Os cantores Xandy e Solange Almeida, da banda Aviões do Forró, foram
conduzidos coercitivamente para depor na sede da PF em Fortaleza
Por Rafaela Lara
Os cantores Sol e Xandy, integrantes da banda 'Aviões do Forró'
(Facebook/Reprodução)
As
fraudes no imposto de renda de um dos maiores grupos empresariais de forró do
país podem chegar a 500 milhões de reais, segundo a Polícia Federal. O grupo
empresarial A3 Entretenimento, que administra a banda Aviões do Forró e outros
três grupos do Nordeste, foi alvo da Operação For All, deflagrada nesta
manhã.
Os
cantores Xandy e Solange Almeida, da banda Aviões do Forró, foram conduzidos
coercitivamente para depor na sede da PF em Fortaleza. Por meio de nota, a
banda informou que “está à disposição da Polícia Federal e da Justiça e que
colaborará com todos os questionamentos em relação à operação”. As oitivas já
foram concluídas e, à princípio, não houve indiciamento de nenhum dos
depoentes.
De acordo
com as investigações, as bandas declaravam apenas 20% do valor que ganhavam.
Policiais federais apreenderam 600 mil reais em dinheiro durante as buscas e
apreensões realizadas na casa de um dos envolvidos. Ainda há equipes em
diligências nas ruas de Fortaleza.
De acordo
com os investigadores, a PF contabilizou omissão de rendimentos tributados de
cerca de 120 milhões de reais entre 2012 a 2014, mas estimam que a sonegação de
todas as empresas envolvidas alcance 500 milhões de reais. No total, 26
empresas do ramo de entretenimento do nordeste são investigadas nessa operação.
Segundo a PF, os valores sonegados eram usados para compra de imóveis e
veículos de luxo, que foram apreendidos na ação.
De acordo
com a delegada Doralucia Oliveira de Souza, os valores sonegados podem ser
maiores após a análise dos documentos apreendidos. “Nada impede que isso tenha
uma desdobramento muito maior, afinal haverá a análise das documentações
apreendidas e depois disso teremos o real valor sonegado e a
delimitação dos crimes, mas já podemos ter certeza que chegaremos a valores bem
maiores. Os envolvidos tinham o costume de andar com grandes quantias em
dinheiro vivo e a Polícia Federal deverá fazer o caminho desse dinheiro durante
as análises”.
As
investigações analisam os cachês e a quantidade de shows realizados pelas
bandas. A PF ainda não incluiu os valores relacionados a vendas de CDs, DVDs e
publicidades realizadas pelas bandas.
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