Segundo o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, número considera "esforço principalmente focado nas despesas e
na geração de receitas adicionais”
O ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles (Crédito: Zanone Fraissat/Folhapress)
“Temos de enfrentar aumentos constantes das despesas
federais há duas décadas. Tivemos de considerar esforço principalmente focado
nas despesas e na geração de receitas adicionais”, disse Meirelles. De acordo
com o ministro, sem receitas adicionais no próximo ano, o déficit ficaria em R$
194 bilhões, considerando que as despesas obrigatórias seguirão a tendência de
crescimento dos últimos anos.
O déficit primário é o resultado negativo nas contas
públicas antes do pagamento dos juros da dívida pública. O novo valor será
incluído, por meio de emenda, ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) de 2017, enviado ao Congresso Nacional em abril.
O projeto original da LDO previa, para 2017, meta
fiscal zero para o Governo Central e superávit de 0,1% do Produto Interno Bruto
(PIB, soma das riquezas produzidas no país) para estados e municípios. No
entanto, mecanismos de abatimento da meta permitiriam que a União registrasse
déficit de até R$ 65 bilhões.
A alteração da meta fiscal tem sido usada pelo
governo nos últimos anos. Para este ano, o Orçamento originalmente previa uma
meta de superávit primário de R$ 30,5 bilhões. Por causa da queda das receitas
decorrente da recessão econômica, a meta foi atualizada para um déficit de R$
170,5 bilhões, aprovada pelo Congresso Nacional no fim de maio.
Com a definição da meta para o próximo ano, o país
terá o quarto ano seguido de déficit primário nas contas públicas. Em 2014,
União, estados, municípios e estatais registraram rombo de R$ 32,5 bilhões. Em
2015, o resultado negativo subiu para R$ 111,2 bilhões.
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