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uantos políticos que
se engalfinharam, traíram uns aos outros, se detrataram publicamente, usaram
termos pejorativos dos mais diversos quilates, para atingir a honra, a imagem
e, no pacote as próprias famílias desses, foram denegridas, e ninguém processou
ninguém, porque o caminho ficaria aberto para alianças futuras e conseqüentemente
para o perdão. E depois? Sentam-se à
mesma mesa, degustam dos mesmos prazeres culinários, dão gargalhadas, fazem
previsões para o futuro e muitos deles até viram videntes políticos, massageando
o ego da hipocrisia relacionada, tecem elogios recíprocos, apostam contra os “opositores”,
postam fotos para serem compartilhadas nas redes sociais, como se o fato, para
pessoas dignas, que estão fartas de tanta política mesquinha, maquiavélica e
mentirosa, vislumbre um futuro promissor para os eleitores, para o povo, e para
uma população que também sobre o êxtase do poder, da barganha, e das promessas,
corre no mesmo trilho das negociações obscuras, que só fazem mal a todos nós, e
emperram aquilo que poderia trazer benefícios coletivos.
Nesse contexto
subjetivo, espero não ser mal compreendido, porque o pacote dos acordos está de
todos os lados da moeda podre da nossa “política”. Almejaria como todo
brasileiro sonhador e cheio de expectativas que fosse diferente, que não elegêssemos
os Renan Calheiros, os Collor, os Temer, os Sarney da vida, dos podres poderes republicanos, mas que em
seus estados, em seus redutos eleitorais, com seus gados marcados, sempre estarão dando
as cartas, sejam eles, sejam seus parentes ou aliados, porque nós, o povo,
continuamos elegendo os mesmos sacanas para nos representar.
Os acordos espúrios, a
falta de identidade política, o medo de ficar isolado, a falta de vergonha,
caem como luva em personagens que foram traídos, humilhados, mas que acreditam
que se na política não agirem assim, serão deslocados do contexto político e de
uma futura representatividade que só cabe ao povo escolher.
As imagens e os fatos
podem dizer o contrário quando percebemos que o caminho incerto pode ser o
denominador comum para escolhas que acreditamos serem as melhores, e que no
futuro, pesarão sobre as decisões que uma maioria terá que tomar.
O perdão pode até ser
saudável para que tomemos decisões acertadas, mas andar com traidores
contumazes é a mesma coisa de acreditar que inimigos vorazes e sedentos por
poder, podem mudar a nosso bel-prazer.
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Blog do Paixão