Reminiscências: A antiga Cadeia Pública de Araripina

Percebi esses dias, lendo desabafos de araripinenses sobre a falta de cuidado que temos com os nossos monumentos que poderiam ser preservados para manutenção do nosso patrimônio histórico, mas também faço alguns questionamentos sobre nós mesmos, sobre o que faríamos se caso fôssemos proprietários de algum desses monumentos que foram demolidos para dar lugar a empreendimentos modernos, sofisticados, valorizados, enfim, apontar o dedo e jogar pedra na Geni podem ser tarefas fáceis quando não nos colocamos na posição de defesa. Isto não quer dizer que não sejamos saudosistas, defensor da história, apenas coloco os fatos sendo protagonista.

Mas não adianta chorar as pitangas e vamos mostrar a nossa história na sua reminiscência e na contemporaneidade.

Para isso, uma foto provavelmente de 1978, nos traz lembranças da nossa antiga Cadeia Pública, também chamada de Hotel Coqueiro – pelo motivo daquelas palmeiras adornar aquele prédio que foi transformado em uma Associação dos Artesãos de Araripina.

O antigo prédio da Cadeia Pública que funcionava também como uma espécie de delegacia, ficava na antiga Rua Marechal Deodoro da Fonseca, atual Rua Henrique Alves Batista e por muito tempo também funcionava como uma extensão da Secretaria de Segurança Pública (Desenvolvimento Social) para emissão de Carteira de Identidade, que tinha como responsável para protocolar o pedido do documento, Tadeu de Severino Bentinho. Tadeu gostava de ser chamado de sósia de Roberto Carlos, mantinha uma cabeleira estilosa, era gentil, educado, bastante prestativo como cidadão e como profissional.

E algumas histórias contam que os presos aproveitavam os dias de feiras para amarrar uma lata em uma corda para pedir “uns trocados” aos transeuntes. Pelo Hotel Coqueiro passaram muitos hóspedes perigosos e também delinquentes sem muita periculosidade.

Outras histórias podem ser contadas pelos leitores.