sexta-feira, maio 06, 2016

Giro Educação: 7 Temas da atualidade que podem aparecer no ENEM / USP despenca em ranking internacional / Professor divulga 'currículo de fracassos'

Sete temas da atualidade que podem aparecer no Enem e vestibulares deste ano

Vírus zika, eleições americanas e o rompimento da barragem de Mariana são algumas das apostas dos professores. Saiba como se preparar para as provas

Por: Lívia Martins

Os assuntos podem aparecer nas redações e nas provas do Enem e dos principais vestibulares (Ricardo Matsukawa/VEJA)

A preparação para o ano de vestibular não consiste apenas no aprendizado e treino das matérias básicas ensinadas na sala de aula. As questões que abordam atualidades costumam aparecer de maneira interdisciplinar nas provas, normalmente nas matérias de história e geografia, mas, principalmente, como tema de redações. Acompanhar assuntos que são discutidos no Brasil e no mundo é um fator importante para um bom desempenho nos vestibulares.

Em entrevista ao site de VEJA, o professor de historia do Curso Poliedro, Rodolfo Neves, aconselha aos alunos procurar mais de uma fonte de informação, como portais de notícias, jornais e revistas (semanais e mensais) para se manter informado sobre os principais temas do momento. "A ideia é que o estudante monte um repertório próprio com diferentes visões sobre o mesmo assunto. Desta maneira, ele poderá melhorar o modo, por exemplo, como constrói seus argumentos em uma redação ou nas respostas de questões discursivas", afirmou o professor.

De acordo com Neves, os vestibulares irão ser muito cuidadosos se decidirem elaborar perguntas que envolvam o atual momento político brasileiro. "Acho difícil que haja questões com conteúdo muito explícito, até para que não aparente algo partidário. É mais cômodo que as provas apresentem itens ligados à política internacional", disse.
Para Daniel Perry, professor de história e coordenador do curso pré-vestibular Anglo, temas como zika vírus e o Estado Islâmico (EI) têm enorme probabilidade de serem cobrados nos vestibulares: "Até a data das principais provas, muita coisa ainda poderá acontecer nos dois temas. O aluno deve prestar bastante atenção no noticiário, tentar formular ligações com as matérias ensinadas em sala de aula e fazer uma análise própria sobre a importância do assunto", sugere o professor.

Confira os sete temas que podem aparecer na redação e nas provas do Enem e vestibulares deste ano:
Vírus zika

Vírus zika

Em abril de 2015, o vírus zika foi identificado pela primeira vez no Brasil, quando seu material genético foi encontrado em oito pacientes do Rio Grande do Norte. No fim do mesmo ano, o número elevado de bebês nascidos com microcefalia (má formação rara na qual os bebês nascem com o crânio de tamanho menor do que o normal) fez com que o Ministério da Saúde confirmasse a relação entre o vírus e o surto de microcefalia que antigia o Nordeste do país. Em fevereiro de 2016, o aumento das infecções no país levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar o surto como emergência mundial de saúde pública.
Até o momento, o Brasil tem 1 168 casos confirmados de microcefalia, de acordo com o último informe do Ministério da Saúde. Contudo, pouco ainda se sabe sobre a biologia e o mecanismo de ação do microrganismo. O vírus zika foi detectado pela primeira vez, em 1947, em macacos da floresta de Zika (daí seu nome), em Uganda, na África. Ele pertence à família Flavivírus, a mesma da dengue e da febre amarela, e tem sua transmissão feita pela picada da fêmea do mosquito 'Aedes aegypti', assim como o vírus da dengue e chikungunya. Antes de chegar ao Brasil, o vírus causou um surto em 2007, na pequena ilha de Yap, na Micronésia e, em 2013, novos registros da doença surgiram na Polinésia Francesa, que teve 8.264 casos suspeitos. Acredita-se que ele chegou ao Brasil trazido por religiosos da Polinésia que acompanharam a visita do Papa Francisco, em 2013, ou durante a Copa do Mundo, em 2014. No país, possivelmente causou o maior número de infecções desde que foi identificado. Os especialistas ainda não sabem o número exato de casos de zika no país, pois a única maneira de saber se alguém teve zika é pelos testes de biologia molecular (PCR), que detecta o vírus só até cinco dias depois do início dos sintomas. Além disso, em 80% dos casos, a infecção pelo zika pode não apresentar sintoma algum.
No início deste mês, pesquisadores americanos conseguiram revelar a estrutura exata do vírus, um importante passo para o combate do vírus - ele poderá ajuda no desenvolvimento de um diagnóstico confiável, um tratamento e, possivelmente, uma vacina para o zika.
Além da microcefalia, existe uma possível relação do vírus com a síndrome Guillain-Barré. A transmissão por meio de fluidos, como saliva e urina, e pelo ato sexual é uma hipótese ainda não comprovada pelos cientistas.
Estado Islâmico (EI)

