No Bairro do Recife, Lula
criticou o impeachment de Dilma Rousseff e reafirmou que pode ser candidato em
2018
“Se tudo o
que eles estão fazendo é com medo que eu volte em 2018, se preparem. Se eles
não sabem cuidar do povo, eu sei”, prometeu Lula no Recife
Além de criticar o impeachment da presidente afastada
Dilma Rousseff (PT) e reafirmar que pode ser candidato a presidência em 2018, o ato com o
ex-presidente Lula (PT) no Recife serviu também como um
teste de palanque para a campanha do ex-prefeito João Paulo (PT). Além de
construir o entendimento que deve anunciar nesta sexta-feira (15) o deputado
estadual Silvio Costa Filho (PRB) na vice no Recife, Lula também
deu o aval para que a deputada estadual Teresa Leitão (PT) seja candidata em
Olinda.
Ao subir no palanque montado na Avenida Rio Branco,
a primeira coisa que o ex-presidente fez foi erguer o braço de João Paulo,
posando para foto diante da militância petista. Animado, o público reagiu aos
gritos de “prefeito”. “Eu, prefeito da cidade do Recife, e depois o meu
sucessor João da Costa, nós deixamos 130 mil famílias em Recife no Bolsa
Família fazendo o maior programa de inclusão social da cidade”, discursou João
Paulo. Ao final do evento, porém, o ex-prefeito negou ter dado o pontapé na
campanha e disse que vai esperar a convenção.
Durante a passagem por Pernambuco, Lula arrumou
tempo para tirar fotos com dezenas de candidatos a prefeito e vereador do PT;
inclusive com Teresa. A partir desta sexta (15), ela já começa a traçar o
programa de governo. Segundo Bruno Ribeiro, presidente do PT-PE, Lula também
prometeu se fazer presente em Pernambuco durante a campanha, no Recife e em
Olinda.
Em uma fala de mais de meia hora, o ex-presidente
classificou como “canalhice” e “falta de respeito à lei” o fato de um juiz
divulgar a conversa de uma presidente da República, sem nominar o juiz federal
Sérgio Moro, da Lava Jato.
Lula também disse que cometeu o
crime de dizer ao pobre que ele tinha direito de comer três vezes ao dia e
apelou à militância que peçam aos senadores para votar contra o impeachment por
Twitter, WhatsApp ou email. “Se tudo o que eles estão fazendo é com medo que eu
volte em 2018, se preparem. Se eles não sabem cuidar do povo, eu sei”,
prometeu.
EMPURRA-EMPURRA - O clima na caravana
que aguardava pela presença do ex-presidente Lula à Avenida Rio Branco, na
noite desta quarta (13), no bairro do Recife, era de expectativa pela sua
chegada. Na via, centenas de pessoas levaram cartazes e camisetas vermelhas com
o rosto do petista estampado e grupos de percussão animavam a plateia presente.
Para a professora Isabel Nunes, a presença dele no
Estado representa, para ela, uma reaproximação dele com a base eleitoral. “É
possível que seja um indicativo que ele venha em 2018 como candidato. Com
certeza eu votarei nele, caso se confirme”, afirmou.
No momento da sua chegada, houve grande alvoroço em
torno do carro que levava o ex-presidente ao palco, um sentra preto. Lula saiu
do carro, junto com o senador pernambucano Humberto Costa (PT), cumprimentou
algumas pessoas e foi rapidamente ao espaço.
A cada pausa na fala do ex-presidente, era possível
escutar muitos gritos de apoio para ele e para a presidente afastada Dilma
Rousseff. No momento final do ato, a chuva castigou o centro do Recife, o que
não afastou as pessoas de perto do ex-presidente.
Durante o discurso, Lula afirmou ao público que não
era necessário “xingar” o presidente interino Michel Temer. No entanto, um
projetor apresentava uma imagem do peemedebista e a palavra “golpista” abaixo.
Na saída do ex-presidente, mais confusão. As pessoas
que se aglomeravam atrás do palco tentavam falar com Lula. Por conta disso,
houve muito empurra-empurra e muitos gritos dos ativistas chamando o
ex-presidente para uma foto. No entanto, Lula saiu da Avenida Rio Branco e
preferiu, desta vez, não falar com os partidários.
A CUT-PE não soube informar o número de pessoas que
estiveram na via.
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