terça-feira, junho 14, 2016

Pré-candidatos a prefeito do Recife com dificuldades para definir seus vices

A maior parte dos postulantes ainda não sabe quem será seu companheiro de chapa


Priscila Krause (DEM) está em negociação para definir quem será seu companheiro de chapa na briga pela prefeitura do Recife

Cecília Sá Pereira
Dos oito pré-candidatos à prefeitura do Recife, apenas dois têm a situação do futuro companheiro de chapa encaminhada. O atual prefeito, Geraldo Julio (PSB), tende a concorrer à reeleição com o vice Luciano Siqueira (PCdoB), e o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) já definiu que entrará na corrida eleitoral com o empresário Sérgio Bivar (PSL), filho do ex-deputado federal Luciano Bivar.


Entre os pré-candidatos, há muita indefinição para a formação da chapa majoritária. Embora rivais, os futuros postulantes a prefeito do Recife estão com o discurso alinhado e afirmam que não têm pressa para escolher seus vices. O discurso embasado pela lógica de que há prazo suficiente para a escolha - as convenções partidárias, em agosto - esconde a dificuldade na concretização das alianças.

“A gente conversou com algumas pessoas e tem alguns cenários. Queremos uma pessoa que tenha compromisso com o que a gente vai defender”, diz o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB).

A deputada estadual Priscila Krause recorreu a uma máxima do ex-senador Marco Maciel, um de seus padrinhos políticos. “Quem tem prazo não tem pressa”, despista. Para Priscila, a escolha deve ser resultado de uma aliança programática. Nos bastidores políticos, cogitou-se que os pré-candidatos Carlos Augusto Costa (PV) e Sérgio Magalhães (PMN) poderiam abrir mão de seus projetos para ser o vice da democrata. Ela nega a informação.

A dificuldade do DEM para encontrar um candidato a vice não é de hoje. Em 2012, o hoje ministro da Educação, Mendonça Filho, concorreu à prefeitura do Recife tendo o desconhecido Guarines (PMN) como companheiro de chapa majoritária.

Carlos Augusto Costa garante que sua candidatura está consolidada e que tem costurado apoios para fortalecê-la. “Prefiro não citar com quem tenho conversado, mas posso dizer que há zero de chance de eu ser vice. Serei a surpresa boa da eleição”, pondera. A reportagem do tentou contato com o ex-vereador Sérgio Magalhães, mas não conseguiu.

O ex-prefeito João Paulo (PT) não quis falar sobre as eleições. Há indícios de que ele saia da disputa e o partido apoie a candidatura de Silvio Costa Filho. Caso o PT entre na briga eleitoral, o inverso também poderia ocorrer com o PRB na vice do petista. Outra hipótese é a formação de um chapa “puro-sangue” com a vereadora Marília Arraes, filiada este ano ao partido, no posto de vice.

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também empurra a escolha mais para frente. “Estou focado na formação da chapa proporcional. Tenho conversado muito com integrantes da esquerda social. Quero um vice que esteja incorporado ao nosso programa, que defenda o direito à cidade e o empoderamento feminino”, explicou.

VANTAGEM - O deputado federal Daniel Coelho vê vantagens na iniciativa de ter saído na frente dos demais rivais que querem tomar a prefeitura das mãos de Geraldo Julio (PSB). Ele anunciou o empresário Sérgio Bivar (PSL), filho do ex-deputado Luciano Bivar, como seu vice ainda em abril.

“Acho que a gente avança um pouco porque a gente tem hoje um grupo ampliado, que não é só do PSDB, para debater propostas, ajudando na concepção da campanha”, opina.

De acordo com Daniel, o fato do PSL estar em processo de transformação – passará a se chamar Livres – é um fator que gera ainda mais benefícios à sua candidatura.

“O PSL está em transição e está agregando segmentos importantes dentro das universidades. É um grupo que está discutindo uma pauta liberal, que agrega muito na nossa formação de programa de governo, nas ideias que vão ser apresentadas e na elaboração da campanha. Agregou um segmento social que não estava até então na nossa campanha”, diz o tucano.

Os adversários de Daniel Coelho não falam abertamente sobre a escolha do tucano, mas nos bastidores dizem que ele não acertou ao convidar Sérgio Bivar. Os rivais do tucano destacam que o empresário filiado ao PSL não tem identificação com o Recife e garantem que vão tirar proveito disso na campanha. 


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