos que falam da necessidade de descobrir o mapa das minas de ouro descobertas pelo pai de Valentim (Luigi Baricelli). Inescrupuloso, rouba o hábito e as cartas de apresentação de um jesuíta, e chega à vila apresentando-se como sendo o religioso, com ares de inquisidor. Graças ao hábito que veste e à proteção do padre da vila, também enganado, consegue saber o que acontece em todas as casas. Apaixona-se por Cecília (Deborah Secco).

BLANCA DE SEVILLA (Patrícia França) – Saiu da Espanha fugida, pois tem origem cigana e ficou com medo de ser perseguida pela Inquisição. Chega à Guaratinguetá fingindo estar em busca do marido desaparecido, mas vem ao Brasil para se encontrar com Molina (Luis Melo), com quem foi casada na juventude. Os dois formam uma dupla de vilões que faz tudo para roubar o mapa das minas. A missão de Blanca no plano arquitetado com Molina é a de conquistar a confiança de Valentim (Luigi Baricelli), mas o feitiço vira contra o feiticeiro, e a espanhola se apaixona pelo rapaz.

DIOGO SOARES CABRAL (Murilo Rosa) – Filho de Dom Antônio Cabral (Stênio Garcia) e Joaquina (Lu Grimaldi). O melhor amigo de Valentim (Luigi Baricelli). Apaixonado por Izabel (Mariana Ximenes), faz tudo para impedir que ela vá para o convento, como quer a mãe dela. Encontra forte resistência e chega à conclusão de que há um mistério que nem mesmo seu pai quer revelar. Embora amoroso e apaixonado, tem uma personalidade de acordo com a moral da época.

Personagens da Novela

ATANÁSIO PEDROSO (Jackson Antunes) – Pescador, filho do também pescador Filipe Pedroso (Isaac Bardavid), um dos que acharam a imagem da santa no rio. Em sua casa ficam a imagem e o primeiro oratório e, por isso, é perseguido pelos poderosos, enfrentando vários atentados. É um homem de fé, primitivo e ligado às forças da natureza. Ama Rosa Maria (Maria Ribeiro) e é correspondido, mas a família da jovem quer que ela se case com o capitão Antunes (Cecil Thiré), governador da Vila. Ajuda Valentim (Luigi Baricelli) a se encontrar com Cecília (Deborah Secco).

DOM LOURENÇO DE SÁ (Paulo Goulart) – Pai de Cecília (Deborah Secco), Braz (Fábio Villa Verde) e Marcelina (Renata Nascimento), casado em segundas núpcias com Gertrudes (Bianca Byington). É um rico fazendeiro da região, duro, grosseiro e até selvagem, como os fidalgos de então. Não respeita os sentimentos românticos da filha, mas não a força a casar-se com Fernão (Maurício Mattar) pois prometeu, quando a mãe da menina morreu, que Cecília só se casaria com um noivo que aprovasse. Jamais permitiria, contudo, que ela se casasse com um rapaz de história desonrada, como Valentim (Luigi Baricelli), e a promete a Fernão para unir a fortuna das duas famílias. É o principal adversário do culto à santa, com medo de que a fé numa imagem negra leve seus escravos à rebelião.

GERTRUDES DE SÁ (Bianca Byington) – Veio de uma família de fazendeiros pobres e, obrigada pelos pais, casou-se com Dom Lourenço (Paulo Goulart), um homem mais velho, de quem tem horror. Seu único consolo é a filha Marcelina (Renata Nascimento), menina cega. Vive constantemente humilhada por não ter tido um filho homem. Por achar que a mulher nasceu para sacrificar-se e também por medo, acaba sempre contra Cecília (Deborah Secco).

AGUILAR (Roberto Bomtempo) – Soldado que vive na hospedaria e trabalha para a guarda da cidade. Apesar da profissão rude e do corpo grande e desajeitado, tem a alma delicada e um grande coração, sendo capaz de gestos poéticos. Ama Mariquinhas (Denise Milfont), e sofre quando ela chora ou é castigada. Tímido, não é bem-sucedido cada vez que tenta fazer avanços em nome do amor. É amigo de Valentim (Luigi Baricelli) e Diogo (Murilo Rosa).

