Ação para alertar e prevenir a esporotricose foi lançada nesta terça
(25), em Olinda. Este ano, foram registrados oito casos em humanos, o dobro da
quantidade notificada em 2016.
Por G1 PE
Veterinário
fala dos sintomas e tratamento da esporotricose (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
A Secretaria de Saúde de Pernambuco lançou, nesta
terça-feira (25), uma iniciativa para conscientizar a população sobre a
esporotricose, uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix sp. De
janeiro até o início este mês, o Laboratório Central de Pernambuco (Lacen)
notificou oito casos em humanos, o dobro da quantidade registrada em 2016.
Entre os animais, houve 65 ocorrências em 2017. No ano passado, foram 45.
A ação preventiva prevê a divulgação de fôlderes
com informações sobre o fungo, bem como sintomas em humanos e animais,
sobretudo gatos, e formas de tratamento da doença. O lançamento ocorreu durante
a abertura do 4º Congresso Pernambucano de Municípios, no Centro de Convenções,
em Olinda.
A meta da Secretaria de Saúde é distribuir o
material para as secretarias municipais, já que o atendimento aos pacientes
ocorre em postos de saúde. Os fôlderes também chegar até profissionais que
atuam em serviços de controle de zoonoses.
Ocorrências
A esporotricose tem tratamento, principalmente
quando é diagnosticada corretamente e em estágio inicial. É de médio a longo
prazo, entre seis meses a um ano, podendo ser mais longo nos felinos, feito por
antifúngicos.
A ocorrência da doença está relacionada a regiões
com umidade elevada e desde o final do ano passado, a SES implementou a
vigilância da doença com a notificação de casos, diagnóstico laboratorial e
oficinas de trabalho para definir diretrizes e fluxos com municípios.
O diagnóstico pode ser clínico (reconhecimento da
lesão) ou laboratorial (identificação do fungo). O diagnóstico e as análises
laboratoriais em humanos na rede estadual são feitos no Laboratório de Endemias
(Labend), unidade do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE). No caso do
animal, o Laben é responsável apenas pela análise laboratorial.
Doença
O fungo causador da esporotricose habita o solo,
palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais
contaminados, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, em especial gatos,
também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da
pele lesionada.
Nos humanos, a doença se manifesta na forma de
lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma
ferida. Geralmente estão presentes nos braços, pernas ou no rosto formando uma
fileira de nódulos e feridas, afetando pele e vasos linfáticos próximos à
lesão, mas pode também atacar ossos, pulmões e articulações. Já nos animais, as
manifestações clínicas são variadas.
Os sinais mais frequentes são lesões ulceradas na
pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente.
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