Um breve
passeio para poder chegar ao presente, nos remete a época das tertúlias (1986)
que começavam na quinta-feira e paravam no domingo. Dois pontos de encontros
além da obrigatória parada na Praça Frei Ibiapina para um flerte era o Cê Que
Sabe e o Cactu’s Bar, os clubes que animavam os finais de semana da juventude
araripinense. Ainda naquele tempo o Cine Capri também movimentava os adeptos da
cultura audiovisual, que curtiam muitas vezes produções cinematográficas
brasileiras, e o velho faroeste,além do memorável Bruce Lee...


As festas
dançantes ao embalo de muito rock nacional, música baiana, romântica, a MPB e o
Forró, o velho globo, eram animadas por velhas bandas conhecidas que
sempre movimentavam a cidade, o Grupo Alcano do Recife, a Banda Skorpius (não
sei a origem) e os Geniais de Amarante, que faziam um verdadeiro show eclético.
Essa história
é bem mais interessante e deve ser bem mais esmiuçada e detalhada, e apenas
sintetizar uma época de ouro para os que estão rumando ao cinquentário, é ser
ingrato com um tempo tão brilhante principalmente para a nossa música
brasileira, que tendia a retroceder ao período nefasto que hoje representa o
nosso contexto sonoro medíocre.
E por falar em
Araripina, que tal uma explanação de um dos lugares mais movimentados nos
finais de semana da cidade. Podemos chamá-lo de “Point de Encontro de uma
Diversidade”. Ele é a fusão da Rua José Barreto Alencar com a Avenida
Florentino Alves Batista, o que bem podia ser uma denominação só.
Fiz uma
demarcação a partir da Panificadora São José, porque é lá realmente onde
começam a fervilhar e transitar as pessoas que buscam os mais variados tipos de
lugares, desde os bares, sorveterias, pizzarias, lanchonetes, enfim, para o
momento de lazer e quem sabe um bom bate papo.
A Praça do
Hospital, que virou um centro de alimentação e dos mais variados tipos de
diversão, é sempre cheia principalmente nos finais de semana, e concentra o
SENADINHO (do qual nunca fiz parte dos debates que concentra as mais diversas
correntes políticas), que serve de palco para a Pluralidade Política e de
opiniões.
Sorveterias
Modernas, Mercadinhos, Farmácias, o Hospital Santa Maria, a Escola CERU que
virou Referência para o Ensino Médio, Residências, Casas de Modas, Casas dos
Ventos, Gráficas de Artes e Designers, Laboratórios, Lanchonetes, entre tantas
outros, formam esse emaranhado de comércio pujante que tem atraído as pessoas
que querem gastar, se divertir e que transformou essa coalizão Rua e Avenida,
num destaque principal da cidade, repleto de estabelecimentos comerciais.
O Point
Principal da cidade nos finais de semana tem sim os seus destaques, e são
sempre as referências para atração dessa diversidade que tem movimentado as
noites dos araripinenses. Não adianta mais dizer que aqui não tem mais lugar
pra se divertir, isso é desculpa de quem não tem grana.
O Bar
Colegial, tão antigo quanto o prédio, ainda é uma parada para aqueles que
preferem curtir a noite á moda antiga. Romeriu’s Bar atrai um público fanático
por futebol, e a Doce Vida (uma das mais antigas pizzarias da cidade), continua
com suas pizzas impecáveis e sempre acomoda gente que prefere reunir a família
em torno da mesa.
Portal da
Cidade, o tão festejado lugar de encontro das galeras (jovens, veteranos,
saudosistas), com a moderna suntuosidade que investiu em bar, restaurante e a
velha música ao vivo, transformou o jeito de se divertir dos araripinenses,
quiçá, dos araripeanos, porque o Portal é esse atrativo a mais para quem também
visita a cidade a procura de diversão.
E nessa
mistura fina, que traz o cheiro de pizza, de caldo de costela, de nostalgia, de
gente diferente, de classes distintas, não podia faltar o que temos de mais
inovador na arte de criar, de inventar e de se divertir: ACONCHEGO DOS
ARTISTAS. O nome já incita a nossa imaginação (mesmo nunca também tendo
frequentado o lugar), ando meio desligado, ruim das pernas (pra não dizer do
bolso), mais o ACONCHEGO DOS ARTISTAS (sem jabá), pelo o que já ouvi, de
pessoas alegres, que gostam da boa música ao vivo, da diversão descontraída, da
badalação, da liberdade, do respeito, é lá o complemento de todos esses
adjetivos, que une a sensação de bem-estar com a alegria incontida. Dizem que
lá, o Forró Pé de Serra, é o prato principal. E Viva o Gonzagão.
E então nesta
minha crônica descontraída, podemos dizer que Araripina, mesmo contradizendo
uma dissertação da qual eu contestava uma autoridade (não querendo afirmar que
ele estava certo por completo), que clamava para que a imprensa tivesse um
olhar menos pessimista para a cidade, podemos entender, que além de um buraco
enorme, existe uma cidade que cresce e desenvolve pela gana dessa gente
empreendedora, que vale salientar, tanto o nativo como são os forasteiros que
chegam para investir e colaborar com o nosso progresso. Portanto, é bom deixar
de lado o bairrismo arraigado que temos e aceitar de bom grado as pessoas que
não são naturais desta terra, mas que veio a ela trazer mais desenvolvimento.
A Rua José
Barreto Alencar e Avenida Florentino Alves Batista dão essa cara de pujança
inovadora que traz um ar de felicidade e que se faz despir dos
preconceitos, para encarar que o progresso é feito dessa miscigenação.
Mas não
paramos por aqui. Araripina é muito mais do que isto que fora apresentado. O
nosso tour abrangerá outros pontos distantes de diversão que tem na cidade (no
Município), e logo, logo viajaremos com vocês por outros becos.
Se você quiser
fazer e escrever essa viagem, seja bem-vindo.
Blog do Paixão