BRAZ, O ALFERES (Fábio Villa Verde) – Filho de Dom Lourenço (Paulo Goulart), irmão de Cecília (Deborah Secco), e de Marcelina (Renata Nascimento) por parte de pai. É um tipo mais rude e desumano que o pai, capaz de humilhar escravos e prisioneiros. Ajuda a manter a ordem na cidade, mas é quem mais se mete em desordens. Logo no começo da história, tem um enfrentamento com Valentim (Luigi Baricelli), e fica contra seu romance com Cecília. Pretendente à mão de Izabel (Mariana Ximenes).

CONDE DE ASSUMAR (Antônio Marques) – Passa pela região a caminho de Vila Rica. Autoritário, impõe a lei com mão pesada, pois é o representante do rei. Seu desejo de comer peixe leva os pescadores a encontrar a santa no rio. É um personagem histórico. 

MARCELINA (Renata Nascimento) – Filha de D. Lourenço (Paulo Goulart) e Gertrudes (Bianca Byington), cega de nascença. Tem um espírito puro, um coração bom, e adora a irmã, Cecília (Deborah Secco). É uma das beneficiadas pelos milagres da santa, pois volta a enxergar, provando ao pai a autenticidade desse sinal de Deus.

BRÁSIA (Lidiane Lisboa) – Mucama da casa de Dom Lourenço (Paulo Goulart). Fofoqueira, conta tudo que Cecília (Deborah Secco) faz para seu irmão, Braz (Fábio Villa Verde). Não por maldade, mas por língua comprida. Sonha com o poeta Manoel (Otávio Augusto), pois acha que, se ele se apaixonar por ela, pode comprá-la e dar-lhe a alforria. Vive correndo atrás dele mas, como é desastrada, cria situações engraçadas, principalmente com Delfina (Andréa Avancini), que se sente dona da casa do poeta.

ZACARIAS (Norton Nascimento) – Escravo dos Avelar, amigo dos pescadores e um dos defensores do culto à santa. Torna-se amigo de Valentim (Luigi Baricelli) e Cecília (Deborah Secco). Torturado por Fernão (Maurício Mattar) e Imaculada (Elizabeth Savala), foge e, ao ser capturado, consegue parar para ver a santa e rezar diante da imagem, vendo seus grilhões se abrirem. Emocionado, Dom Antônio (Stênio Garcia) compra sua liberdade, apesar da resistência de Imaculada.

COSME (Samuel Melo) – Mucamo de Imaculada (Elizabeth Savala). Ele e seu irmão, Damião (Luis Antônio Nascimento), sofrem nas garras da dona, mas aprontam muitas confusões e também ajudam os apaixonados. Depois de fugirem várias vezes, são salvos por Cecília (Deborah Secco) e entregues ao poeta Manoel (Otávio Augusto), que os ensina a fazer jogral com poesias divertidas que mexem com os poderosos.

DAMIÃO (Luis Antônio Nascimento) – Irmão de Cosme (Samuel Melo), tão atrapalhado quanto ele.

DOM ANTÔNIO CABRAL (Stênio Garcia) – O único fidalgo generoso da vila. Digno, de bons sentimentos, tenta ajudar os pobres. É quem impede que a santa seja roubada e destruída pelos poderosos. Amou Imaculada (Elizabeth Savala) quando jovem, mas já era casado com Joaquina (Lu Grimaldi), que se tornou uma mulher amarga e dura. Guarda a solução para o amor impossível de seu filho Diogo (Murilo Rosa) e Izabel (Mariana Ximenes). É o único nobre que admite a presença de Valentim (Luigi Baricelli) em sua casa, devido à amizade deste com Diogo.

JOAQUINA (Lu Grimaldi) – Mulher de Antônio (Stênio Garcia) e mãe de Diogo (Murilo Rosa), mulher fria e austera, que odeia Imaculada (Elizabeth Savala). É falsa, capaz de sorrir e dizer o contrário do que pensa. Seu sonho é abandonar o país e ir morar na corte portuguesa que, para ela, é o único lugar civilizado do mundo. Fidalga, tem horror aos pobres, tratando-os com desprezo.

GIL (Fernando Almeida) – O principal escravo da casa de Antônio (Stênio Garcia). Cúmplice de Diogo (Murilo Rosa), a quem ajuda em tudo. Vive correndo atrás de Brásia (Lidiane Lisboa), mas ela não quer saber dele porque pretende conquistar um branco para ser alforriada.

