segunda-feira, junho 13, 2016

Geraldo Julio tenta ampliar sua base para a eleição deste ano

Candidato à reeleição, prefeito do Recife já conta com 11 legendas na sua base e PSB quer chegar a 16 partidos

Alianças de 2012 e 2014 foram amarradas por Eduardo Campos e culminaram na vitória de Geraldo Julio e Paulo Câmara
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), trabalha para ampliar neste ano a base eleitoral que o elegeu em 2012. A Frente Popular quer chegar a 16 partidos. Em 2012, o PSB conseguiu angariar mais 13 partidos, fechando a chapa com 14 siglas. Ao longo da gestão, Geraldo fez um esforço para atrair legendas da oposição, como DEM e PSDB, mas não foi o suficiente para evitar o lançamento de candidaturas próprias dessas siglas, concorrendo com ele. São partidos que estiveram na Frente Popular em 2014, apoiando Paulo Câmara, mas que foram convidados a deixar o governo em razão da priorização do PSB na reeleição de Geraldo.


Para este ano, já estão firmadas alianças com 11 legendas (PSD, PR, PMDB, PDT, PTC, PRTB, PSDC, PMB, PEN, PPL e SD). Nos bastidores, o PSB conversa ainda com a Rede, PPS, PP e PROS, além de ainda tentar fechar questão com a atual sigla do seu vice, Luciano Siqueira, o PCdoB. 

Das legendas que caminham com o prefeito desde 2012, PSD e PDT são os dois casos de partidos com relativa força no cenário nacional, mas que não repetem o mesmo destaque no plano local. Nesses últimos quase quatro anos, quem ganhou relevo na aliança foi o PMDB, do vice-governador Raul Henry e do deputado Jarbas Vasconcelos.

O PV, que também estava com Geraldo em 2012, deve lançar candidato próprio. Carlos Augusto Costa faz suas movimentações em prol da sua candidatura. O PTB, comandado pelo senador Armando Monteiro Neto, partiu para a oposição em 2014 e deve aliar-se ao PT ou ao PRB, que têm como pré-candidatos os nomes de João Paulo e Silvio Costa Filho, respectivamente. 

As legendas que embarcam na Frente Popular este ano são em sua maioria pequenas: PRTB, PSDC, PMB, PEN, Solidariedade (SD) e PPL. Dessas, Solidariedade e PMB surgiram após a eleição de 2012. Criado em 2013, o SD já esteve na base aliada de Paulo Câmara em 2014. Já o PMB surgiu este ano.

Procurado, o presidente do PSB-PE, Sileno Guedes, não comentou o andamento das alianças este ano. Ele não foi localizado pela assessoria de imprensa da legenda nem retornou as ligações e mensagens da reportagem.

Situação semelhante vive o PROS, criado em setembro de 2013. No ano seguinte, esteve aliado a Paulo Câmara e agora deve garantir o apoio a Geraldo. “A tendência é caminhar com Geraldo. Mas a decisão ainda será fechada no partido, não só sobre o Recife, mas também sobre outros municípios”, disse o presidente do PROS-PE, Gilson Lima.

No PPS, as conversas estão bem adiantadas. As duas legendas procuram uma data para fazer o anúncio. O partido é um reforço para o PSB, principalmente por desfalcar um dos principais adversários dos socialistas, o PSDB, que teve o PPS na vice em 2012. “O PPS já fez oposição a Geraldo Julio, mas o momento nacional mudou completamente e houve uma mudança no eixo político”, justifica o presidente do diretório do partido no Recife, Claudio Carraly. Ele lembrou, ainda, que o PPS foi uma das primeiras legendas a apoiar nacionalmente a candidatura de Eduardo Campos à Presidência e os dois partidos chegaram a conversar para uma fusão. “Foi uma oposição qualificada. Existem esses antagonismos que podem convergir. Isso é política na essência”, acrescentou.

Na Rede, as conversas também estão avançadas. “Estamos em um processo de afunilamento com o PSB”, disse o porta-voz da Rede no Estado, Roberto Leandro. Ele já esteve em uma reunião com Geraldo para tratar da aliança, em que apresentou os pontos programáticos do partido. “Há uma possibilidade, em função da aliança nacional”, pontuou.

Mesmo que alcance as 16 siglas, a Frente Popular ainda será inferior à que elegeu Paulo Câmara, que somou 21 legendas. As principais baixas serão o PSDB e o DEM, que foram afastados do governo porque disputarão a Prefeitura do Recife; o DEM com Priscila Krause e o PSDB com Daniel Coelho. 


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