Rio-2016 pode trazer vinte novos vírus ao Brasil
A chegada de turistas durante os Jogos
Olímpicos do Rio facilitará a disseminação de pelo menos vinte novos vírus
transmitidos pelo Aedes Aegypti na África, Ásia e Oceania
A chegada de turistas ao Brasil durante o período da
Olimpíada do Rio aumentará os riscos de novos vírus se disseminarem através do
mosquito Aedes aegypti, vetor dos já conhecidos dengue, zika e chikungunya.
Acredita-se que ao menos 20 tipos de vírus, que costumam
circular na África, Ásia e Oceania, cheguem ao país juntamente com os turistas.
Diz Celso Granato, infectologista da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) "É possível, sim, que uma grande quantidade de vírus se espalhe
pelo país durante os Jogos Olímpicos". Granato complementa: "Trata-se
de uma situação extremamente preocupante, pois há um descontrole de infestação
pelo Aedes."
A
ameaça do Aedes já fez esportistas de peso desistirem da competição. O nome
mais recente foi do golfista australiano Marc Leishman, número 35 do mundo,
anunciou que não vem mais aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 por temor
ao vírus zika e preocupações com a saúde de sua esposa.
Acredita-se que o zika tenha entrado no país durante a
visita do papa Francisco, em 2013, quando delegações católicas vindas da
Polinésia, país que em 2013 teve 8 264 casos suspeitos, estiveram no Brasil, e
depois tenha se espalhado por mosquitos que picavam pessoas contaminadas.
O mosquito Aedes Aegypti tem uma capacidade de adaptação
biológica sofisticada, superior à de qualquer inseto. Há menos de dez anos, ele
se reproduzia apenas em poças grandes, de meio litro, constituídas de água
limpa. Hoje, basta uma quantidade equivalente a uma tampinha de água - limpa ou
suja.
O Aedes sempre teve um comportamento diurno, atraído pela
luz do sol, e já o vemos durante a noite, em torno de luz artificial. Suas
larvas sobreviviam por três meses. Agora, o tempo é quatro vezes maior. Seu voo
atingia a distância de 10 metros. São 50 metros atualmente. É uma capacidade
extraordinária de sobrevivência.
(Com Estadão Conteúdo)
Quando a cafeína pode matar
Nos Estados Unidos, dois jovens já morreram
após consumir cafeína pura em pó. Segundo a FDA, uma colher de chá da
substância equivale a 28 xícaras de café
Estudos mostram que, em qualquer pessoa, a ingestão de mais de 20 xícaras de café por dia pode começar a causar alterações digestivas e de frequência cardíaca. Entretanto, a dose tóxica de cafeína irá variar de acordo com a idade, peso e até mesmo alimentação de cada um(VEJA.com/VEJA)
A cafeína é uma substância estimulante presente em
diversos produtos, como café, chá, refrigerantes, bebidas energéticas,
suplementos e até mesmo medicamentos. Utilizada sobretudo por jovens ou por
pessoas que precisam ficar acordadas por muitas horas, uma nova forma de
consumo da cafeína tem chamado a atenção de autoridades nos Estados Unidos. De
acordo com o Mic, site americano de notícias, dois jovens faleceram após
consumir cafeína pura em pó e, agora, senadores pedem que o órgão regulatório
americano Food and Drug Administration (FDA) proíba sua comercialização.
A cafeína em pó é, em geral, utilizada pela indústria como
matéria-prima para produtos que contém o produto. A Coca-Cola, por exemplo,
utiliza 34 mg de cafeína pura (cerca de 1/64 de uma colher de chá) para
produzir uma lata de 350 ml da bebida, de acordo com o jornal americano The New York
Times. O problema é que a substância é vendida pela internet para
pessoas físicas, em sacos com diversas opções de quantidade e apenas uma colher
de chá da substância (aproximadamente 10 g) corresponde a cerca de 28 xícaras
de café - uma dose de cafeína potencialmente letal. O grande problema, segundo
o órgão, é que é quase impossível medir de forma precisa a quantidade
"segura" da substância usando apenas utensílios habituais de cozinha.
"Medidas de volume, como colheres de chá, não são precisas o suficiente para
calcular quantos miligramas de cafeína tem na dose", alerta a FDA.
No Brasil, consegue-se comprar o produto pela internet, em
sites estrangeiros.
