"Luzes se apagaram repentinamente", diz sobrevivente

POR FOLHAPRESS

Relato da auxiliar de voo Ximena Suárez reforça tese de pane elétrica no voo da Chapecoense

Ximena é uma das seis sobreviventes do acidenteFoto: Reprodução/Facebook

Um relato breve da auxiliar de voo boliviana Ximena Suárez, uma das sobreviventes do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, incluindo a delegação da Chapecoense, convidados e jornalistas, aponta para uma falha no sistema elétrico da aeronave instantes antes da queda. Segundo profissionais da área, a pane é compatível com a tese de falta de combustível e desligamento dos motores.

O governador de Antioquia (departamento cuja capital é Medellín), Luis Pérez, contou à imprensa colombiana que conversou Ximena Suárez no hospital onde ela se reabilita. "O pouco que ela falou foi que luzes começaram a se apagar repentinamente e que 40 ou 50 segundos depois sentiu a pancada. Ela se lembra até aí."

A tese da falta de combustível foi reforçada por um depoimento de um piloto -não identificado - divulgado por emissoras de TV colombianas e que circulou por redes sociais no país na noite desta terça-feira. Pela versão divulgada, esse piloto comandava um outro avião no momento da queda. Ele relata que, a pedido da torre de controle do aeroporto internacional José María Córdova, no município de Rio Negro (vizinho a Medellín), onde pousaria o avião, retardou o pouso de sua aeronave porque havia problemas em outras duas.

Uma delas era justamente a da delegação brasileira. E a outra, como informou a associação de aviadores civis da Colômbia, um Airbus 320 da Viva Colômbia que havia declarado emergência em seu voo e solicitado à torre a prioridade para descer no aeroporto. No depoimento, o homem não identificado conta que a aeronave que levava os brasileiros informara ao controle aéreo que precisava pousar logo porque tinha pouco combustível.