O governador alega que trabalha de forma séria
com recursos públicos e aposta que investigações sobre obras do Estado e
membros do partido vão esclarecer os fatos
Paulo Câmara (PSB) diz que trabalha de maneira séria e acredita
que investigações, na pós Lava Jato, vão esclarecer fatos denunciados
Foto Reprodução: Internet
Editoria de Política
“Temos certeza de que trabalhamos de
maneira muito séria com relação ao uso de recursos públicos e que, ao longo do
processo de investigação, os esclarecimentos serão dados para que se chegue à
verdade nesse conjunto de denúncias”. Assim reagiu no início da noite desta
quarta (12/04) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ao ser
questionado sobre supostas irregularidades em grandes obras públicas do Estado,
iniciadas no governo de Eduardo Campos, do mesmo partido, e que serão alvo de
investigação da Justiça Federal em Pernambuco como desdobramento da Operação
Lava Jato. O governador falou com a imprensa após o anúncio de ampliação de
recursos e de policiais para a área de segurança pública.
A Arena Pernambuco, a construção do
Presídio de Itaquitinga e da Adutora de Pirapama estão na lista enviada pelo
ministro Édson Fachin, do Supremo Tribunal Federal à primeira instância da
Justiça Federal. Nesse pacote também estão doação de R$ 60 mil à campanha para
deputado estadual, em 2010, ao atual secretário de Justiça, Pedro Eurico
(PSDB). Nas delações liberadas na terça (11/04) pelo relator no STF há também
menções a doações irregulares para a campanha de Eduardo Campos e outros
membros do PSB. “As investigações estão começando agora. Tenho muita confiança
nas pessoas e no partido, de que vão responder todas as denúncias de maneira
muito satisfatória”, observou o governador. Ele disse que conversou com Pedro
Eurico e o secretário está muito tranquilo. “Tem que ser investigado e
esclarecido”, disse em relação às acusações contra o assessor.
Paulo aponta medidas que tomou em relação às obras denunciadas na Lava
Jato
“Tão logo assumimos o governo, fizemos a
rescisão do contrato da Arena Pernambuco, num processo que envolveu o Tribunal
de Contas. Temos um termo de ajuste onde está sendo paga somente a parte de
construção. Estamos muito cientes de que trabalhamos de maneira muito séria,
muito transparente, estamos para dar as respostas necessárias. A Arena
Pernambuco é um patrimônio já entregue à população de Pernambuco, foi a arena
mais barata construída no Brasil. Qualquer dúvida quanto à construção será
esclarecida no âmbito do processo”, afirmou Câmara.
Sobre outras obras questionadas, citou mais uma vez as providências adotadas quando assumiu o Estado em 2015. “Tão logo assumimos o governo, fizemos o processo de caducidade, aplicamos penalidades ao parceiro privado que não conseguiu concluir a obra. Fizemos com que a obra voltasse a ser feita com recursos do Estado, pactuando com o órgão de controle”.
Nas delações da Lava Jato divulgadas,
Marcelo Odebrecht cita que chegou a negar uma doação às campanhas de Eduardo
Campos a presidente e de Paulo Câmara ao governo do Estado, em 2014. Perguntado
sobre o assunto, Câmara enfatizou: “Não tem nada em relação ao meu nome”.
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