MARIQUINHAS (Denise Milfont) – Mulher de João Fogaça (Roney Vilella) e mãe de Celeste (Raquel Nunes), Miguel (Rafael Rodrigo) e Tiago (Alexandre Drumond). Dona da hospedaria da vila. Bonita e rude, um pouco engraçada na exteriorização dos seus sentimentos. Vive sendo castigada pelo marido, que a trata de maneira despótica. É perdidamente apaixonada pelo soldado Aguilar (Roberto Bomtempo).

JOÃO FOGAÇA (Roney Vilella) – Marido de Mariquinhas (Denise Milfont) e pai de Miguel (Rafael Rodrigo), Celeste (Raquel Nunes) e Tiago (Alexandre Drumond). Caçador de escravos fugidos. Quando está nervoso, provoca brigas com a mulher só para castigá-la depois. Quer casar a irmã, Rosa Maria (Maria Ribeiro), com o capitão Antunes (Cecil Thiré), governador da cidade, e por isso não suporta o romance dela com o pescador Atanásio (Jackson Antunes). Sabe aproveitar as situações que a vida oferece, aliando-se aos vilões para conseguir vantagens. Apesar de cruel e despótico, é um cordeirinho diante de seu chefe, o alferes Braz (Fábio Vila Verde).

CELESTE (Raquel Nunes) – Filha de Mariquinhas (Denise Milfont) e João Fogaça (Roney Vilella), irmã de Miguel (Rafael Rodrigo) e Tiago (Alexandre Drumond). Uma garota atirada, que saiu ao pai. Tem toques de pequena vilã, mas é engraçada. Aceita a proposta do Capitão Antunes (Cecil Thiré) para tirar do filho Luiz (Gustavo Haddad) a ideia de se tornar monge. Dona de uma graça ingênua, acaba se apaixonando de verdade pelo rapaz.

MIGUEL (Rafael Rodrigo) – Filho de João Fogaça (Roney Vilella) e Mariquinhas (Denise Milfont), irmão de Celeste (Raquel Nuens) e Tiago (Alexandre Drumond). O predileto do pai. Sabe ocupar o trono, e vive atormentando o irmão mais novo, conseguindo todas as vantagens para si. Engana a mãe, faz-se passar por anjo e, no final, sempre deixa Tiago em má situação.

TIAGO (Alexandre Drumond) – Filho de João Fogaça (Roney Vilella) e Mariquinhas (Denise Milfont), irmão de Celeste (Raquel Nuens) e Miguel (Rafael Rodrigo). Sente-se o “patinho feio” da família. Triste, acha que a mãe e, principalmente, o pai, o rejeitam. Vive caindo nas armadilhas do irmão e sendo castigado injustamente. Torna-se, em segredo, amigo de Marcelina (Renata Nascimento), a quem descreve o mundo e suas belezas.

ROSA MARIA (Maria Ribeiro) – Irmã de João Fogaça (Roney Vilella). Ama o pescador Atanásio (Jackson Antunes), mas é forçada pelo irmão a se casar com o Capitão Antunes (Cecil Thiré). Cheia de fé, ajuda a instaurar o culto à santa.

JOSÉ ALVES VILLELA (Othon Bastos) – O padre de Guaratinguetá. Enganado por Molina (Luis Melo), dá abrigo ao falso jesuíta, que depois o enfrenta. É confessor de Cecília (Deborah Secco), e fica dividido diante da autenticidade dos milagres da santa. Personagem histórico, foi o primeiro a permitir o culto a Nossa Senhora Aparecida.

MANOEL CINTRA (Otávio Augusto) – Poeta, criou Valentim (Luigi Baricelli) desde que seu pai foi preso e sua mãe desapareceu. Tem um humor ácido, e vê o mundo de forma irônica. É capaz de rir da sociedade através de seus versos, que tudo dizem, mas que evitam confrontos que o levem ao tribunal. É advogado, mas vive sem dinheiro porque os ricos não querem saber dele e os pobres não podem pagar por seus serviços. Salva os escravos Cosme (Samuel Melo) e Damião (Luís Antônio Nascimento), e forma com eles um jogral que enlouquece os poderosos. Conhece o segredo de Úrsula (Yoná Magalhães), a feiticeira que mora na floresta.

DELFINA (Andréa Avancini) – Portuguesa, veio para o Brasil fingindo-se viúva. Na verdade, está fugindo do marido e à procura do primo Manoel (Otávio Augusto), que pensa ser um rico advogado. Fica furiosa ao descobrir que ele é pobre, e assume a casa, passando a atormentar a vida dele para que ganhe dinheiro. Apaixona-se por Valentim (Luigi Baricelli), com quem é sempre doce.

