sexta-feira, maio 06, 2016

Giro Saúde: Rio-2016 pode trazer 20 novos vírus / Quando a cafeína pode matar / Bebê chinês nasce com 31 dedos

Rio-2016 pode trazer vinte novos vírus ao Brasil

A chegada de turistas durante os Jogos Olímpicos do Rio facilitará a disseminação de pelo menos vinte novos vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti na África, Ásia e Oceania

Por: Carolina Melo

Aedes aegypti, vetor da dengue, poderá transmitir novos vírus durante a Olimpíada do Rio(Paulo Whitaker/Reuters)

A chegada de turistas ao Brasil durante o período da Olimpíada do Rio aumentará os riscos de novos vírus se disseminarem através do mosquito Aedes aegypti, vetor dos já conhecidos dengue, zika e chikungunya.


Acredita-se que ao menos 20 tipos de vírus, que costumam circular na África, Ásia e Oceania, cheguem ao país juntamente com os turistas. Diz Celso Granato, infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) "É possível, sim, que uma grande quantidade de vírus se espalhe pelo país durante os Jogos Olímpicos". Granato complementa: "Trata-se de uma situação extremamente preocupante, pois há um descontrole de infestação pelo Aedes."



A ameaça do Aedes já fez esportistas de peso desistirem da competição. O nome mais recente foi do golfista australiano Marc Leishman, número 35 do mundo, anunciou que não vem mais aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 por temor ao vírus zika e preocupações com a saúde de sua esposa.


Acredita-se que o zika tenha entrado no país durante a visita do papa Francisco, em 2013, quando delegações católicas vindas da Polinésia, país que em 2013 teve 8 264 casos suspeitos, estiveram no Brasil, e depois tenha se espalhado por mosquitos que picavam pessoas contaminadas.
O mosquito Aedes Aegypti tem uma capacidade de adaptação biológica sofisticada, superior à de qualquer inseto. Há menos de dez anos, ele se reproduzia apenas em poças grandes, de meio litro, constituídas de água limpa. Hoje, basta uma quantidade equivalente a uma tampinha de água - limpa ou suja.

O Aedes sempre teve um comportamento diurno, atraído pela luz do sol, e já o vemos durante a noite, em torno de luz artificial. Suas larvas sobreviviam por três meses. Agora, o tempo é quatro vezes maior. Seu voo atingia a distância de 10 metros. São 50 metros atualmente. É uma capacidade extraordinária de sobrevivência.

(Com Estadão Conteúdo)

Quando a cafeína pode matar

Nos Estados Unidos, dois jovens já morreram após consumir cafeína pura em pó. Segundo a FDA, uma colher de chá da substância equivale a 28 xícaras de café

Por: Giulia Vidale

Extra: café
Estudos mostram que, em qualquer pessoa, a ingestão de mais de 20 xícaras de café por dia pode começar a causar alterações digestivas e de frequência cardíaca. Entretanto, a dose tóxica de cafeína irá variar de acordo com a idade, peso e até mesmo alimentação de cada um(VEJA.com/VEJA)

A cafeína é uma substância estimulante presente em diversos produtos, como café, chá, refrigerantes, bebidas energéticas, suplementos e até mesmo medicamentos. Utilizada sobretudo por jovens ou por pessoas que precisam ficar acordadas por muitas horas, uma nova forma de consumo da cafeína tem chamado a atenção de autoridades nos Estados Unidos. De acordo com o Mic, site americano de notícias, dois jovens faleceram após consumir cafeína pura em pó e, agora, senadores pedem que o órgão regulatório americano Food and Drug Administration (FDA) proíba sua comercialização.

A cafeína em pó é, em geral, utilizada pela indústria como matéria-prima para produtos que contém o produto. A Coca-Cola, por exemplo, utiliza 34 mg de cafeína pura (cerca de 1/64 de uma colher de chá) para produzir uma lata de 350 ml da bebida, de acordo com o jornal americano The New York Times. O problema é que a substância é vendida pela internet para pessoas físicas, em sacos com diversas opções de quantidade e apenas uma colher de chá da substância (aproximadamente 10 g) corresponde a cerca de 28 xícaras de café - uma dose de cafeína potencialmente letal. O grande problema, segundo o órgão, é que é quase impossível medir de forma precisa a quantidade "segura" da substância usando apenas utensílios habituais de cozinha. "Medidas de volume, como colheres de chá, não são precisas o suficiente para calcular quantos miligramas de cafeína tem na dose", alerta a FDA.

