O menino, de 9 anos, foi abusado por
outras crianças de 9 a 11 anos de idade
A família ainda denuncia que o menino já havia
sofrido agressões na escola
Com informações do Estadão Conteúdo
Um
menino de nove anos sofreu um estupro
coletivo dentro da
escola na qual cursava o terceiro ano fundamental, no bairro Presidente
Kennedy, em Fortaleza, no Ceará. Os autores do crime seriam outras
crianças de 9 a 11 anos. Nesta terça-feira (14), uma audiência está marcada
para ouvir os pais da criança e a diretora da escola.
O caso
aconteceu na segunda-feira (6) da semana passada e está sendo investigado pela
Delegacia Especializada no Combate à Exploração da Criança e dos Adolescente de
Fortaleza. De acordo com a Polícia Civil, a investigação corre em sigilo,
"para não atrapalhar a apuração do caso".
A
família denunciou a violência ao Conselho Tutelar e disse que o menino, que
estuda há três anos na escola, foi violentado por cinco garotos. Em entrevista
ao Estadão, a mãe da vítima, que pediu para não ser identificada, disse que o
grupo se dividiu e enquanto uns o seguravam, outros tapavam a boca do menino
para ele não gritar, e os demais o violentavam. Após o estupro, o menino teria
comunicado o fato à direção da escola, mas a diretora não acreditou no relato
da criança. Ainda segundo os familiares, antes do estupro, ele sofria bullying
dos colegas há pelo menos dois anos.
O pai da
criança, que também preferiu não ser identificado, disse que foi buscar o
filho, que toma remédios controlados, por volta das cinco da tarde e o
encontrou muito abalado. "Ele vinha chorando, muito nervoso, se tremendo e
eu perguntei o que tinha acontecido", disse. " Ele disse que os
meninos o pegaram e fizeram maldade com ele. Fomos à Delegacia do 24º Distrito.
Lá, fizemos um boletim de ocorrência para pegar uma guia para ir à perícia
forense. Depois, pedi a um colega o telefone do Conselho Tutelar que nos buscou
e nos levou à perícia e foi constatado que meu filho tinha sido
violentado."
A
família ainda denuncia que o menino já havia sofrido agressões na escola.
"Há dois anos ele era espancado. Eu ligava, reclamava, eles mandavam eu ir
lá, conversávamos, mas não resolviam nada. Agora eu tirei ele desse colégio e
me deram uma declaração para colocá-lo em outro. Já o levei e dei remédio para
ele se acalmar", relatou o pai.
A
diretoria da escola preferiu não se manifestar sofre o assunto. Já o secretário
municipal de Educação, Jaime Cavalcante, abriu uma sindicância para apurar o
caso. Segundo ele, o menino, a família e a escola estão sendo acompanhados pela
Célula de Mediação Social da Secretário da Educação do Ceará (Seduc)
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