Segundo Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração,
em São Paulo, estudos mostram que, em qualquer organismo, a ingestão de mais de
20 xícaras de café por dia pode causar alterações digestivas e cardíacas.
Entretanto, a dose tóxica de cafeína irá variar de acordo com a idade, peso e
até mesmo alimentação de cada um. "No caso da cafeína em pó, por exemplo,
se a pessoa estiver em jejum antes de ingeri-la, a absorção do composto será
muito mais rápida, o que pode aumentar o risco de overdose. De qualquer forma,
independente destes fatores, não é recomendada a ingestão de mais de cinco
xícaras diárias de café ou o equivalente em outras bebidas cafeinadas.",
explica.
De
acordo com a FDA, os sintomas de overdose de cafeína podem incluir batimentos
cardíacos rápidos ou perigosamente erráticos, convulsões e morte. Vômito,
diarreia, letargia e desorientação também são sintomas relacionados à
toxicidade da cafeína e eles tendem a ser mais graves do que quando
relacionados ao excesso de café, chá ou bebidas cafeinadas.
"A cafeína é uma xantina que age no sistema nervoso
central ao melhorar a resposta dos neurotransmissores, causando insônia e
agitação psicomotora. No entanto, ela também afeta o sistema cardíaco e
respiratório e, em altas doses, estimula a produção de secreções do trato
gastrointestinal, como o ácido clorídrico. Assim, o excesso de cafeína aumenta
a frequência respiratória e cardíaca, podendo propiciar arritmia cardíaca, além
de aumentar o risco de gastrite e outros problemas gastrintestinais",
explica Magnoni.
Diante disso, nesta semana, senadores democratas enviaram
uma carta ao órgão americano pedindo a proibição da venda de cafeína pura e
alegando que, até agora, as ações do FDA em relação a um produto tão perigoso
têm sido um desapontamento. Em 2014, após a morte dos dois jovens, o FDA
recomendou que as pessoas evitem o consumo de cafeína pura e, em 2015, enviou
"cartas de aviso" a cinco distribuidores da substância devido ao alto
risco relacionado ao consumo do produto.
Bebê chinês nasce com 31 dedos
O bebê Hong Hong, de quatro meses, nasceu com
15 dedos nas mãos e 16 dedos nos pés. A anomalia, conhecida como polidactilia,
ocorre em um a cada 1000 nascidos vivos
A história de um bebê com 31 dedos ficou conhecida na
província de Hunan, na China. Hong Hong, de quatro meses, nasceu com 15 dedos
nas mãos e 16 dedos nos pés. Ele também nasceu sem os polegares. Os médicos
diagnosticaram o recém-nascido com uma anomalia congênita, conhecida como
polidactilia. O problema ocorre em um a cada 1000 nascidos vivos e pode ser
diagnosticado ainda na gravidez, com três meses de gestação, a partir de exames
de ultrassom.
A condição geralmente é herdada da família. Se um dos pais
tem, a probabilidade de passar o traço da polidactilia para a criança é de 50%.
Esse é exatamente o caso de Hong Hong. Sua mãe também possui dedos extras, com
seis nas mãos e seis nos pés.
Em geral, a orientação para portadores da anomalia é a
realização de cirurgia para a remoção dos dígitos extras e uma possível
reconstrução, na ausência do polegar. Polegares opositores são essenciais
porque são responsáveis pela capacidade de segurar objetos. Hong Hong, no
entanto, ainda é muito jovem para ser submetido ao procedimento, segundo contou
o pai dele, Zou Chenglin, à rede americana de televisão CNN. A operação deve
custar cerca de 300 000 yuan chineses - o equivalente a 100 000 reais. Enquanto
isso, para arrecadar o montante, a família recorreu à internet. Até agora, o
casal já conseguiu 40 000 yuan (20 000 reais).
A polidactilia pode ocorrer de forma bilateral - em ambas
as mãos e pés - ou só em uma mão e um pé. Os dígitos extras não seguem um único
padrão. Podem ser muito pequenos ou do tamanho normal, funcionais, com
articulações e movimento, ou sem função. A ciência ainda estuda os genes que
causam os dedos extras. De acordo com o Guinnes World Records, o recorde do
número de dedos pertence ao indiano Devendra Suthar, com 28 digitais. Ele tem
14 dedos nas mãos e 14 dedos nos pés.
Postar um comentário
Blog do Paixão