Erdogan fez um pronunciamento no início da manhã deste sábado no
horário local e disse "90% da situação está controlada"
Por Da redação
Militar
turco é visto próximo à praça Taksim, em Istambul - 15/07/2016 (Murad
Sezer/Reuters)
O caos instalado na Turquia após a tentativa militar fez dezenas de
vítimas durante a noite e as primeiras horas deste sábado. O balanço divulgado
pelas forças militares que apoiam o presidente Recep Tayyip Erdogan cita que
265 pessoas morreram, sendo 104 acusados de apoiar o golpe, 47 civis, 41
policiais e dois soldados do Exército que não apoiaram o golpe. Cerca
de 2.800 foram presos e mais de 1.000 ficaram feridos.
Erdogan fez um
pronunciamento no início da manhã deste sábado no horário local (meio da
madrugada no Brasil) e disse que a tentativa de golpe militar não foi bem
sucedida. Em Istambul, o presidente afirmou que está no comando do país, mas
pediu à população que continue nas ruas. Um dos ministros do governo Erdogan
diz que “90% da situação está controlada”.
Apesar do discurso que reivindica a vitória sobre os rebeldes, o presidente turco pediu à população que não deixe as ruas e praças até que a situação esteja resolvida.
Apesar do discurso que reivindica a vitória sobre os rebeldes, o presidente turco pediu à população que não deixe as ruas e praças até que a situação esteja resolvida.
Ontem
à noite, o presidente fez um pronunciamento através do telefone celular
convocando as pessoas contra o golpe. A ação levou milhares de pessoas às ruas
durante a madrugada contra os militares rebeldes. Enquanto convocava civis, o
governo Erdogan colocou forças militares na rua para tentar impedir a ação
rebelde.
No início da manhã deste sábado, a televisão turca transmitiu ao vivo
uma suposta rendição de um grupo de militares que interditou ontem, com a ajuda
de tanques, uma das pontes que liga a área europeia à região asiática de
Istambul sobre o Estreito de Bósforo.
Conflitos — O
conflito entre um grupo de militares que apoia o golpe e forças leais ao
governo Erdogan continuou durante toda a madrugada e, apesar de o governo
reivindicar vitória sobre os golpistas, há relatos de conflitos no início desta
manhã de sábado em algumas áreas, segundo informações da imprensa local.
Durante a madrugada, a imprensa turca citou que explosões foram ouvidas
no Parlamento turco. O edifício teria sido alvo de bombas. Um porta-voz do
grupo militar que apoia o presidente Erdogan informou que alguns soldados que
apoiaram o golpe teriam feito alguns comandantes reféns e nem todos teriam sido
liberados até o início da manhã deste sábado no horário de Brasília.
A tentativa de golpe aconteceu na noite de sexta-feira, quando um grupo
de militares fechou duas pontes sobre o Estreito de Bósforo, o braço que liga
as águas do Mar Negro e do Mar de Mármara e também separa regiões de Istambul
entre o continente europeu e asiático. Após a interrupção do trânsito, tropas
saíram às ruas e jatos militares começaram a sobrevoar Ancara. O grupo que
liderou o golpe diz que a ação tem como objetivo “garantir a restauração da
ordem, democracia direitos humanos e liberdades”.
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