Secretaria recolheu mais de mil toneladas na última
semana. Mais de 250 toneladas de resíduos foram recolhidas somente no Riacho
Salgadinho.
Por
G1 AL
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Na Praia da Avenida, onde ficava a antiga favela de Jaraguá, se formou um mar de lixo (Foto: Natália Normande/G1) |
A Secretaria
Municipal de Limpeza Urbana (Slum) recolheu mais de mil toneladas de lixo na
última semana em Maceió. Apenas no Riacho Salgadinho, mais de 250 toneladas de
lixo foram recolhidas durante este período de fortes chuvas.
O temporal no estado
deixou cinco mortos e mais de 3 mil famílias desalojadas ou
desabrigadas.
Equipes que
trabalham com a limpeza em Maceió intensificaram os trabalhos para garantir a
normalidade nos pontos mais críticos da cidade. A reportagem do G1 esteve na tarde desta segunda (29) na Praia da
Avenida, onde se formou um mar de lixo.
Pescadores que
viviam na região, a antiga favela de Jaraguá, sofrem com o acúmulo de lixo.
Eles dizem que o serviço de limpeza da prefeitura não chega na região mais
crítica de lixo.
"O trator
de limpeza não passa por aqui. Ele limpa a Praia da Avenida até a altura do
Riacho Salgadinho, depois disso, não passa mais", disse o pescador Moises
Silva de Mendonça.
O vendedor de
camarão Cristóvão Euzébio dos Santos, disse que a quantidade de lixo atrapalha
nas vendas. "O lixo está acumulado desde que as fortes chuvas iniciaram.
Nossos clientes chegam aqui e veem essa cena, aí não tem quem compre".
Por meio de
nota, a assessoria de comunicação da Slum informou que o diretor de operações
do órgão já se dirigiu ao local da antiga favela do Jaraguá para solucionar os
problemas. A secretaria ainda afirmou que as equipes continuam trabalhando para
que a situação do acúmulo de lixo seja normalizada em toda a cidade.
Segundo o
secretário do órgão, Davi Maia, a população também precisa ajudar e tentar
reciclar o máximo de resíduos possível.
“Muitos desses
materiais poderiam ter sido reciclados, como garrafas PET e outros. Outros
itens de descarte volumoso, a Slum pode ir buscar na casa do cidadão de forma
gratuita, como TVs velhas. Ou seja, precisamos contar com a população. Esse
material não precisa parar nos riachos e córregos”, explicou Maia.
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Pescador trabalha em meio ao lixo em Jaraguá (Foto: Natália Normande/G1) |
Viagens de trens suspensas
A Companhia
Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) divulgou nesta segunda uma nota informando
que as viagens foram interrompidas para retirada de entulhos que atingiram os
trilhos durante o período chuvoso no estado.
Os trilhos que
foram mais prejudicados estão localizados em Goiabeira, Sururu de Capote e ABC,
em Fernão Velho.
Ainda segundo a
CBTU, existem várias áreas de riscos. Os técnicos da empresa foram acionados
para fazer o diagnóstico da situação e poder tomar as providências necessárias
para a segurança dos passageiros.
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Diversos bairros de Maceió registraram alagamentos na última semana (Foto: Reprodução/TV Gazeta) |
Estragos
Os estragos no
estado se intensificaram na madrugada de sábado (27), quando 4 pessoas morreram
em deslizamentos de barreira na capital. Na tarde desta segunda-feira, os bombeiros encontraram
mais um corpo de uma das vítimas do deslizamento.
Cinco pessoas
estavam desaparecidas, sendo 4 da mesma família, que ficaram soterradas após um
deslizamento na capital, e um adolescente que tomava banho em um rio na cidade
de Satuba. As buscas entraram pelo
terceiro dia, com apoio do Exército.
Além disso, mais de 3 mil famílias
estão desabrigadas ou desalojadas devido às chuvas. O
governador Renan Filho (PMDB) reconheceu situação de emergência os municípios
de Maceió, Marechal Deodoro, Pilar e Rio Largo.
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(Foto: Editoria de Arte/G1) |
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