Foto: Fabrício Alencar
Sobre a reunião na segunda-feira (07) com o Sindicato dos
Servidores Municipais de Araripina – SIMA, a secretária disse que foram expostas
as propostas da secretaria. Com relação ao calendário e o reajuste, que para a
representante da pasta são temas em discussão, o que ela queria mesmo transmitir subjetivamente foi uma
reflexão dos efeitos colaterais da greve. Para ela, as reivindicações de
qualquer servidor são justas, mas que é preciso avaliar que o impacto da greve
vai terminar inclusive onerando para o próprio servidor e prejudicando o aluno.
Lembrou que têm alunos migrando para a rede estadual, para os outros municípios,
o que acarreta uma diminuição de recursos para o município (que sensivelmente é
preocupação principal da gestão municipal), as famílias ficam inseguras e a
procuram para saber quando iniciarão às aulas e ela se defende dizendo que isso
depende da consciência do servidor. A secretária alega que está tendo gastos com
transporte, merenda. – Quando tentei refletir, ouvi de um dos representantes
que isso era para sentir o valor do servidor, eu acredito que se estou à frente
da pasta de educação é por sentir o valor do servidor. Eu tenho muitas
vezes que conscientizar o servidor do seu valor, dos seus direitos e dos seus
deveres, ponderou a secretária.
Para ela o diálogo é aberto e que não adianta conceder
reajuste por ser ano político (eleitoral) e acima das possibilidades de pagar,
propiciar e garantir. – Aumentar é até descabido, lembrou. Para ela se tem que
conceder o aumento só se for de acordo com o piso salarial.
Ressaltou que também é professora e que está fazendo tudo
para organizar iniciando com a redução de cargos comissionados, de contratados,
tudo com o intuito de equilibrar as finanças. – É preciso que o servidor avalie
se vai valer apena deixar o aluno fora da sala de aula com reivindicações como
um calendário de (pagamento) que “pra” mim pessoalmente não justifica uma greve,
já que pagamos o mês de janeiro e só temos o mês de fevereiro em aberto,
alertou a secretária.
Disse confiar na justiça e espera a compreensão do servidor para
que os alunos voltem às escolas. “Sensibilizada” falou que foi procurada por
uma mãe de aluna que disse que a mesma lembrou que os seus filhos comem na
escola. Quanto ao diálogo com o sindicato a secretária avisou que sempre se
comunica pelo whatsapp e que nunca deixou de receber a representação, que está
negociando, que está cedendo em algumas questões.
- Os nossos empenhos e esforços é para deixar as finanças
equilibradas, disse à secretária que não estava fazendo média para pós-outubro a
coisa desandar.
Lembrar-se de pós-outubro, nos reportamos a 2014.
Lembram?
Só agora com a greve e em pleno ano letivo é que os nossos administradores resolvem sentar-se a mesa das negociações para tentarem solucionar um problema que vinha se arrastando desde o ano passado, deferiam ter tido a humildade e ter tentado solucionar estes problemas a muito mais tempo. Agora já em meados de março e alunos não tiveram nenhuma aula, como irão ficar esses alunos ?
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