ÚRSULA (Yoná Magalhães) – Mulher misteriosa, irradia bondade e luz. Vive na floresta, e guarda um grande segredo, sendo considerada “bruxa” por fazer curas com remédios e poções à base de ervas. Sabe fazer também poções do amor, e é capaz de prever o futuro. Quando vai à vila todos se afastam, por medo e desprezo. Mantém contato com Cecília (Deborah Secco), que não tem os mesmos preconceitos, e com o poeta Manoel (Otávio Augusto).

TIBURCINA (Karina Barum) – Órfã abandonada quando criança, criada por Úrsula (Yoná Magalhães), com quem mora numa casa na floresta. Mantém escondida uma medalha que foi deixada com ela quando abandonada. Na verdade, é filha de um nobre com uma índia carijó civilizada. Tiburcina vende doces, leva recados e fofocas. É rápida, esperta e divertida, um moleque em suas atitudes. Passa o tempo todo fugindo dos homens da vila, que a consideram uma presa fácil, e consegue deixá-los em situação ridícula.

CAPITÃO ANTUNES (Cecil Thiré) – Homem forte, bruto e severo. Máxima autoridade local, é rude ao extremo, sendo incapaz de compreender o místico filho Luiz (Gustavo Haddad). Quer que o garoto seja um homem de armas como ele, e contrata Celeste (Raquel Nunes) para torná-lo mais interessado na vida mundana. Apaixona-se por Rosa Maria (Maria Ribeiro).

LUIZ ANTUNES (Gustavo Haddad) – Filho do capitão Antunes (Cecil Thiré), é um rapaz frágil, que sente desde cedo a vocação para ser monge. Não suporta a ideia de ter uma carreira de armas e uma vida grosseira como a do pai. Sonha abandonar tudo para viver entre pescadores pobres. É um místico que só ama no sentido espiritual. Sua ingenuidade faz com que resista às investidas de Celeste (Raquel Nunes) de uma maneira engraçada, de quem não percebe o que está acontecendo.

ZULEIKA (Ida Gomes) – Fiel escudeira de Blanca de Sevilha (Patrícia França). Mulher de olhar duro e poucas palavras, ajuda a patroa a conseguir o que quer. Ninguém sabe de onde veio.

PUREZA (Iléa Ferraz) – Mucama de Blanca (Patrícia França). Sonsa, um tipo assustado, que dança conforme a música.

FILIPE PEDROSO (Isaac Bardavid) – Um dos três pescadores que encontra a imagem de Nossa Senhora Aparecida. É em sua casa que o culto se inicia, mas morre, deixando a imagem com o filho Atanásio (Jackson Antunes). É um personagem histórico.

DOMINGOS MARTINS CORREA (Carlos Gregório) – Pescador, casado com Silvana da Rocha (Laura Cardoso), irmã de Filipe (Isaac Bardavid). Crédulo, simples, marcado pela pobreza, é um dos que iniciam o culto à santa.

JOÃO ALVES (Cláudio Gabriel) – Filho de Silvana da Rocha (Laura Cardoso). Em sua rede veio a imagem da santa que estava no fundo do rio. Boa alma, religioso, chega a se apaixonar por Tiburcina (Karina Barum), mas morre defendendo a santa em uma das tentativas de roubo da imagem.

SILVANA DA ROCHA (Laura Cardoso) – Mulher pobre e rústica, mãe de João Alves (Cláudio Gabriel). Inicia a reza do terço diante da imagem da santa e assiste ao primeiro milagre, o das velas que se acendem sem intervenção humana. Simples e humilde, fica ao lado do sobrinho Atanásio (Jackson Antunes) até morrer. É uma personagem histórica. 

PERFIL


— Foto: Globo


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Maurício Mattar e Deborah Secco em A Padroeira, 2001. João Miguel Júnior/Globo — Foto: Globo


Mariana Ximenes, Ida Gomes e Elizabeth Savala em A Padroeira, 2001. Cristiana Isidoro/Globo — Foto: Globo


Murilo Rosa, Othon Bastos e Mariana Ximenes em A Padroeira, 2001. Acervo/Globo — Foto: Globo


Yoná Magalhães e Susana Vieira em A Padroeira, 2001. Cristiana Isidoro/Globo — Foto: Globo

 

































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