OPINIÃO : SOMOS TODOS "TELHADO DE VIDRO"

Imagem Frepik

Essa semana vi postado em rede social uma cobrança que partiu de um internauta que, óbvio, não votou no atual prefeito de Araripina. No comentário seguinte, outro opositor soltara uma metáfora engraçada, abonando a postagem e subscrevendo, compartilhando evidente da ideia. 

O internauta estava errado quando exigiu do poder público providências com relação ao fato mencionado? 

Claro que não. 

Apenas observei o direcionamento da mensagem que instigou-me a este singelo artigo. A cobrança ou exigência feita pelo internauta, vem com um sentido dúbio, que posso relatar para que entendamos que lado político sempre existiu, que imprensa livre não quer dizer que devamos fazer tudo o que as pessoas querem para satisfazer as suas vontades e suas críticas pessoais. Muito simples: cria um blog, um site, uma página na internet, e usa os argumentos para cobrar do poder público celeridade nos serviços que acredita precisar de urgência em um próprio canal. Nada contra. Estão aí a liberdade de imprensa e o livre arbítrio para cada um soltar a sua imaginação. O que não admito, é tentar desconstruir ideias que são intocáveis, o âmago dos amantes sonhadores, que acreditam um dia ver a cidade, o estado e o nosso país, sem muitas notícias negativas. Ainda está muito longe deste sonho, mas nada é impossível.

Nas eleições passadas esse mesmo internauta (a quem desejo manter o seu nome em reserva) não fez diferente do que muitos. Esteve em um palanque, depois em outro, e terminou seguindo uma linha totalmente contrária da que defendia. Acabou nos braços políticos daquele que mais foi alvo de suas críticas, mesmo que disfarçadamente com outro postulante encabeçando a ideia. Não apareceu nas fotos, mas era visto nos bastidores. Seis por meia dúzia, não é não?

Enquanto isso, continuo no mesmo lugar, defendendo a mesma ideia, e seguindo como soldado em 24 anos de luta, o mesmo exército. Um pouco desgastado, mas...

Agora não é interessante a busca de “fatos pretéritos”, mas o que mais é intolerável é dissimulação ou a metamorfose de muita gente, quando acredita que tem vitrine blindada.

Continuo firme nos meus propósitos, às vezes acreditando que nada será igual ao que já vivi, e esperando ser ouvido, questionado, reconhecido, para que assim aquelas ideias que tanto defendi, as reivindicações que tanto exigi dos outros ou do partido a quem nunca me identifiquei, me sirva de troféu para acreditar que nada foi em vão. 

Não preciso dizer nessas linhas que muita coisa mudou e que está tudo seguindo caminhos bíblicos, porque é o povo o maior visualizador dos fatos e só ele pode com olhar de águia, dizer que está sim, seguindo um trilho reto para caminhos promissores. 

Corroborar no momento os fatos, pode até condizer com a realidade, com a minha realidade, mas não com a sua. Araripina precisa seguir um norte no rumo de um horizonte auspicioso em busca do progresso e do desenvolvimento, transformar os obstáculos e os escombros em um novo pôr-do-sol, trabalho e muita ação para alegrar a nossa gente. E esse foi sempre o meu desejo, e que o novo prefeito Raimundo Pimentel (PSL) tem nas mãos para mudar a sua história, engradecer a sua biografia política, e dar ao povo araripinense a esperança que precisa ser plantada e fincada como algo intrínseco. 

Portanto, só ele pode dar essa resposta ao nosso povo. E eu, o articulista, como mero expectador (e agora colaborador), fico torcendo pela conduta administrativa inovadora de quem realmente pode mensurar o tamanho da responsabilidade que tem em assistir com dignidade os filhos desta terra.

Agora é preciso entender que o ponto nevrálgico e importante para a compreensão dos que são hoje oposição, seja da imprensa, seja dos vereadores de oposição, daqueles que não encontraram a oportunidade que esperava na nova gestão, seja daqueles que tomaram as rédeas dos posicionamentos contrários, é que todos, por mais que não queiram admitir, assim como o faço agora, somos todos “telhado de vidro”.