No Brasil, consegue-se comprar o produto pela internet, em sites estrangeiros.

Segundo Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração, em São Paulo, estudos mostram que, em qualquer organismo, a ingestão de mais de 20 xícaras de café por dia pode causar alterações digestivas e cardíacas. Entretanto, a dose tóxica de cafeína irá variar de acordo com a idade, peso e até mesmo alimentação de cada um. "No caso da cafeína em pó, por exemplo, se a pessoa estiver em jejum antes de ingeri-la, a absorção do composto será muito mais rápida, o que pode aumentar o risco de overdose. De qualquer forma, independente destes fatores, não é recomendada a ingestão de mais de cinco xícaras diárias de café ou o equivalente em outras bebidas cafeinadas.", explica.

De acordo com a FDA, os sintomas de overdose de cafeína podem incluir batimentos cardíacos rápidos ou perigosamente erráticos, convulsões e morte. Vômito, diarreia, letargia e desorientação também são sintomas relacionados à toxicidade da cafeína e eles tendem a ser mais graves do que quando relacionados ao excesso de café, chá ou bebidas cafeinadas.

"A cafeína é uma xantina que age no sistema nervoso central ao melhorar a resposta dos neurotransmissores, causando insônia e agitação psicomotora. No entanto, ela também afeta o sistema cardíaco e respiratório e, em altas doses, estimula a produção de secreções do trato gastrointestinal, como o ácido clorídrico. Assim, o excesso de cafeína aumenta a frequência respiratória e cardíaca, podendo propiciar arritmia cardíaca, além de aumentar o risco de gastrite e outros problemas gastrintestinais", explica Magnoni.

Diante disso, nesta semana, senadores democratas enviaram uma carta ao órgão americano pedindo a proibição da venda de cafeína pura e alegando que, até agora, as ações do FDA em relação a um produto tão perigoso têm sido um desapontamento. Em 2014, após a morte dos dois jovens, o FDA recomendou que as pessoas evitem o consumo de cafeína pura e, em 2015, enviou "cartas de aviso" a cinco distribuidores da substância devido ao alto risco relacionado ao consumo do produto.

Bebê chinês nasce com 31 dedos

O bebê Hong Hong, de quatro meses, nasceu com 15 dedos nas mãos e 16 dedos nos pés. A anomalia, conhecida como polidactilia, ocorre em um a cada 1000 nascidos vivos

Menino chinês nasceu com 31 dedos das mãos e pésMenino chinês nasceu com 31 dedos das mãos e pés(VCG/Getty Images)

A história de um bebê com 31 dedos ficou conhecida na província de Hunan, na China. Hong Hong, de quatro meses, nasceu com 15 dedos nas mãos e 16 dedos nos pés. Ele também nasceu sem os polegares. Os médicos diagnosticaram o recém-nascido com uma anomalia congênita, conhecida como polidactilia. O problema ocorre em um a cada 1000 nascidos vivos e pode ser diagnosticado ainda na gravidez, com três meses de gestação, a partir de exames de ultrassom.

A condição geralmente é herdada da família. Se um dos pais tem, a probabilidade de passar o traço da polidactilia para a criança é de 50%. Esse é exatamente o caso de Hong Hong. Sua mãe também possui dedos extras, com seis nas mãos e seis nos pés.

Em geral, a orientação para portadores da anomalia é a realização de cirurgia para a remoção dos dígitos extras e uma possível reconstrução, na ausência do polegar. Polegares opositores são essenciais porque são responsáveis pela capacidade de segurar objetos. Hong Hong, no entanto, ainda é muito jovem para ser submetido ao procedimento, segundo contou o pai dele, Zou Chenglin, à rede americana de televisão CNN. A operação deve custar cerca de 300 000 yuan chineses - o equivalente a 100 000 reais. Enquanto isso, para arrecadar o montante, a família recorreu à internet. Até agora, o casal já conseguiu 40 000 yuan (20 000 reais).

A polidactilia pode ocorrer de forma bilateral - em ambas as mãos e pés - ou só em uma mão e um pé. Os dígitos extras não seguem um único padrão. Podem ser muito pequenos ou do tamanho normal, funcionais, com articulações e movimento, ou sem função. A ciência ainda estuda os genes que causam os dedos extras. De acordo com o Guinnes World Records, o recorde do número de dedos pertence ao indiano Devendra Suthar, com 28 digitais. Ele tem 14 dedos nas mãos e 14 dedos nos pés.




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