Por Roberto Gonçalves do JC
Foto: Reprodução
O anunciado rompimento da Federação União Progressista, que uniu PP e União Brasil, com o Governo Federal, esta terça-feira, pode sepultar de vez a possibilidade da Federação vir a subir no palanque estadual do PSB em 2026, apesar da torcida da família Coelho para tentar garantir uma vaga no Senado para Miguel Coelho. Se o PP já faz parte da base de Raquel e a Federação terá como presidente estadual o deputado federal Eduardo da Fonte, a tendência seria o apoio à governadora, mas sempre eram levantadas dúvidas em função da ligação do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho e do deputado federal Fernando Filho com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda.
Mas Rueda, muito mais do que Ciro Nogueira, que só foi convencido nos últimos dias depois que entrou em atrito com o PT, foi quem leu o comunicado (Lei abaixo) aos filiados e anunciou que aqueles que ocupam cargos de confiança e que não deixarem o Governo Federal serão punidos conforme o estatuto da Federação. João Campos tem conversado com Rueda, mas com Lula e o PT no seu palanque, como está previsto, a Federação, certamente, não vai estar presente. A reviravolta também favorece a candidatura ao Senado do deputado federal Eduardo da Fonte.
Por outro lado, o afastamento do Governo Lula não só causará prejuízo para o PP que tem 10 deputados estaduais , sendo 8 da legenda – os outros dois vão se filiar em abril – e três federais. Já o União Brasil tem dois federais, Mendonça Filho e Fernando Filho, e cinco estaduais, entre eles Antonio Coelho. É possível que os Coelhos, mesmo permanecendo na Federação, votem em João Campos para governador como já antecipou Miguel. O mais importante, no entanto, é o tempo de TV que a Federação traz junto e que, a julgar pelo que aconteceu ontem, não irá beneficiar João mas Raquel. As informações são do JC Online.
União Brasil e PP anunciam que filiados devem deixar cargos no governo Lula
"Comunicado da Federação União Progressista
Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal.
Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto.
Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes.
Brasília, 02 de setembro de 2025"




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