Estado Islâmico (EI)

Os atentados em Paris de 13 de novembro de 2015, na Bélgica e no Iraque, em março de 2016, chamaram a atenção de todo o globo para as ações do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que tem assumido a autoria dos ataques. “O estudante deve compreender as táticas de recrutamento, o motivo dos ataques e de que modo são esquematizadas as ações. Além disso, precisa relacionar os atentados com os atuais desdobramentos políticos mundiais”, afirma o professor de história Rodolfo Nevesdo Curso Poliedro.
O grupo jihadista nasceu de uma dissidência do braço da Al Qaeda no Iraque na segunda metade dos anos 2000. O objetivo original do EI era expulsar os soldados americanos do país, matar xiitas, considerados apóstatas e traidores, e estabelecer um governo controlado por radicais sunitas. A guerra civil na Síria, iniciada em 2011 e ainda sem perspectiva de terminar, representou uma oportunidade para o EI crescer e se estruturar. Atuando nas regiões de maioria sunita do Iraque e da Síria, o grupo se apoderou de muitas cidades, campos de petróleo, armas e fortificações dos Exércitos da Síria e do Iraque. Em junho de 2014, depois de um avanço surpreendente e devastador no leste da Síria e norte do Iraque, o grupo proclamou um califado nas regiões que mantém sob seu controle.
Mesmo sofrendo constantes ataques aéreos da coalizão militar liderada pelos EUA e sendo combatido por Egito, Jordânia, Iraque e Síria, além de forças curdas, o Estado Islâmico está longe de ser aniquilado. Seus métodos brutais – que incluem decapitações, crucificações, execuções sumárias – e sua forte campanha de comunicação o alçaram à condição de grupo terrorista mais conhecido e temido do mundo na atualidade. Especialistas estimam que o grupo tenha cerca de 30.000 soldados, sendo 20.000 estrangeiros (que não são sírios ou iraquianos) -- mais de 10.000 são provenientes de outras nações e 3.000 vêm de países ocidentais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mantém 3 500 escravos no Iraque e destruiu relíquias de valor inestimável para a humanidade, como as da cidade de Palmira, na Síria. Acredita-se também que o grupo disponha de 2 bilhões de dólares (6 bilhões de reais) em ativos (dinheiro, joias, armamentos, petróleo e outros bens). O tráfico de órgãos foi apontado como uma das fontes de recurso dos jihadistas.
No inicio de abril deste ano, o EI ameaçou derrubar a Torre Eiffel, em Paris, e invadir Roma.

 Rompimento da barragem de Mariana

Rompimento da barragem de Mariana

Em novembro de 2015, o rompimento de uma das barragens da mineradora Samarco, na cidade mineira de Mariana, resultou no vazamento de mais de 50 000 toneladas de lama que atingiram o distrito de Bento Rodrigues. Dezenove pessoas morreram e a tragédia causou incontáveis prejuízos ambientais.
investigação, iniciada no mês do acidente, durou três meses. De acordo com a Polícia Federal, a lama continha rejeitos, resíduo não tóxico resultante da mineração de ferro, e o colapso na estrutura aconteceu devido a uma liquefação (que se dá quando essa camada arenosa externa, em vez de expelir, retém a água).Também foram detectados falha e falta de dispositivos de monitoramento, equipamentos com defeito e deficiência do sistema de drenagem.
Logo após o acidente, o governo de Minas Gerais embargou a licença da mineradora Samarco, impedindo que a mineradora retome suas atividades na região mineira. No início de abril deste ano, os rejeitos continuam vazando de barragem, segundo o Ministério Público mineiro.
A Bacia do Rio Doce também foi atingida e a onda de lama chegou ao litoral do Espirito Santo – há suspeitas de que ela tenha chegado até a região sul da Bahia. O governo estima que a recuperação demore dez anos, a partir da aplicação do plano de recuperação, fechado com a Samarco no início de 2016.
De acordo com os professores, o aluno precisa compreender o motivo do rompimento e as consequências do acidente para a fauna e flora brasileira, além de saber como se deu o impacto econômico da tragédia para a população da região.
Eleições norte-americanas

