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uem era o maior adversário político do
ex-prefeito e ex-deputado Emanuel Bringel? Lula Sampaio, segundo o próprio. Só
que em três campanhas acaloradas e de muito enfrentamento, a grande batalha
política entre o exército vermelho (de Bringel) e o exército amarelo (de Lula),
o maior aliado de Sampaio e que formou uma parceria harmoniosa por 16 anos
consecutivos (incluindo a campanha de 2012), foi o ex-deputado Raimundo
Pimentel.
Quando terminou o mandato da reeleição que
completara 8 (oito) anos a frente da prefeitura de Araripina e que foi
concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado, aí sim, Pimentel
passou a confrontar com Bringel numa disputa acirrada e com militantes
fanáticos de ambas as partes, duelando nas ruas. Bringel conseguiu a eleição
para deputado e conseguiu emplacar com o seu apoio de ainda político muito
influente, o seu sucessor municipal, Valdeir Batista. À época Emanuel Bringel
dividiu palanque com outro adversário de décadas – Valmir Lacerda – vice na
chapa com Valdeir. Era a terceira derrota de Sampaio para Bringel e que atingia
diretamente Pimentel no eleitorado municipal.
O próprio Valdeir Batista na eleição seguinte
se juntou a um frentão para derrubar o próprio Bringel, porque segundo se
afirmam, ele articulou para sair candidato a prefeito, quando Batista iria
tentar uma provável reeleição, mesmo com uma gestão desgastada. O frentão
elegeu Lula Sampaio que tinha como vice o atual prefeito Alexandre Arraes. Lula
Sampaio foi afastado por improbidade administrativa, o município ficou sendo
governado interinamente por seis meses pelo vice, e depois foi entregue a Adalberto Freitas Ferreira – Interventor
Estadual.
Mais o que tem a ver essa história com o eleitor e cobaia?
Podemos aqui dissertar sobre a frase dita na
última sessão da Câmara, especificamente quarta-feira (04), pelo vereador da
bancada de oposição (sem ser a independente) – Evilásio Mateus, ele disse que
“política é arte de somar”. Realmente.
Tem muito a ver. Por exemplo, o editor deste
caderno online se sente uma vítima e uma cobaia dessa arte somatória. Por 08
(oito) anos foi perseguido implacavelmente nas duas gestões de Bringel e mais
04 (quatro) anos pela gestão seguinte, aliada do ex-prefeito e ex-deputado.
Normal. Quem sentiu o peso da mão perseguidora não foi o político que estava
confortável numa cadeira na ALEPE, talvez até confabulando com o seu “adversário”.
Aí eu pergunto: nessa arte de somar, quais benefícios trarão para o eleitor?
E o grupo que se aliou ao prefeito atual em um
novo frentão laranja, apoiado pelo governador do Estado (braço poderoso e
influente) e por inúmeros políticos do Município, o que vai restar depois de
rachas em sequência. O que foi que o eleitor ganhou com toda essa formação que
sempre se alia para chegar ao poder. Basta ver como está a saúde, a educação, a
infraestrutura ,a assistência social e todo uma rede de proteção que deveria
devolver ao eleitor o que ele sempre credita nas urnas a cada quatro anos.
E infelizmente eu não posso achar normal o que
nunca vem com um pacote de presente de natal para os nossos conterrâneos. Não
posso achar normal ser chamado de ladrão e depois fazer de conta que são coisas
da política. Quer dizer que tudo não passa de encenação. Então convenhamos que
quando essa gestão desastrosa passar, os palanques estarão de braços abertos
para receber Arraes com toda pompa, assim como outros tantos que sempre se
saciaram com o poder.
Então meus caros: palanques, circo, teatro,
espetáculo, encenação, tudo faz parte desse pacote que tem o dom de iludir o
eleitor, o verdadeiro cobaia nessa arte de somar.
E viva o bom vivant.
Primeiro gostaria de parabeniza-lo pela excelente explanação da política antiquada que se estabeleceu em nossa querida cidade durante anos, e como disse: "a politica é a arte de somar", deveria querer dizer: a politica é a arte de tomar", isso, tomar o dinheiro dos contribuintes através de falcatruas engendradas em gabinetes e em reuniões. Depois utilizam-se de mentiras para ludibriarem a população com propagandas enganosas, mas tenho a certeza que nossa população vai reagir a estes articuladores que estão mais interessados nas verbas do que em realizar algo de bom e duradouro para os araripinenses. "As arvores conhecemos pelos frutos e os seres humanos pelas atitudes e não pelo que falam" (AJFG).
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