Suspeita é de que a PCR tenha nomeado servidores para favorecer aliados
políticos
Segundo a denúncia, pessoas ligadas e
parentes de políticos que declararam apoio à reeleição de Geraldo Julio teriam
recebido emprego no município
Foto: Heudes Régis/JC Imagem
O Tribunal de Contas do Estado (TCE)
decidiu abrir uma investigação para apurar a denúncia do ex-vereador Sérgio
Magalhães (PMN) de que a Prefeitura do Recife pode ter nomeado servidores
comissionados ou contratados por empresas terceirizadas para favorecer aliados
políticos da atual gestão. Segundo a denúncia de Magalhães, pessoas ligadas e
até parentes de políticos e dirigentes partidários que declararam apoio à
reeleição do prefeito Geraldo Julio (PSB) teriam sido empregados no município.
A denúncia foi protocolada em maio,
mas o procedimento só foi aberto no último dia 20. Segundo o ex-vereador, o
motivo da investigação é por uma suspeita dele de abuso de poder econômico e
político por parte do governo municipal. “Observamos que o Diário Oficial do
município estava tendo uma movimentação atípica nesses últimos dias. Ele estava
sendo utilizado como instrumento político para os partidos aliados”, reitera o
sobrinho do ex-governador Roberto Magalhães.
A abertura do processo no TCE não
significa que a denúncia esteja comprovada. Apenas que ela contém elementos
suficientes para justificar uma apuração, que pode não encontrar
irregularidades. Os auditores do órgão vão agora pedir informações à prefeitura
e analisar os documentos entregues por Magalhães.
O conselheiro Valdecir Pascoal,
ex-presidente do TCE, será o relator do processo, que foi aberto atendendo um
pedido do Ministério Público de Contas (MPC). Formado em Direito, Economia e
Administração, ele foi nomeado para o cargo de conselheiro pelo ex-governador
Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Por meio de nota, a Prefeitura do
Recife informou que não foi notificada oficialmente pelo Tribunal de Contas do
Estado. “Ciente da legalidade com que trata todos os atos públicos, a
Prefeitura do Recife se coloca à disposição do TCE-PE para prestar todos os esclarecimentos
que se façam necessários”, diz o texto.
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