Dois jovens
envolvidos em assaltos na cidade de Araripina foram encontrados mortos em
rituais parecidos. Um deles de 22 anos foi encontrado morto, na segunda-feira
(9), todo perfurado de arma branca e com a cabeça totalmente estraçalhada a
pedradas. Os suspeitos do crime são também prováveis protagonistas da onda de
assaltos que vêm acontecendo constantemente em Araripina. Apenas em uma noite
no Bairro do Alto da Boa Vista, um dos mais populosos da cidade, oito assaltos
consecutivos aconteceram na comunidade e a população está em alerta porque a
cada instante os grupos do whatsapp, os portais de notícias, são informados de
mais ação criminosa que colocou
Araripina em polvorosa.
Terça-feira
(10), um salão de beleza na Rua 11 de Setembro foi assaltado por vários bandidos.
Três suspeitos foram presos e, segundo a Polícia Militar foram encontrados com
eles 8 gramas de maconha, uma arma caseira, dois celulares e outros objetos,
frutos de roubos. Um menor de 15 anos também estava envolvido no crime. A
proprietária contou que a todo o momento o bandido empunhava uma arma e a
ameaçava pressionando a mesma sobre a sua cintura e que, forçou dois clientes a
entregar os celulares e o dinheiro. Ela também foi obrigada a entregar o
celular e o lucro do dia.
Assaltos de
motos, de celulares, de lojas, hoje mesmo dia (18), um supermercado e uma
drogaria foram também alvo dos bandidos que criaram na cidade uma onda de
terror e arrastão, e a tensão tem provocado na população uma insegurança como
nunca visto na história do Município. Não existem mais horário para os crimes,
os furtos e a delinquência, seja de manhã, de tarde ou noite, Araripina está
novamente refém da bandidagem.
O empresário Juvenal Ângelo dos Reis, o “Lunga”, dono de postos de
gasolina na região, foi assaltado na segunda-feira (16), em frente ao Banco do
Brasil, no centro da cidade. O empresário foi
rendido por vários homens fortemente armados e encapuzados, quando a vítima ia
entrando na Agência Bancária para efetuar depósito.
Em entrevista em uma emissora de Rádio no começo do ano, a delegada
Katianna Muniz da 24ª Delegacia Seccional de Polícia Civil - DESEC - de
Araripina falou que é preciso uma preocupação maior dos governantes com a segurança
pública, principalmente em deslocamento de efetivo que tem sido para ela na 24ª
uma necessidade mais que urgente. Segundo a delegada, são 05 delegados para
atender 10 municípios, uma delegacia de homicídios e a 24ª que administra todas
as outras.
Fala-se em
90 policiais militares para cobrir todo o município, desde os distritos, povoados,
toda zona rural e zona urbana, e o Governo de Pernambuco e a Secretaria de
Desenvolvimento Social – SDS, e até agora não deram sinal de que vão resolver o
problema de imediato. Os vereadores informaram que já estiveram no departamento
por duas vezes acompanhados de outros parlamentares da região, cobrando
urgência na solução das prioridades relacionadas à segurança pública, e até
agora nem uma resposta positiva veio do Governo.
A criminalidade tomou conta da cidadeA sociedade põe a culpa nas autoridades(Trecho da Música de Gabriel – O Pensador)
Para o deputado Sílvio Costa Filho (PRB), “O governo não tem a
humildade de reconhecer a necessidade de reformular o Pacto pela Vida para
tentar conter o aumento de violência no Estado”.
Já para Waldemar Borges (PSB) líder da bancada governista, tentou
minimizar o cenário, inclusive afirmando que o Estado vem mantendo o combate à
violência, em níveis melhores de que alguns estados ricos.
Enquanto isso, nós que não estamos morando no jardim de flores do senhor
Borges, e nem estamos acreditando no tal Pacto pela Vida, mas pelo Pacto de
Sobrevivência, com medo de sair de casa depois das 18 horas, e de madrugada,
viramos reféns da bandidagem local e flutuante que aterroriza nossa Araripina.
O efetivo policial é pequeno, as viaturas parecem carros da série
Fred e Barney, e enquanto isso, as viagens ostentativas dos representantes
municipais, provam que além de um governo inoperante do PSB no Estado, temos um
governo que sempre foi uma fraude, à frente de uma terra que hoje está
totalmente abandonada pelos poderes públicos e com a criminalidade assustando a
sua população.
Estamos vivendo perigosamente numa cidade que antes era pacata. A
certeza da impunidade tem deixado a sociedade com medo, e os bandidos mais
audaciosos.
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