Eleições norte-americanas

As eleições presidenciais dos Estados Unidos ocorrem em 8 de novembro deste ano, porém, desde 1º de fevereiro, os pré-candidatos à sucessão de Barack Obama estão disputando as eleições primárias. O processo de escolha do presidente da república americano é diferente do brasileiro e o estudante precisa compreender como ele ocorre, quais são as principais propostas dos candidatos e, principalmente, qual a influência do pleito na conjuntura econômica e política nacional e internacional.
Nos Estados Unidos, um país com 50 Estados, cinco territórios, 538 colégios eleitorais e uma estrutura federativa que permite a cada Estado criar suas próprias regras, as eleições para presidente são precedidas por pequenas eleições regionais, as primárias. Elas funcionam como um pleito convencional, com eleitores utilizando cédulas de votação e tendo contagem de votos para definir um vencedor da prévia eleitoral.
Além disso, existe o ‘ caucus’, uma convenção partidária que ocorre em treze Estados e três territórios (Ilhas Samoa, Ilhas Mariana do Norte e Ilhas Virgens), mas apenas americanos inscritos nos partidos (Republicano ou Democrata) podem participar.
Nas eleições de 2016, os principais pré-candidatos dos democratas são a ex-primeira dama e ex-secretária do Estado,Hillary Clinton, e o senador independente pelo Estado de Vermont, Bernie Sanders.
Os candidatos republicanos são o empresário Donald Trump, conhecido apresentador do reality show 'O Aprendiz'; o senador pelo Estado do Texas Ted Cruz, ligado à conservadora ala Tea Party e ferrenho opositor de Obama no Congresso;John Kasich, governador do estado de Ohio; e Marco Rubio, filho de imigrantes cubanos e o político mais jovem a anunciar a pré-candidatura à presidência.
Hillary Clinton e Bernie Sanders prometeram nomear latinos para importantes cargos do governo, enquanto Donald Trump prometeu levantar um muro para impedir a entrada no país de imigrantes mexicanos ilegais no país, além de forçar o México a pagar pela obra.
Crise dos refugiados na Europa

Crise dos refugiados na Europa

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 1 milhão de refugiados e imigrantes chegaram à Europa em 2015, dos quais pelo menos 972 000 atravessaram o Mar Mediterrâneo e 3 700 morreram na travessia, como o garoto sírio Aylan Kurdi, que foi encontrado morto na praia de Bodrum, na Turquia e se tornou um símbolo da crise.
Algumas das principais razões das migrações se originaram na política interna da Síria, governada há 50 anos por um partido chamado Baath e, que, desde julho de 2000, é liderada por Bashar al-Assad. Após o ápice da Primavera Árabe, em março de 2011, a população síria foi para as ruas contra o governo de al-Assad, que chamou opositores de “terroristas”. Em 2012 a situação passou a ser considerada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e a Cruz Vermelha como uma Guerra Civil.
Em meio à batalha entre forças leais ao governo e oposicionistas e a ameaça de militares radicais do Estado Islâmico (EI), mais de 11 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas. Após a ramificação dos opositores, rebeldes e aliados da Al-Qaeda na Síria (chamados Frente Al-Nosra) enfrentam desde 2014 o Estado Islâmico (EI), grupo conhecido pela brutalidade.
Além da Síria, há migrantes econômicos (que buscam emprego e melhoria de vida) e os refugiados (que fogem de áreas de conflito) de vários países africanos e do Oriente Médio. Mesmo assim, por causa das condições de extrema pobreza na Europa, os sírios estão retornando para a zona de guerra.
Nos vestibulares, devem aparecer questões que abordam os direitos humanos dos refugiados. Há ainda a possiblidade de surgirem perguntas sobre o impacto econômico causado pelo enorme fluxo de estrangeiros nas cidades europeias. De acordo com os professores, também é necessário ficar atento ao crescimento da xenofobia da população, como a adoção de leis de limites no fluxo migratório.
Reaproximação histórica entre EUA e Cuba

