O QI Administrativo do Brasil é zero.
Aqueles
que já estão criticando o Ministério do Temer estão se esquecendo do Ministério
de FHC.
Um grande
amigo meu do PSDB reclamou do fisiologismo do Ministério de
FHC, ao próprio FHC.
Exatamente
como estão acusando agora do Temer.
“Paulo,
quantos Ministros eu realmente tenho?”
“Quantos
Ministros do meu governo foram de fato indicados pelo PSDB, para que eu pudesse fazer meu próprio governo?”
“Eu
indiquei somente o Pedro Malan na Fazenda, Paulo Renato no Ministério da
Educação e o José Serra, que nunca me obedece.”
Quando
reclamamos que um governo não fez isto e não fez aquilo, esquecemos que nossa democracia é tênue, porque temos mais de 35
partidos políticos e o partido no qual votamos não tem maioria para “fazer um bom governo”.
O único
legado do Governo Militar, a ideia de que o Brasil só daria certo se tivesse
dois partidos, o MDB e o Arena, que de fato implantaram na “marra”, foi
rapidamente solapada por aqueles que lutaram pela “democracia”.
O MDB se
dividiu em PSDB, PSOL, PCdoB, PSTU, PMDB, PSB, etc, e pasmem, o
Arena só mudou de nome para DEM.
Com 35
partidos, infelizmente, nossos presidentes, em vez de insistirem em nomear
“notáveis”, profissionais do mercado ou administradores reconhecidos, optaram por cooptar
o Legislativo.
É um tiro
no pé.
A função
do Executivo é “executar e administrar”.
O
executivo deve ser “executado” por executivos com larga experiência em administração e execução.
TODOS os
Ministros deveriam ser escolhidos pelo partido eleito, única forma de se
responsabilizá-lo, pelos seus fracassos.
E aí
calhordamente, percebam a sutileza, todo Presidente acha que o mais importante
é ter o Ministério da Fazenda, porque é aquele que controla o Caixa do País.
Se eu
pudesse escolher um único Ministério como Presidente, escolheria o Ministério
de Ciência e Tecnologia, e não o Caixa.
Imagine o
que seria de nossas empresas se o diretor financeiro fosse escolhido por um
grupo de acionistas, o diretor de compras por outro grupo, e assim por
diante.
Nenhum administrador profissional jamais fez isto para
“facilitar” a sua vida de Presidente, para ter a aprovação do seu orçamento,
por exemplo.
Nós também
temos o mesmo problema político, grupo de acionistas conflitantes, com
objetivos diferentes, mais para o curto prazo ou longo prazo por exemplo.
Mas a
Ciência da Administração já resolveu este mesmo problema
político há mais de 400 anos.
Assustador
que nossos Cientistas políticos ainda não o resolveram.
A solução
é a seguinte.
O
Presidente da empresa escolhe todos os seus Ministros, com uma exceção.
O Contador
da empresa, que é escolhido pelos acionistas.
Mas os
Principais Partidos, leia-se Acionistas, possuem assento no Conselho de Administração.
É como se
o PMDB escolhesse todos os seus Ministros, que tocariam o dia a dia.
Mas as
grandes decisões nacionais passariam pela aprovação de um Conselho de Administração, composto dos principais partidos, com
voto proporcional ao seu eleitorado.
Por que
não adotamos uma solução política já elaborada e testada em milhares de
empresas administradas por administradores?
Vocês já
sabem a resposta.
O QI Administrativo do Brasil é zero.
Por Kanitz
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