Montagem: Everaldo Paixão
A equipe do “Vamos Aparecer” para o povo dizer que o prefeito é bom, isto com o seu total empenho e da dama de ferro (oxidado), agora vive brincando de 12 de outubro. Tem até ciranda cirandinha, puxada pela dama, e criança emocionada e enganada pela inocência de quem vive momentos dolorosos (porque muitos não terão suas casas de volta), e que os aproveitadores usam como arma de benevolência disfarçada para propagandear um governo saturado.
Alguém aí, disse que não é
momento para críticas?
Repito: Não estou a serviço de
nenhum partido, nenhum político e muito menos me interessa se “fulaninho”
apresenta um discurso meloso, para ver se cola e se consegue ibope para uma
gestão desacreditada. Sei que já estavam até comemorando o feito, afirmando que
todos os “blogueiros”, imprensa, estavam dando ênfase ao empenho do prefeito e
equipe aos desabrigados e desalojados. Araripina meus queridos, vive órfão de
uma administração que nem sequer cuida das ruas da cidade, imaginem agora, se
resolverão problemas tão grandiosos, e que eles mesmos foram os criadores dessa
tragédia anunciada.
O problema para os moradores do
Bairro do Zé Martins, o mais atingido pela grande precipitação de água caída no
dia 25 de março, se resolve de imediato com a construção de uma ponte para o escoamento das águas. O bairro
praticamente virou uma represa, porque por incompetência de uma obra mal
planejada (entre tantas que tem no município), a ponte, que serviria de
escoadouro das águas das chuvas, não foi construída, o que ocasionou o que
podemos chamar de desastre prenunciado.
E o Bairro Universitário? O que
aconteceu para que a grande quantidade de água invadisse a comunidade?
Também atingindo por um nível
pluviométrico acima do esperado, os moradores principalmente nas proximidades
do canal (que nunca fora cuidado como devido e recomendado), sofreram com
percas materiais grandiosas. O problema surge
lá depois da BR 316.
O Cavalete I, II, bairros
periféricos, também sofreram com a grande quantidade de chuvas torrenciais do fatídico
25 março. Esses, sempre foram abandonados pelo poder público municipal. Foram lá,
fazer a velha média de quem nunca cuidou do povo como deve. A cara de espanto
deles, não passa de pose para as fotos oficiais.
A Rua Demóstenes Simeão, a grande
vítima do descaso municipal, só foi atendida para que fosse recolhido o entulho
acumulado, porque uma moradora resolveu botar a boca no trombone. Qualquer
quantidade de chuva afeta drasticamente essa rua, e agora que o proprietário de
um terreno onde dizem fazer parte de um projeto para um mini shopping, espalhou
de forma desorganizada o entulho, sem a terraplanagem adequada, que quando
chove, o logradouro fica entupido dos resíduos que descem da propriedade.
Faltou também um rigor do poder público municipal, para fiscalizar se o
processo no terreno estava sendo feito de maneira que não prejudicasse os
moradores da Demóstenes. Isso não aconteceu.
A Rua da Canastra, Rua 11 de
Setembro e ali logo próximo a Uniclinic, quando chove, fica tudo inundado,
devido ao canteiro de obras do nosso mini shopping.
Uma turma reunida depois do
fatídico “25 de março”, em um certo point de encontro da nata da nossa
sociedade irônica, aquela que, distante de ver suas casas ruírem, perderem
todos os seus pertences, tentarem salvar os filhos, se livrarem de uma imensa
tromba d’água, de lama, de entulhos (que estão espalhados por toda cidade), se
ilude com a “ação de mastodonte” do
gestor e sua equipe, e como se comemorasse (são todos beneficiários da gestão)
acreditando que a população deixará de lado o estado caótico, sente um certo
alívio. É esse sentimento banalizado que toma conta da gestão. Porque o que a
população vem sofrendo, não dar para esquecer com mais sofrimento. Ou dar?
E agora, esse desastre que causou danos econômicos e
psicológicos às pessoas afetadas, não deve servir de esteio para alavancar uma
gestão que não anda.
A decretação de situação de
emergência ou de estado de calamidade pública, não pode ser objeto de desejo
único e exclusivo de captar recursos financeiros do Estado e da União,
maquiando números e estatísticas.
As doações e outros meios de
ajuda para atender as pessoas afetadas, também não deve servir de espetáculo
particular para atribuir ao gestor municipal uma popularidade que ele durante
esses mais de dois anos de gestão, nunca teve. Os cidadãos araripinenses, altruístas
de alma, esses sim, são os maiores colaboradores que se sensibilizaram com as
pessoas afetadas por uma tragédia natural, mas também, por uma tragédia
assistida e patrocinada por incompetência de quem nunca governou de verdade a
nossa querida Araripina.
As pessoas que perderam suas
casas, móveis, e contabilizam prejuízos incalculáveis, certamente acordarão
para a realidade e aí, veremos o que cada um pensa em fazer e a quem culpar de
verdade. As estrelas, os céus, a natureza ou a incapacidade gerencial dos nossos políticos.
Para
o gestor municipal, os erros do passado desafiaram a natureza.
Pelos menos eu acredito que tudo
poderia ter sido amenizado.
Com a palavra: O POVO!
Voltaremos a dissertar sobre o assunto
em um novo capítulo.
Blog do Paixão