Não se discute segurança da forma como ela tem que ser realmente discutida. Da última vez que ela foi de forma pública apresentada à sociedade e a população evidente não compareceu, assim como também não estava lá o prefeito, o vice, os secretários municipais e toda essa turma convocada para aplaudir os eventos inaugurais, houve apenas uma exposição e estatística dos trabalhos desenvolvidos por nossas polícias, mostrando um acentuado caso de diminuição de homicídios, pequenos furtos, roubos e enfim.
De lá pra cá a coisa piorou (com diminuição nos casos de homicídios) e nesse aspecto não esqueço o sacrifício dos vereadores de situação para demonstrar que a coisa era bem pior antes do governo estadual atual. A cidade está em polvorosa, aliás, a cidade não, o município como um todo. Os sítios passaram a fazer parte de estatísticas dos crimes e são hoje os principais esconderijos dos bandidos que aproveitam também para colocar terror nessas localidades.
Chega a ser preocupante a situação da segurança pública em Araripina e jamais em nossa história crimes que se queimam e se fatiam pessoas que são contados pelos criminosos de forma repugnante, podem virar comuns. Assaltos a qualquer hora (inclusive o último aconteceu a uma Clínica conhecida da cidade) também já está virando rotina e o Estado precisa intervir com mais efetivo policial, se é que isso pode adiantar porque a maioria desses atos ilícitos é praticada por menores que tem a proteção das leis infames que deixam o cidadão refém desses marginais.
Não adianta também tentar fazer justiça por conta própria ou ameaçar publicamente esses bandidos (no caso do proprietário da clínica assaltada), pode ser uma atitude infantil que coloca em risco a sua vida, a dos seus familiares e dos próprios pacientes que procuram os serviços da Unidade Hospitalar. Bandidos infelizmente, não podem ser afrontados por nós cidadãos, porque existem as polícias para realizar esses trabalhos de combate e de coibição a criminalidade e se isso realmente não vem acontecendo, aí sim, fica a cargo das autoridades competentes do Município cobrar dos superiores ações urgentes para não tornar a nossa sociedade vítima de milícias e de gangues que já se organizam transformando a nossa pacata cidade num pavio de pólvora.
É preciso esquecer as divergências políticas e principalmente os vereadores, o poder executivo, a sociedade em geral, cobrar do governador uma proposta que venha a dar tranquilidade a nossa cidade. Por enquanto não podemos mais trabalhar com as portas abertas, não podemos mais transitar livremente, não podemos mais sacar com segurança o nosso salário no final do mês, porque toda essa rotina precisa ser alterada por conta da intranquilidade que estamos vivemos.
Não entendo nada de estratégia de segurança e ninguém está livre de indivíduos que querem tirar o que é nosso, mas se o Estado abandonar o nosso povo ao deus dará, corremos o risco de passar para as estatísticas com aumento da criminalidade em todas as suas formas mais perversas.
Muros altos, cercas elétricas, condomínios fechados e todo um aparato antes visto nas grandes metrópoles, já uma realidade por aqui.
Sem força de vontade política tudo pode desandar e a próxima vítima pode ser você.
Um comentário:

Dou o meu aval ao ler este artigo, como sendo um dos melhores e mais fiel comentário da situação que ora se atravessa em Araripina. Sou daqueles que acreditam que todos os males devem ser atacados logo no inicio e não quando já estão se tornando movimento Organizado. As raizes estão se aprofundando e não se vê ninguém preparado para exterminar o joio, e se deixar o trigo. Autoridades não é hora de descansar é hora de agir.