Reaproximação histórica entre EUA e Cuba

A reaproximação de Estados Unidos e Cuba, que levou os dois países a reatarem relações diplomáticas, começou emoutubro de 2015. O professor de história do Curso Poliedro Rodolfo Neves dá a dica: “Aqui o aluno deve observar o contexto histórico da Guerra Fria e o motivo da retomada de contatos entre os dois países”.
Durante a Guerra Fria, conhecida pela polarização do mundo entre União Soviética e Estados Unidos (socialismo versus capitalismo), Cuba teve suas relações cortadas com Estados Unidos, em 1961, após uma aproximação do governo cubano com os sovietes. A partir de então, a relação entre os dois países seguiu conturbada, com diversos embargos econômicos e fechamento das embaixadas dos respectivos países.
Em 17 de dezembro de 2014, no entanto, Estados Unidos e Cuba informaram a intenção da reaproximação, que culminou em diversos encontros entre Havana e Washington para reestabelecerem suas relações diplomáticas. Nesse processo, oPapa Francisco teve papel fundamental nesse momento histórico.
Em março deste ano, o presidente Barack Obama viajou para Havana com a família com objetivo de selar essa aproximação.
Situação política e econômica nos países da América do Sul

Situação política e econômica nos países da América do Sul

As transformação nos modelos econômicos e políticos desenvolvidos nos países da América do Sul, em especial Argentina e Venezuela, é um tema que deve aparecer no Enem e principais vestibulares deste ano. De acordo com os professores, o estudante deve prestar ateção no modelo liberal que está sendo implantado na Argentina quais seus efeitos prováveis no Brasil, bem como a crise do chavismo no governo da Venezuela e como isso poderá afetar os países vizinhos.
Em novembro de 2015, o conservador Maurício Macri foi eleito presidente da Argentina, dando fim à era Kirchner que comandou o país por doze anos (Néstor Kirchner foi presidente do país de 2003 e sua esposa, Cristina Kirchner foi eleita pela primeira vez em 2007). Foi a primeira vez em 100 anos que os eleitores argentinos escolheram um candidato que não pertence ao peronismo nem ao radicalismo socialdemocrata. Uma das propostas de Macri é adotar uma política econômica mais liberal, com maior abertura ao mercado e menos intervenções do Estado. Em março de 2016, o presidente americano Barack Obama fez uma visita de dois dias ao país, marcando uma reaproximação depois de anos de relacionamento frio entre Estados Unidos e Argentina. Os dois presidentes assinaram acordos acordos em matéria de segurança, comércio e investimento.
Na Venezuela, o legado econômico de 14 anos de governo do presidente venezuelano Hugo Chávez, declarado morto em março de 2013, ainda é um fardo difícil de ser revertido. Chávez iniciou sua gestão em fevereiro de 1999 e conduziu um lomgo processo de estatização, sucateamento da indústria e descontrole de gastos públicos. Ao longo de mais de uma década, a economia sobreviveu graças à receita proveniente do petróleo e ao setor de serviços. O consumo se manteve impulsionado, sobretudo, pelos programas assistencialistas - o que fez a inflação se manter acima de 20% durante todo o seu governo, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). O presidente Nicolás Maduro, eleito em 2013, prometeu dar continuidade ao modelo chavista. O país enfrente uma grave recessão, impulsionada pela queda nos preços do petróleo, o produto mais exportado do país, que afetou o abastecimento de produtos da alimentação básica, como arroz, e desencadeou uma inflação de três dígitos.
Em março de 2016, a oposição anunciou referendo e emenda para depor Maduro. O líder do Parlamento venezuelano, Henrique Capriles, defende saída de Maduro por 'abandono do dever' e iniciou uma "cruzada pelo país" para antecipar saída do presidente venezuelano do poder.

USP despenca em ranking internacional de reputação acadêmica

A Universidade é a única da América Latina no top 100 da lista elaborada pela revista britânica Times Higher Education (THE) e caiu ao menos 40 posições em relação a 2015


A Universidade de São Paulo (USP) caiu cerca de 40 posições no Top 100 do ranking de reputação acadêmica elaborado pela revista Times Higher Education (THE), uma das principais referências do mundo em medição de qualidade do ensino superior. A USP, atualmente a única instituição da América Latina entre as cem do ranking, caiu da faixa 51-60 para a 91-100 em relação ao ano passado.

Na lista, as universidades são mencionadas por posição até o 50º lugar e, a partir daí, são enquadradas em grupos de dez até a 100ª posição. O ranking existe desde 2011 e a USP foi inserida na relação em 2012.

No ano passado, em outro ranking elaborado pela THE, o de melhores universidades do mundo, a USP e a Unicamp também tiveram posições piores que em anos anteriores. A USP ficou no grupo entre 251 e 300 melhores universidades, enquanto na edição anterior estava no grupo 201-225. Já a Unicamp saiu da faixa 301-350 das melhores universidades e migrou para o grupo das 351-400.

