domingo, agosto 19, 2018

LITERATURA: UM CINQUENTENÁRIO NOS FLANCOS DOS CHAPADÕES POR: PROFESSOR VICENTE


Professor Vicente Alexandre Alves




cidade de Araripina tem sua origem bem nos flancos pernambucanos da Chapada do Araripe. 

Enquanto esperamos esclarecimentos, por parte dos estudiosos sobre o topônimo Araripina, somos de que deriva de Araripe e etimologicamente tem suas raízes na língua Tupi - Ara + r = iba, ou iriribá = coloração vermelha. Pois, sabemos que Arariba Vermelha, rubiácea da família das leguminosas de cujas cascas fornecia matéria corante vermelho (Arariba – Sickyngia rubescens) ao indígena brasileiro que empregava largamente na decoração artísticas de seus adornos e de suas cerâmicas. 

O Município de Araripina que polariza o desenvolvimento sócio cultural da Chapada do Araripe, Antigo São Gonçalo, criado pela Lei Estadual n.º 1931 de 28 de setembro de 1928, comemora este ano o seu cinquentenário. Situa-se na Zona Fisiográfica do Sertão do Araripe. Conta atualmente com mais de 45.000 habitantes ocupando uma área de 1627 km². Aqui se verifica o encontro dos três estados Piauí – Pernambuco – Ceará, cujos limites não determinam fronteiras nos costumes, nem tampouco nos sentimentos mais profundos de brasilidade. 

Meio século de existência. Araripina revive com regozijo os seus cinquenta anos de luta vitoriosa contra o grande desafio sociocultural da região. 

Povo vibrante no firma labor, quase obstinado, na edificação de uma comunidade livre e desenvolvida culturalmente. Os poderes públicos, junto à iniciativa privada, muito tem feito pela a educação, pela saúde e bem-estar social. 

Secas e estiagens não mais representam uma fatalidade constante e desoladora do povo nordestino. O fotoperiodismo retempera o homem no despertar da Tecnologia Moderna. 

Araripina é, sem dúvida, o principal centro da microrregião do Araripe: implantou agências bancárias, construiu hospitais, casa de saúde e maternidade, organizou associações educacionais, recreativas, centro de desportos, clubes de serviços à comunidade, abriu várias escolas de 1.º a 2.º graus, Colégio Paulo VI, Escola Normal Dom Malan e Centro Estadual de Educação Rural, etc. 

Pioneiramente fez a interiorização do Ensino Superior da Região, criando pela Lei Municipal 1368, de 28 de abril de 1975, a Autarquia Educacional Faculdade de Formação de Professores de Araripina, autorizada pela Resolução n.º 03 de 20 de janeiro de 1977, do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco e homologada pela Portaria n.º 217 de 1º de fevereiro de 1977, da Secretaria de Educação e Cultura, com 180 vagas sendo 60 para cada uma das três licenciaturas: LETRAS, ESTUDOS SOCIAIS E CIÊNCIAS. Adotou nos quadros curriculares o Sistema de Crédito nas três áreas. 

FAFOPA vai bem, já obteve o Programa de Crédito Educativo para a grande maioria dos seus alunos. Funciona em prédio próprio, boas instalações, ótimo Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, uma biblioteca com 4 mil títulos, ou seja, mais de 5 mil volumes. 

Tudo nos fala bem alto da inteligência, da educação, e da vontade férrea de sua gente integrada no contexto do desenvolvimento do país. 

Fonte: Revista Região - Ed. 1978

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