Ocupantes de um caminhão teriam
acelerado contra a multidão que acompanhava a Festa Nacional de 14 de Julho no
centro da cidade turística, segundo TV
Com AE e AFP, Da Redação
Um caminhão
atropelou uma multidão de pedestres que participavam dos festejos da Festa
Nacional de 14 de Julho em Nice, no sul da França. Segundo o Ministério Público
francês, ao menos 70 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. O impresso
francês Le Figaro fala em 75 mortes e que granadas e fuzis teriam sido
encontrados dentro do caminhão, informação ainda não confirmada pelas
autoridades. Há relatos de troca de tiros entre a polícia e pelo menos um
ocupante do caminhão, que teria sido abatido. O ataque aconteceu no momento em
que os moradores da cidade e turistas acompanhavam a queima de fogos de
artifícios no centro da cidade.
A administração
regional de Alpes-Maritimes, da qual Nice é a capital, confirma a realização de
um atentado por atropelamento por volta de 22h45 na Promenade des Anglais, no
centro e coração turístico da cidade. As autoridades também orientaram a
população a se manter em suas casas, interrompendo os festejos. “Caros
moradores de Nice, o motorista de um caminhão parece ter feito dezenas de
mortos. Mantenham-se em seus domicílios. Mais informações em alguns minutos”,
advertiu o presidente da região Alpes-Maritimes, Christian Estrosi, via
Twitter.
As primeiras
imagens distribuídas por redes sociais mostram corpos aglomerados em plena
avenida e pânico, com correria em ruas adjascentes.
Segundo o Palácio
do Eliseu, o presidente da França, François Hollande, deixou a cidade de
Avignon, onde passava a noite, e se dirigia a Paris no início da madrugada,
onde um centro de crise foi organizado pelo Ministério do Interior, o órgão que
controla as forças de segurança do país. O ministro do Interior Bernard
Cazeneuve se deslocou de Paris para a região de Alpes-Maritimes.
Autoridades
francesas estão pedindo que as pessoas não divulguem rumores em redes sociais,
depois que alguns posts com informações duvidosas. Os boatos estão sendo
desmentidos pelas autoridades em seus perfis nas redes sociais. O Ministério do
Interior reforça a orientação em sua conta no Twitter.
Até o início da
madrugada, o Polo Antiterrorista do Ministério Público, que investiga os casos
de atentados de natureza terrorista, ainda não havia sido oficialmente acionado
para a apuração. As autoridades falam por ora em “atentado criminoso”, mas
ainda não em atentado terrorista. Tampouco há confirmação de reivindicação de
ataque por organizações nacionais ou internacionais. Os investigadores
estão atualmente à procura de potenciais cúmplice. Policiais revistam os
veículos no centro da Riviera Francesa, em Nice. A imprensa francesa diz
que um suspeito estaria foragido.
O Itamaraty
divulgou que até o momento não há informações sobre vítimas brasileiras no
ataque.
A França vivia na
noite de ontem sua festa nacional, em comemoração à tomada da Bastilha, marco
da Revolução Francesa, em 1789. Em entrevista especial concedida no início da
tarde, François Hollande reiterou que a ameaça de atentados terroristas, em
especial de militantes do grupo jihadista Estado Islâmico, continuava elevada.
O chefe de Estado anunciou que manteria o nível de alerta máximo – “Alerta
Atentado” –, que determina a mobilização das forças de ordem, mas anunciou a
intenção de revogar o Estado de Emergência, que está em vigor no país desde a madrugada
de 13 para 14 de novembro de 2015, quando dos atentados de Paris e Saint-Denis
que deixaram 130 mortos.
“A ameaça
terrorista não é menos importante”, advertiu Hollande, reconhecendo no entanto
que o país precisava sair do regime de exceção, de forma a retornar ao
funcionamento normal das instituições.
Ainda de acordo com
o presidente, com a medida o efetivo de soldados das Forças Armadas mobilizado
para reforçar a segurança de pontos sensíveis – redes de transportes, sedes de
instituições públicas e pontos turísticos – cairia de 10 mil homens para 7 mil
homens. Por outro lado, a mobilização dos efetivos policiais seria mantido.
Hollande informou ainda durante a entrevista que o governo informaria nos
próximos dias o Parlamento sobre o reforço de sua presença militar de apoio às
tropas iraquianas em luta contra o Estado Islâmico na região de Mossul, no
Iraque.
A França vem sendo
o país mais visado pelos atentados do grupo Estado Islâmico. Em 7, 8 e 9
janeiro de 2015, 17 pessoas morreram em Paris e Montrouge, e em 13 de novembro
de 2015, outras 130 pessoas foram mortas na capital e em Saint-Denis.
Veja mais fotos do atentado em Nice
Fotos: AFP. Reprodução: Twitter
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