Plenário do Supremo só avaliará o caso se o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, autor do pedido, decidir recorrer da decisão do
ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato.
Por
Renan Ramalho, G1, Brasília
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Reprodução / Internet |
O ministro
Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),
negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e não levará para o
plenário a decisão sobre o assunto, informou o gabinete do ministro.
O plenário só
avaliará o caso se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do
pedido, decidir recorrer da decisão de Fachin.
A decisão de
Fachin afastou Aécio Neves do mandato. Ele pode ir ao Congresso, mas não pode
votar nem fazer nenhum ato como parlamentar. Fachin apreendeu o passaporte do
senador e o proibiu de ter contato com outros investigados.
Em delação
premiada à Procuradoria Geral da República, o empresário Joesley Batista, dono
do frigorífico JBS, entregou uma gravação de 30 minutos na qual Aécio,
presidente nacional do PSDB, pede ao empresário R$ 2 milhões para pagar a
defesa dele na Operação Lava Jato. A delação foi homologada
pelo ministro Fachin.
Para a tarde
desta quinta, está marcada sessão do Supremo. Entre os 11 ministros, só não
deverão participar Luís Roberto Barroso, que está em Londres, e Gilmar Mendes,
que chega a Brasília na noite desta quinta, vindo de São Petersburgo, na
Rússia.
Na manhã desta
quinta, Fachin conversou por cerca de uma hora com a presidente do Supremo,
ministra Carmen Lúcia, no gabinete dela. Na reunião, eles conversaram sobre as
decisões do ministro que autorizaram as diligências desta quinta da Polícia
Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Além do
afastamento de Aécio, foram autorizadas outras diligência para serem executadas
durante o dia. Na noite desta quinta, o ministro Edson Fachin deverá analisar
as provas coletadas durante o dia e também avaliará se manterá ou retirará o
sigilo das delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista.
Operação Patmos
Endereços
ligados a Aécio Neves foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã
desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.
A operação foi
batizada pela Polícia Federal de Patmos, em referência à ilha grega onde o apóstolo
João teve visões do Apocalipse.
O acesso aos
corredores dos gabinetes dos senadores Aécio Neves e do deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR) no Congresso Nacional foram bloqueados pela manhã.
Os agentes da
PF chegaram ao Congresso pela Chapelaria, o acesso principal às duas Casas
legislativas. Eles carregavam malotes para apreender documentos e possíveis
equipamentos eletrônicos.
No Rio, foram
cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços: os apartamentos de
Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço
direito de do ex-deputado Eduardo Cunha. A irmã do senador, Andrea
Neves, foi presa em Belo Horizonte.
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