Reprodução: Internet |
Por "Vavá Dias
u vivo viajando por esse Pais, um dia estou aqui, no outro estou ali, muitas vezes estou no hotel, , acordo achando que estou em casa.
Ontem, minha mulher avisou-me de um acontecimento para o qual eu não estava preparado...disse-me sem pestanejar, Chocolate morreu! Tomei um susto, senti uma dor, um aperto no coração!
Quando criança, muitas vezes eu saia la do jardim à pé só para ver Chocolate jogar. Era bonito ver um homem de estatura pequena driblar aqueles zagueiros truculentos, fazer malabarismo com a bola nos pés.
A história de Chocolate, se confunde com a de tantos outros craques que se perderam no caminho. Descoberto sabe-se lá por quem foi parar no Piauí para jogar profissionalmente, quando na verdade o seu destino justo seria Rio de Janeiro ou São Paulo visto que se tratava de um Artista da Bola, porém esse artista da bola era um homem semi-analfabeto, aprendiz de sapateiro sem qualquer amparo familiar.
Chocolate foi embora, acabou-se a graça do futebol Araripinense, mas todos estávamos felizes por ele, pois, uma carreira de sucesso estava por vir.
Quando aparecia alguém vindo daquelas bandas , a pergunta era inevitável: Moço o senhor sabe alguma coisa a respeito de Chocolate? Quando a resposta era positiva, nossos olhos brilhavam de alegria, nosso craque estava cumprindo seu dever, levando alegria para outros horizontes, estava mostrando aquilo que nós já sabíamos, aquilo que nós admirávamos tanto.
A vida é um canto eterno de beleza, mas tem mistério de um disco voador, o hoje está conosco, o amanhã a Deus pertence, pode trazer um sorriso ou uma lágrima, somente o criador tem direito , ou sabedoria para desvendar.
Certo dia corre a noticia do retorno de Chocolate, todos queríamos falar, abraçar nosso craque. Só que o nosso craque voltou doente , enfraquecido e pobre.
Como todo homem, isso é próprio do ser humano, ele se apaixonou por uma senhora, atá aí a coisa mais normal do mundo, porém essa senhora era mulher do presidente do time em que ele jogava. O desfecho foi trágico, levou um tiro, quase perdeu um rim, além de ficar jurado, se não morrer dessa, da próxima não escapa. Nosso craque voltou para casa, nunca mais foi o mesmo mas, como pessoa era admirável e brincalhão.
Eu, Vavá Dias tive um convívio muito bom com Chocolate, com o passar do tempo ele aprendeu a consertar fogão e máquina de costura. Era meu cliente e amigo, quase todo dia nos víamos. Brincalhão e risonho certo dia ele num desabafo disse-me: os políticos de Araripina nunca me ajudaram, nunca fizeram nada por mim, o único que me estendeu a mão foi foi o Bringel ( Emanoel Santiago Alencar ) que montou uma Escolinha de Futebol e o contratou como professor. Quanto ao salário eu não posso comentar pois, o nosso craque fez a sua última viagem e qualquer coisa que eu disser aqui não terei como provar.
Chocolate ( Chôco) eu vivo tentando não deixar a história de Araripina morrer, você faz parte na nossa história, você apenas viajou, sua história está viva em nossos corações. "
" Eu vivo viajando por esse Pais, um dia estou aqui, no outro estou ali, muitas vezes estou no hotel, , acordo achando que estou em casa.
Ontem, minha mulher avisou-me de um acontecimento para o qual eu não estava preparado...disse-me sem pestanejar, Chocolate morreu! Tomei um susto, senti uma dor, um aperto no coração!
Quando criança, muitas vezes eu saia la do jardim à pé só para ver Chocolate jogar. Era bonito ver um homem de estatura pequena driblar aqueles zagueiros truculentos, fazer malabarismo com a bola nos pés.
A história de Chocolate, se confunde com a de tantos outros craques que se perderam no caminho. Descoberto sabe-se lá por quem foi parar no Piauí para jogar profissionalmente, quando na verdade o seu destino justo seria Rio de Janeiro ou São Paulo visto que se tratava de um Artista da Bola, porém esse artista da bola era um homem semi-analfabeto, aprendiz de sapateiro sem qualquer amparo familiar.
Chocolate foi embora, acabou-se a graça do futebol Araripinense, mas todos estávamos felizes por ele, pois, uma carreira de sucesso estava por vir.
Quando aparecia alguém vindo daquelas bandas , a pergunta era inevitável: Moço o senhor sabe alguma coisa a respeito de Chocolate? Quando a resposta era positiva, nossos olhos brilhavam de alegria, nosso craque estava cumprindo seu dever, levando alegria para outros horizontes, estava mostrando aquilo que nós já sabíamos, aquilo que nós admirávamos tanto.
A vida é um canto eterno de beleza, mas tem mistério de um disco voador, o hoje está conosco, o amanhã a Deus pertence, pode trazer um sorriso ou uma lágrima, somente o criador tem direito , ou sabedoria para desvendar.
Certo dia corre a noticia do retorno de Chocolate, todos queríamos falar, abraçar nosso craque. Só que o nosso craque voltou doente , enfraquecido e pobre.
Como todo homem, isso é próprio do ser humano, ele se apaixonou por uma senhora, atá aí a coisa mais normal do mundo, porém essa senhora era mulher do presidente do time em que ele jogava. O desfecho foi trágico, levou um tiro, quase perdeu um rim, além de ficar jurado, se não morrer dessa, da próxima não escapa. Nosso craque voltou para casa, nunca mais foi o mesmo mas, como pessoa era admirável e brincalhão.
Eu, Vavá Dias tive um convívio muito bom com Chocolate, com o passar do tempo ele aprendeu a consertar fogão e máquina de costura. Era meu cliente e amigo, quase todo dia nos víamos. Brincalhão e risonho certo dia ele num desabafo disse-me: os políticos de Araripina nunca me ajudaram, nunca fizeram nada por mim, o único que me estendeu a mão foi foi o Bringel ( Emanoel Santiago Alencar ) que montou uma Escolinha de Futebol e o contratou como professor. Quanto ao salário eu não posso comentar pois, o nosso craque fez a sua última viagem e qualquer coisa que eu disser aqui não terei como provar.
Chocolate ( Chôco) eu vivo tentando não deixar a história de Araripina morrer, você faz parte na nossa história, você apenas viajou, sua história está viva em nossos corações. "
Blog do Paixão