Estabelecimento no bairro de San Martin, na Zona Oeste da cidade, também funcionava como depósito. Polícia coletou amostras das bebidas para testar se há metanol.
Por g1 Pernambuco
Fábrica clandestida de bebidas foi interditada em San Martin, no Recife — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas foi interditada no bairro de San Martin, na Zona Oeste do Recife. Dois homens foram presos em flagrante e equipamentos de produção, como fogão industrial e soprador térmico, foram apreendidos na operação, que foi realizada na segunda-feira (6) e divulgada nesta terça-feira (7).
Também foram encontrados no local rótulos falsificados, bebidas adulteradas e eletrônicos que eram utilizados na produção das bebidas. A operação da Polícia Civil, com apoio técnico do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), foi deflagrada para cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pela 12ª Vara Criminal da Capital.
A fiscalização do Mapa identificou que o local, que também funcionava como depósito para as bebidas alcoólicas, não tinha registro legal. Com isso, foram lavrados autos de infração, inspeção e fechamento do local.
A investigação também constatou que a empresa fazia uso indevido de um CNPJ cancelado e documentos falsificados.
Os dois homens presos, de nome e idade não informados, foram conduzidos à Delegacia da Rio Branco, no Bairro do Recife, na área central da capital pernambucana. Eles foram autuados pelos crimes de:
- falsidade ideológica;
- falsificação de produto alimentício;
- crimes contra as relações de consumo;
- concorrência desleal e contra a ordem tributária.
Segundo o delegado Ernesto Novaes, responsável pelo caso, as investigações começaram no final de 2024.
"Durante o curso dessas investigações, essas pessoas mudaram de endereço, transferiram a atividade para outro endereço, o que demandou um maior trabalho de investigação para descobrir o novo local", disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, a empresa usava um número falso de registro no Mapa. Durante a operação, foram coletadas amostras das bebidas para ser verificada se há metanol.
Além disso, o medidor de energia elétrica da fábrica estava adulterado, levantando suspeita de furto de energia. A Neoenergia informou, por meio de nota, que uma equipe de técnicos esteve no local e recolheu o medidor de energia para a análise.
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