O
Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) divulgou nota, neste
sábado (2) defendendo a saída do secretário de Defesa Social, Alessandro
Carvalho, em virtude do que chamou de “sucessão de trapalhadas” na condução das
investigações sobre a morte do “testa de ferro” Paulo César de Barros Morato.
O
texto historia que, no dia seguinte ao corpo ser encontrado, recebeu denúncia
de que a equipe de Peritos designada para dar continuidade à perícia
papiloscópica, iniciada na noite anterior, foi impedida de realizá-la.
“Desde
então, sem sucesso, a Secretaria de Defesa Social (SDS) tenta explicar o
inexplicável. Por que o procedimento padrão, aplicado diariamente, não foi
rigorosamente cumprido? Com a notícia de que a causa da morte foi por
envenenamento, a perícia papiloscópica poderia ter sido determinante para a
resolução do caso. Contudo, não foi completada”, diz trecho da nota.
Lembrou
que o secretário não interrompeu as férias apesar da “crise” na segurança
pública no Estado.
“A
segurança pública parece ter sido abandonada, já que o atual Secretário da
pasta, Alessandro Carvalho, fez a opção de entrar em férias justamente na
ebulição desse colapso. Claramente a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco
está sem gestão. Servidores são pressionados, gestores ‘batem cabeça’ e se
contradizem constantemente, e sobre esses fatos, nenhuma palavra do
Secretário”, dispara.
Acrescenta
que os policiais civis “são plenamente capazes” de elucidar o caso, mas
esbarram na “falta de autonomia administrativa, nas ingerências políticas e na
falta de condições mínimas de trabalho”.
“Para
nós do SINPOL fica insustentável, diante de todos esses fatos, a permanência de
Alessandro Carvalho à frente da Secretária de Defesa Social de Pernambuco.”.
Leia
a íntegra da nota:
A partir das denúncias sobre
ingerências na atuação da Polícia Civil de Pernambuco no caso P.C. Morato, uma
sucessão de “trapalhadas” aconteceu na condução e divulgação do caso. No dia
seguinte a ocorrência, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco
(SINPOL-PE) recebeu a denúncia de que a equipe de Peritos designada para dar
continuidade a perícia papiloscópica, iniciada na noite anterior, foi impedida
de realiza-la.
Desde
então, sem sucesso, a Secretaria de Defesa Social (SDS) tenta explicar o
inexplicável. Por que o procedimento padrão, aplicado diariamente, não foi
rigorosamente cumprido? Com a notícia de que a causa da morte foi por
envenenamento, a perícia papiloscópica poderia ter sido determinante para a
resolução do caso. Contudo, não foi completada.
Em
meio a essa crise sem precedentes na SDS e no Governo do Estado, a segurança
pública parece ter sido abandonada, já que o atual Secretário da pasta,
Alessandro Carvalho, fez a opção de entrar em férias justamente na ebulição
desse colapso. Claramente a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco está sem
gestão. Servidores são pressionados, gestores “batem cabeça” e se contradizem
constantemente, e sobre esses fatos, nenhuma palavra do Secretário.
Parece
ter entregado seus colegas à própria sorte, deixando a SDS, e consequentemente
a segurança do povo, à deriva. Diante do momento de desgoverno pelo qual passa
a Secretaria de Defesa Social, realidade que interferiu diretamente nos rumos
da investigação do caso P.C. Morato, a imagem da Polícia Civil de Pernambuco
esta sendo arranhada. Por isso temos denunciado e continuaremos denunciando
qualquer tipo de ingerência que venha fragilizar a atuação da Polícia que
investiga os crimes.
Os
Policiais Civis são plenamente capazes de conduzir qualquer investigação com
excelência, tal qual a Policia Federal. Contudo, esbarramos na falta de
autonomia administrativa, nas ingerências políticas e na falta de condições
mínimas de trabalho. Em casos que tivemos autonomia investigativa, obtivemos
grandes resultados, como nas prisões de 10 (dez) Vereadores de Caruaru e a do
então prefeito de Catende, por exemplo. Todos investigados e presos por
corrupção, pela Polícia Civil de Pernambuco.
Para nós do SINPOL fica insustentável,
diante de todos esses fatos, a permanência de Alessandro Carvalho à frente da
Secretária de Defesa Social de Pernambuco. “Estamos lutando por uma polícia que
não investigue apenas ladrões de galinhas, mas também investigue e prenda os
‘capas pretas’, responsáveis pela corrupção, que é o maior mal que nosso estado
e o nosso país têm enfrentado. Ela precariza os serviços públicos e desvaloriza
seus servidores”, explica o Presidente do SINPOL, Áureo Cisneiros.
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