Ator sofria de
doença rara, a síndrome de Machado-Joseph.
A novela 'América' foi seu último trabalho na TV.
A novela 'América' foi seu último trabalho na TV.
Do G1 Rio
Guilherme Karan interpretou o personagem
Raposão, na novela O Clone (Foto: TV Globo / Gianne Carvalho)
O ator Guilherme Karan morreu na manhã
desta quinta-feira (7), no Rio, aos 58 anos, no Hospital Naval Marcílio Dias.
Carioca, ele ficou conhecido, principalmente, pelos seus personagens cômicos na
TV e no teatro. Longe da TV desde 2005, quando participou da novela
"América", na Globo, Karan foi diagnosticado com uma doença
neurológica degenerativa rara, a síndrome de Machado-Joseph. Ele estava
internado havia dois anos.
Nos últimos
anos, ele viveu isolado em sua casa no Rio. "Ele herdou da mãe [a doença].
Perdi um filho com a mesma doença. Guilherme fica na cadeira de rodas o tempo
todo. Tem horas que ele está lúcido e tem horas que não", disse Alfredo
Karan, pai do ator, em entrevista ao Jornal Extra, em 2012.
Doença
degenerativa
A doença é desconhecida pela maioria dos brasileiros. Sua principal característica é a perda dos movimentos até o ponto de o portador precisar de uma cadeira de rodas para se locomover, explicou a neurologista Eliana Meire Melhado, membro da Academia Brasileira de Neurologia.
A doença é desconhecida pela maioria dos brasileiros. Sua principal característica é a perda dos movimentos até o ponto de o portador precisar de uma cadeira de rodas para se locomover, explicou a neurologista Eliana Meire Melhado, membro da Academia Brasileira de Neurologia.
Entre os
sintomas mais comuns da doença está a falta de equilíbrio, e por isso a
síndrome é conhecida popularmente como "doença do tropeção". Outros
sintomas são a perda dos movimentos e o impedimento de continuar em pé.
Como a doença é
progressiva, os sintomas aparecem lentamente. Por isso o mais indicado é, a
partir do diagnóstico, fazer exercícios físicos, fisioterapia e hidroterapia
para evitar que se chegue ao ponto de precisar da cadeira de rodas.
Não há
medicação específica para tratar a doença e o paciente tende a morrer de
complicações. Mas quanto mais fisioterapia fizer, melhor se torna a qualidade
de vida desse paciente.
Por conta da
doença, Karan sofria de problemas na coluna e recebia a ajuda de dois
enfermeiros e de um fisioterapeuta.
Sucesso na
comédia
Carioca, ele chegou a cursar faculdade de Arquitetura, mas convenceu a família de que queria ser ator e começou a trabalhar com teatro e TV. Estreou na Rede Globo na novela "Partido Alto", de 1984.
Carioca, ele chegou a cursar faculdade de Arquitetura, mas convenceu a família de que queria ser ator e começou a trabalhar com teatro e TV. Estreou na Rede Globo na novela "Partido Alto", de 1984.
Um dos seus
trabalhos de maior sucesso na TV foi no humorístico TV Pirata, onde ele
interpretou dezenas de personagens, como o Zeca Bordoada. Outro papel de
destaque foi como Porfírio, em "Meu bem, meu mal", quando ele criou o
bordão "Divina, Magda", em referência à personagem de Vera
Zimmermann.
Karan também
participou de várias peças de teatro e filmes. Em "Super Xuxa contra o
baixo astral", Karan interpretou Baixo Astral, um dos seus maiores
sucessos no cinema.
Em "O
clone" (2001), ele interpretou outro grande sucesso, como Raposão. Seu
último trabalho em novelas foi em "América" (2005), em que
interpretou o personagem Geraldito.
Artistas
lamentam
Artistas lamentaram a morte do ator. Bernardo Falcone, ator e músico, disse no Twitter: "Baixo Astral, um dos melhores/piores vilões da minha infância. Adorava o Guilherme Karan...". Já o ator Eduardo Martini, escreveu no Facebook: "Descansou de uma doença horrivel... Que Deus te receba de braços abertos... Dia triste...".
Artistas lamentaram a morte do ator. Bernardo Falcone, ator e músico, disse no Twitter: "Baixo Astral, um dos melhores/piores vilões da minha infância. Adorava o Guilherme Karan...". Já o ator Eduardo Martini, escreveu no Facebook: "Descansou de uma doença horrivel... Que Deus te receba de braços abertos... Dia triste...".
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