Melhor reputação - No ranking divulgado nesta quarta-feira, que avalia a reputação internacional das universidades, a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, repetiu o primeiro lugar, que conquistou em todas as edições do ranking. Os Estados Unidos são o país com maior número de universidades incluídas: 43. O segundo lugar ficou com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts e o terceiro com a Universidade de Stanford.


As instituições americanas e britânicas dominam o topo. Em quarto e quinto lugares estão as Universidades de Cambridge e de Oxford, no Reino Unido.

As exceções nas 20 primeiras colocações são a Universidade de Tóquio (Japão), em 12º lugar, a Universidade Tsinghua (China), na 18ª posição e o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (Suíça), em 19º lugar.

No ranking completo, aparecem 18 países. Em 2015 apareciam 21, mas México, Finlândia e Dinamarca não têm representantes neste ano.
Avaliação - Para medir a reputação das instituições, o ranking considera aspectos como participação em projetos internacionais de pesquisa e capacidade para atrair professores e alunos estrangeiros. O resultado final foi produzido com base em 10.323 respostas dadas por especialistas de 133 países, coletadas entre janeiro e março.

De acordo com o editor dos rankings do THE, Phill Baty, a lista mostra que há "seis universidades de marca global firmemente entrincheiradas em um grupo de elite" desde que o ranking de reputação foi criado. "A reputação é a moeda global da educação superior. O conceito pode ser subjetivo, pode nem sempre ser justo, mas tem profunda importância", disse Baty.
Segundo ele, apesar de não haver novidades no predomínio das universidades do grupo de elite, o ranking mostra que houve progressos nas universidades da China, de Hong Kong, do Japão e da Coreia do Sul. "Agora temos uma universidade chinesa entre as 20 melhores do mundo pela primeira vez e uma outra logo atrás, entre as 30 melhores", afirmou Baty.

Os países asiáticos, que tinham dez universidades entre as cem melhores em 2015, agora somam 17 instituições.

(Com Estadão Conteúdo)

Professor de Princeton divulga seu 'currículo de fracassos'

Johannes Haushofer publicou em sua conta do Twitter documento que reúne todas as vezes que não foi bem sucedido na carreira acadêmica e profissional. Iniciativa busca mostrar que a rejeição faz parte de qualquer profissão


Johannes Haushofer, professor de psicologia e assuntos públicos de uma das melhores universidades do mundo, a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, divulgou em sua conta do Twitter um currículo que relata apenas os fracassos de sua carreira. O documento foi elaborado por ele em 2011, para servir de apoio a um amigo que estava passando por um momento ruim na profissão, mas ganhou mais itens nos últimos anos e foi publicado esta semana. De acordo com Haushofer, a ideia é chamar a atenção para a quantidade de decepções invisíveis presentes em qualquer trabalho.

O "currículo de fracassos" foi elaborado como um currículo convencional, porém Haushofer o dividiu em seções como "Posições acadêmicas e bolsas que não conquistei", "Artigos rejeitados em periódicos científicos" ou "Fundos de pesquisa que não consegui".


Na última categoria, "Metafracasso", Haushofer é bem humorado. "Este maldito CV de fracassos recebeu muito mais atenção do que todo o meu trabalho acadêmico", conclui o professor.
"A maior parte das coisas que tento fazer dão errado, mas esses fracassos costumam ser invisíveis, enquanto os sucessos são visíveis. Percebi que isso, às vezes, passa a impressão de que a maioria das coisas dão certo para mim. Assim, muitas pessoas costumam atribuir os próprios fracassos apenas a si próprios e não ao fato de que o mundo é imprevisível, candidaturas dependem de sorte e pareceristas e comitês de seleção têm dias ruins", escreve no documento.

Em entrevista ao site do jornal americano The Washington Post, o professor afirmou que espera que o documento seja uma fonte de inspiração para quando as coisas não estiverem boas no campo profissional, especialmente para os estudantes e jovens pesquisadores.
Inspiração - O "currículo de fracassos" de Haushofer foi inspirado em uma publicação da neurobióloga Melanie Stefan, da Universidade de Edimburgo, na Escócia. O artigo foi divulgado na revista Nature, em 2010.

"Você verá que ele será seis vezes maior do que um currículo normal. Provavelmente, será totalmente deprimente à primeira vista, mas pode ser que você inspire um colega para que ele esqueça a rejeição e comece novamente", escreveu a pesquisadora no seu texto.

(Da redação)


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